O serviço de coleta de Foz, é considerado um modelo de eficiência  

O recolhimento de resíduos orgânicos e de cerca de 270 a 320 toneladas/dia, com custos reduzidos e transparência no processo de gestão.

Redação Almanaque Futuro

 

A coleta e transporte de resíduos é um dos pilares da sustentabilidade e exige que as prestadoras do serviço atuem em acordo com normas, regulamentações, responsabilidade legal e social, conforme a Lei nº 12.305/2010, é que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS); e a nº 5.610/2016, define quem são os geradores de resíduos e quais as suas obrigações; Os municípios, por meio das empresas contratadas ou caso realizem o serviço, devem oferecer qualidade e atendimento às necessidades da população, por meio de práticas sustentáveis e contribuindo para a educação ambiental. Quem paga o imposto espera a prestação de um serviço com regularidade e eficiência.

Em Foz do Iguaçu, os serviços de coleta, transporte e acomodação dos resíduos são realizados por uma empresa licitada, responsável pelo recolhimento de centenas de toneladas por dia. Para realizar a tarefa são necessários quase 300 Colaboradores, mais meia centena de equipamentos móveis, atendendo a 100% do território urbano. É preciso planejamento, atenção, com o monitoramento permanente atendimento aos munícipes, no caso os contribuintes.

A população de Foz do Iguaçu usufrui da modalidade de coleta diária ou alternada, em valores que são vinculados ao IPTU e variam de R$ 91,62 à R$ 364,00 ao ano.

Segundo a prefeitura municipal, o valor da taxa se faz necessário para atender ao Marco do Saneamento Básico, mesmo assim, o valor descontado dos moradores não cobre totalmente os custos, cujo montante total faz parte do Orçamento, conforme é especificado em Lei.

O contrato com a concessionária também inclui a execução de serviços de varrição. Além do mais, exige cuidados com os colaboradores, capacitação, programas de saúde, investimentos em EPI, bem como a devida manutenção inclusive preventiva de seus equipamentos.

 

A Central de Tratamento de Resíduos e as tecnologias para garantir o ambiente

Os aterros sanitários, desde que começaram a ser desenvolvidos, ajudam a controlar os problemas de saúde pública. O descarte inadequado de resíduos é responsável pelo mau cheiro, proliferação de insetos e roedores, e também contamina o solo e a água.

A atividade é realizada no Brasil desde o início dos anos 1900, na cidade de São Paulo, mas somente na década de 1970, que as áreas para o descarte foram regulamentadas por lei, instituindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Há no Brasil cerca de 2.500 aterros sanitários ativos, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.

Em Foz do Iguaçu os “lixões” existem desde o século passado, e operavam no setor sul, próximo ao Aeroporto. O local não dispunha de impermeabilização, sem a devida drenagem do chorume o que resultava na contaminação do solo, lençol freático e nos cursos de água no entorno. O despejo de resíduos domésticos, comerciais, industriais, eletrônicos e até mesmo o hospitalar, ocorria sem medidas protetivas aos trabalhadores, tampouco sem preocupações com o meio ambiente.

O conceito mudou, com a instalação de uma Central de Tratamento de Resíduos – CTR´s; com a operação realizada pela concessionária licitada, cuja experiência advém da atividade em outras regiões brasileiras. Os aterros hoje são dotados de modernas tecnologias na impermeabilização do solo, drenagem e tratamento de líquidos, além da captação e tratamento do Biogás para o aproveitamento energético.

Em Foz o trabalho é realizado na região norte da cidade, ocupando uma área de cerca de 21 hectares, com mais de 82 mil metros quadrados em operação. Segundo informações, 143.000 m² são considerados “encerrados”. A capacidade média de recebimento dos resíduos beira 90 mil toneladas ao ano, com uma previsão de vida útil é até 2039. Se houver o aumento da geração de resíduos o prazo pode diminuir, mas se o trabalho de reciclagem continuar eficiente, o prazo pode prolongar. Ações inteligentes e boas práticas ambientais ajudam muito em situações assim.

Na Central de Tratamento, os resíduos são dispostos em células compactadas e cobertos com camadas de solo diariamente. O aterro é impermeabilizado com “geomembrana” de PEAD e camada de solo compactado, com sistemas de drenagem de chorume e gases resultantes dos processos de decomposição. A tecnologia de osmose reversa utiliza membranas de última geração; elas filtram o percolado e produzem um efluente não poluidor, de altíssima qualidade, reaproveitado nas dependências do aterro sanitário. Os líquidos são utilizados na lavagem dos veículos e equipamentos, no controle de partículas volantes, dentre outras providências.

Há uma “cortina verde” de eucaliptos em toda a extensão do aterro, bem como existe o monitoramento regular da qualidade das águas de nascentes e subterrâneas do entorno. Estão sendo realizados estudos avançados para o reaproveitamento energético do biogás.