As URVs, os resultados na redução da poluição e preservação dos recursos naturais

Perto de 3 mil toneladas de resíduos são reciclados por ano a ação promove trabalho e distribuição de renda para mais de 140 famílias e o programa é considerado de ponta no país
  • Especial Sustentabilidade/Redação Almanaque Futuro – 

A reciclagem de resíduos em Foz do Iguaçu é gerida pela Prefeitura Municipal, através da Divisão de Gestão de Resíduos (DVGRE). O programa atende a 100% da área urbana e rural da cidade. Os recicláveis são coletados semanalmente e isso conta, cada dia mais, com a ajuda dos moradores na separação de materiais como papel e papelão, plástico, metais e até os vidros.

Os materiais são encaminhados para as sete Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs), logisticamente instaladas em pontos estratégicos. Outras duas estão a caminho. Nas UVRs, os resíduos são separados, prensados e depois comercializados para empresas recicladoras. Em média, algo perto de 3 mil toneladas de resíduos são reciclados por ano.

Além de importante na preservação do meio ambiente, as atividades ajudam a reduzir a quantidade de resíduos enviados para o aterro sanitário, contribuindo para a redução da poluição e preservação dos recursos naturais. Estima-se que, desde o início do programa, algo perto de 10 mil toneladas de resíduos deixaram de ser enviados ao aterro sanitário, ajudando a prolongar a vida útil do local.

O programa de coleta seletiva anda junto com outra tarefa importante, a conscientização, por meio da Educação Ambiental formal (nas unidades de ensino) e não formal (para a comunidade em geral). Campanhas informam a população sobre a importância da tarefa, e de como separar corretamente os resíduos por categorias; como lavá-los e secá-los antes da coleta e, como não misturar esses resíduos com materiais orgânicos, restos de comida ou materiais.

A reciclagem em Foz promove trabalho e distribuição de renda para mais de 140 famílias. O programa é considerado de ponta no país, com boa parte das cooperativas equipadas com esteiras, balanças, prensas, e caminhões para a coleta e transporte do recolhimento.

Algumas inovações contribuem para melhorar os resultados, como a instalação de caçambas comunitárias em locais onde há maior incidência de criadouros do mosquito transmissor da dengue e em comunidades vulneráveis. No ano passado, 2022, foram disponibilizadas 697 caçambas, que receberam cerca de 910 toneladas de resíduos recolhidos. A Secretaria de Meio Ambiente entregou 60 mil sacolas, com a orientação sobre a destinação correta dos resíduos; isso incentiva a participação dos moradores.

A prefeitura lançou o projeto para a instalação de biodigestores, que transformam resíduos orgânicos em gás de cozinha e biofertilizantes. Os equipamentos foram instalados em 10 escolas municipais, 10 centros municipais de educação infantil, seis UVRs, no Centro de Educação Ambiental, no Horto Municipal, e em dois locais na comunidade Bubas.

Cada biodigestor é capaz de receber 10 quilos de resíduo orgânico/dia, entregando praticamente a mesma quantidade de biofertilizante por dia e de dois a três botijões de biogás por mês, para uso doméstico. É possível que até o final de 2023, mais 70 equipamentos sejam instalados. É um projeto inédito no Paraná.

 

A política Municipal que estimula a utilização de Energia Solar em prédios públicos

Objetivo é a ampliação do uso da energia solar e reduzir o consumo por fontes não renováveis

Foz do Iguaçu implanta Política Municipal de Energia Solar para ampliar o uso da energia fotovoltaica e reduzir o consumo nos prédios públicos do município. A Lei nº 5.267 foi publicada no Diário Oficial. É um projeto de lei do vereador Dr. Freitas

A política municipal prevê a utilização da energia solar nas edificações do Município quando houver viabilidade técnica e econômica, contribuindo para a segurança e diferenciação energética, reduzindo também as emissões de poluentes e de gases de efeito estufa.

Também passa a ser obrigatório a instalação de sistema de geração de energia solar por meio de tecnologia fotovoltaica ou térmica em novas edificações dos prédios públicos. Em novas licitações para construções, reformas ou ampliações dos edifícios, como escolas, Cmeis, unidades de saúde e outros, deve constar no edital a obrigatoriedade do sistema de energia solar.

As instalações devem considerar a viabilidade técnica e econômica de cada tecnologia e o melhor aproveitamento para redução do consumo de energia, de acordo com a característica e finalidade da edificação à qual se destina. A obrigatoriedade não se aplica em casos em que as edificações apresentam condições de sombreamento e limitação de espaço físico.

Os sistemas de energia solar devem atender no mínimo 40% do consumo de energia anual projetado, a depender do perfil de consumo e das características técnicas da edificação.