Setor cultural segue “ Fazendo Arte” e atendendo ao calendário anual de eventos

Investimentos superaram R$2,5 milhões e dobraram nos últimos períodos

A área da Cultura é muito requisitada pela população e a Fundação Cultural tenta desempenhar o calendário, apesar de das limitações orçamentárias nos anos anteriores. O volume previsto para 2024 é R$ 15.669.000,00. Os recursos são utilizados em uma série de ações voltadas à valorização dos artistas e ampliação do acesso à cultura em todas as regiões da cidade.

Além dos projetos, a Fundação precisa atender o calendário, onde se destacam eventos e festas ao longo do ano, como o Carnaval e Fartal, que sempre comemora o aniversário da cidade. É grande o empenho para a contratação de bandas, músicos e estrutura, como é necessário nas programações de final de ano, a exemplo das que acontecem na Praça da Paz. A Fundação também realiza a Feira Internacional do Livro.

O órgão tem produzido editais e novas formas de envolver a comunidade. O programa “Foz Fazendo Arte” é um exemplo dessas estratégias. A iniciativa credencia arte-educadores das mais diversas áreas, como teatro, música, circo, capoeira, artesanato e fotografia, para ministrar aulas em espaços em todas as regiões. Atualmente, são 68 profissionais atuando em locais como Centros Escolas Bairros, Estação Cultural da Vila C, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e na sede da Fundação Cultural. O programa também apoia projetos como o Chute para o Futuro e a Associação Fraternidade Aliança.

Os eventos recebem um ótimo público quando as mostras culturais são realizadas, a exemplo últimos meses de setembro, novembro e dezembro. Todas as salas que abrigam exposições de artes visuais, artesanato, fotografia e cultura popular são muito procuradas.

Apresentações também movimentam o teatro, danças urbanas, dança árabe, violão, percussão, orquestra e capoeira. As produções artísticas e culturais do projeto alcançam as regiões da cidade através da Mostra Pedagógica do projeto. As exposições ampliam o acesso das comunidades à cultura e também visam promover uma prestação de contas, com o resultado dos investimentos nas políticas públicas de cultura.

Desde o início do projeto, em 2022, estima-se que mais de oito mil atendimentos foram realizados em cerca de 80 polos espalhados pela cidade.

Estratégias de difusão, circulação e formação artística promovidas pela gestão movimentam mais que os “arte-educadores”, uma vez que as oficinas livres envolvem famílias, pais, alunos de diversas escolas públicas e até mesmo particulares. Os novos artistas fazem questão de mostrar suas produções em todos os segmentos.

A Mostra Pedagógica é um dos requisitos estabelecido no contrato com os arte-educadores, que devem apresentar as atividades pelo menos uma vez por ano.

Além dos eventos, os resultados do projeto também já possuem um alcance competitivo, com a participação de grupos artísticos formando festivais de várias áreas culturais. Projetos assim são firmados em parceria com Secretarias Municipais, Clubes de Mães e Organizações da Sociedade Civil.

 

Editais

A Fundação Cultural também lançou em 2023 um edital no valor de R$900 mil para seleção de projetos de produção e difusão cultural, com finalidades culturais nas áreas de arte, cultura e patrimônio. Houve um incremento de cerca de 40% no edital, em comparação com o ano passado. Isso representa um aumento progressivo e exponencial dos recursos aplicados pela prefeitura no Fundo Municipal de Cultural. Desde a implementação dessa nova política, os recursos tiveram um aumento de 600%.

 

CEPA e CMPC

Os dois organismos de controle social que atuam na defesa e na formulação de políticas públicas de cultura e patrimônio histórico elegem suas novas mesas diretoras.

O CMPC – Conselho Municipal de Política Cultural, foi fundamental na avaliação e definição das diretrizes dos editais do Fundo de Cultura, que já investiram mais de R$ 6 milhões de recursos municipais e federais em projetos culturais e que beneficiaram os artistas da cidade. O Conselho também fiscaliza e propõe medidas para ampliar o acesso da cadeia produtiva aos projetos e também da comunidade às ações.

Já o CEPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, instituído em 2018, com base na lei nº 4.470/2016, promove o importante trabalho em defesa da promoção, garantia e incentivo à preservação, conservação, tombamento, fiscalização, execução de obras, estudos ou serviços visando a proteção, valorização e promoção do patrimônio histórico e cultural iguaçuense.

Estão em trâmite uma série de processos de tombamento de bens imóveis na cidade. O mandato da mesa diretora do CMPC é de um ano e do CEPAC, de dois anos. Os conselhos são formados por representantes da sociedade civil e do poder público em regime paritário.