As URVs colocam Foz do Iguaçu no topo da lista de cidades que fazem um bom papel “reciclando”
A atividade, além de cobrir 100% da área da cidade, gera renda para cerca de 140 famílias ajuda a prolongar a vida útil do aterro sanitário
Redação Almanaque Futuro
Foz do Iguaçu é um “destino” com fenomenais atrativos. Mas no meio de todas essas belezas há uma cidade; um município com obras estruturantes em curso e tudo precisa estar em acordo com as regras ambientais, licenciamentos e o acompanhamento das Secretarias Municipais, como acontece na área de Meio Ambiente.
A administração pública precisa pensar em se equipar, adaptar, de modo sustentável e adequado, com empenho em várias frentes, promovendo a gestão adequada com o propósito de reduzir as iniquidades para garantir a saúde da população.
A “Educação Ambiental” e o ponto de partida para uma política pública sustentável, com programas de inserção; bons exemplos para minimizar os danos causados aos ecossistemas e despertar o indivíduo para as ocorrências ambientais e conservação dos recursos naturais.
Em Foz, há um processo responsável de Educação Ambiental, com a formação de indivíduos por meio de temáticas holísticas, éticas e politicamente corretas. Isso se inicia no ensino público, com o propósito de causar mudanças de comportamento individual e coletivo. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, desempenha projetos e ações socioambientais por meio de boas práticas, promovendo e fomentando diálogos e a sensibilização comunitária.
“De Bem Com o Meio”
Em Foz, as políticas ambientais fortalecem e incorporam os princípios de responsabilidade socioambiental nas atividades administrativas públicas, atuando permanentemente na revisão dos padrões de produção, consumo e adoção de novos referenciais de sustentabilidade.
O Programa de Educação Ambiental na Administração Pública tem alcançado resultados significativos na adoção de novos referenciais de sustentabilidade. Ele nasceu da necessidade de atendimento a Legislação municipal que se refere à Lei 4.134/2013 – Projeto Gestão Ambiental no Setor Público – Agenda A3P do Governo Federal. Em 2021, a Lei Municipal nº 4.954/2020 foi acrescida ao Marco Legal do programa, a “Política Municipal de Educação Ambiental” e o “Sistema Municipal de Educação Ambiental de Foz do Iguaçu”.
As URVs preservam os recursos naturais
Foz do Iguaçu é considerada uma cidade de ponta quando o assunto é a coleta seletiva no Brasil e uma das razões é a realização de um programa referencial e que movimenta toneladas de materiais, garantindo a geração de renda para 140 famílias. O programa iguaçuense foi implantado em junho de 2018.
A reciclagem de resíduos em Foz do Iguaçu é gerida pela Prefeitura, atende a 100% da área urbana e rural da cidade, com a coleta de recicláveis. O programa envolve os moradores na separação de materiais como papel e papelão, plástico, metais e até os vidros.
Os materiais são encaminhados para as Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs), logisticamente instaladas em pontos estratégicos. Lá os resíduos são separados, prensados e depois comercializados para empresas recicladoras. Em média, algo perto de 3,5 mil toneladas de resíduos são reciclados por ano.
As atividades ajudam a reduzir a quantidade de material enviado para o aterro sanitário. A iniciativa ajuda a prolongar a vida útil do local.
O programa de coleta seletiva anda junto com outra tarefa importante, a realização de campanhas informando população de como separar corretamente os resíduos por categorias; lavando-os antes da coleta e, como não misturar esses resíduos com materiais orgânicos, restos de comida ou materiais.
A reciclagem em Foz promove trabalho e distribuição de renda para mais de 140 famílias. É um programa considerado de ponta no país.
Boa parte das cooperativas são equipadas com esteiras, balanças, prensas, e caminhões para a coleta e transporte do recolhimento. Em 2023, as atividades nos URVs contribuíram ainda mais para melhorar os resultados, como a manutenção da instalação de caçambas comunitárias em locais onde há maior incidência de criadouros do mosquito transmissor da dengue e em comunidades vulneráveis. Estima-se que quase 1.000 toneladas de resíduos foram disponibilizadas nas caçambas. A Secretaria de Meio Ambiente entrega ainda milhares de sacolas, com a orientação sobre a destinação correta dos resíduos.
UVR do Campos do Iguaçu
Esta é a sexta Unidade de Valorização de Recicláveis entregue pela Prefeitura de Foz, em parceria com a Itaipu e Governo do Estado. O local ganhou o nome de Tereza Ivete Signori e passou por uma reconstrução, passando a contar com espaço para triagem e armazenagem dos materiais, sala administrativa e de serviços, cozinha e banheiros, com melhores condições de trabalho aos catadores e catadoras. A nova estrutura possui 544 metros quadrados de área construída, e, permitirá o aperfeiçoamento no processo de logística dos recicláveis, cumprindo a meta de reduzir o que é destinado ao aterro sanitário. O investimento foi na ordem de R$ 1,6 milhão. Com o novo espaço e equipamentos, a UVR poderá mecanizar a segregação e armazenagem de até 80 toneladas de recicláveis por mês. Entre os novos equipamentos estão uma esteira plana de triagem, esteira de elevação, carro de movimentação – paleteira, mesa de triagem, prensa hidráulica e balança digital, além do caminhão da coleta seletiva. Atuam nesta UVR 20 catadores e catadoras.
Biodigestores
A prefeitura mantém e amplia o projeto de instalação de biodigestores. Eles transformam resíduos orgânicos em gás de cozinha e biofertilizantes. Os equipamentos já foram instalados em cerca de 30 escolas municipais, 10 centros de educação infantil, em seis UVRs, no Centro de Educação Ambiental, que fica no Horto Municipal e também em comunidades, como os dois equipamentos disponíveis na ocupação Bubas, que abriga cerca de 10 mil moradores em vias de regularização.
Cada biodigestor recebe em média 10 quilos de resíduo orgânico/dia, entregando praticamente a mesma quantidade de biofertilizante e, de dois a três botijões de biogás por mês para uso doméstico. É um projeto inédito no Paraná. A iniciativa resulta em economia, preservação ambiental e posiciona Foz do Iguaçu como uma cidade referência em sustentabilidade. Até o final deste ano (2023), serão 70 equipamentos instalados.
Logística Reversa
É uma atividade amparada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Nº 12.305/2010), e consta do Art. 33, com a obrigação dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, estruturarem e implementarem sistemas de devolverem para a cadeia produtiva os resíduos considerados perigosos.
Itens como pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes (resíduos e embalagens); lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus vários componentes, por causarem riscos se expostos ao meio ambiente, logo, a legislação obriga a instalação de pontos de coleta dos resíduos perigosos, para acesso à população. Este serviço, não é feito pela administração municipal, porém é acompanhado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, responsável por monitorar a ação, bem como organizar e divulgar informações a fim de sensibilizar a população para o descarte correto.
O sucesso da estação de captação
Foz do Iguaçu é uma cidade privilegiada pela presença de rios de todos os portes, desde os gigantescos Paraná e Iguaçu até arroios e riachos que cortam a cidade, muitos em trechos subterrâneos. Proteger nascentes, preservar as margens dos rios e realizar obras de drenagem pluvial, minimiza alagamentos e evita causar prejuízos aos moradores. Uma obra assim apresentou ótimos resultados. Ela foi realizada no Bairro Monjolo, próximo ao parque ambiental que leva o mesmo nome.
O sistema de galerias pluviais subterrânea, com 84 bocas de lobo, encaminhada a água à estação de captação, a qual tem por objetivo “segurar” ou “deter” os resíduos levados pelas chuvas, evitando que causem degradação ao Lago Monjolo e sigam adiante no curso do Rio Monjolo, que atravessa todo o centro da cidade. A providência melhorou a qualidade da água, onde vivem plantas e animais que habitam o lago, como aumentou a sua vida útil, para exercer papel de bacia de contenção pluvial e de certa forma, regulando a vazão.
O modelo de estação torna possível a visualização da quantidade e dos tipos de resíduos que estão sendo descartados de modo irregular nas ruas do bairro, transformando-se em espaço educador para a comunidade. Ao longo de 2023 a estação foi monitorada e, considerando que ao tornar visível o que antes estava escondido nas tubulações, galerias e no fundo do lago, os moradores passaram a descartar os resíduos de maneira correta, além de entenderem a importância de promover a ligação das residências à rede de esgoto e drenagem da cidade.
A Estação de Captação do Monjolo impulsiona a criação de modelos similares à serem construídos em outras localidades, onde há a formação de bacias importantes e que desaguam nos grandes rios.
Manutenção
Cidades verdes demonstram respeito ao meio ambiente, promovem qualidade de vida da população. Trabalhar o paisagismo em cidade como Foz do Iguaçu, onde cada recanto produz um cartão postal é uma grande responsabilidade; é o trabalho da Diretoria de Arborização e Paisagismo.
O setor realiza manutenção de canteiros centrais e reflorestamento; trabalhando a doação de mudas para a população. O Horto Municipal é um grande produtor de mudas de árvores nativas em estufa, e ajuda na compensação ambiental de várias localidades, como na construção da segunda Ponte com o Paraguai e a Perimetral Leste.
A média de produção é de 10.000 mudas/ano, para arborização urbana no município, revitalizando revitalização ruas e avenidas. O Ipê é um dos símbolos da cidade foi plantado em quase todos os bairros, e, um município tão verde, necessita de um programa de podas eficiente em todo o perímetro. O projeto de “Poda Regionalizada”, atendeu a Região Central e vários bairros e também atuou no corte de algumas espécies, atendendo situações emergenciais, em acordo com a Defesa Civil. Outra tarefa necessária é o recolhimento dos galhos remanescentes dos temporais. Há também a tarefa de orientar e licenciar podas e supressão de árvores, por meio de processos e emissão licenças demandando a compensação plantios.
“Adote uma Praça”
A Prefeitura de Foz retomou o programa “Adote uma Praça”. Poder público e representantes empresariais realizam parcerias para adoção espaços públicos, entre praças, rotatórias e canteiros. Nove espaços já foram doados. O programa ajuda no embelezamento da cidade, unindo sociedade e Poder Público em áreas de convivência conjunta; gera pertencimento e, cuidado coletivo com os bens públicos.
Os termos de parceria preveem a conservação, reforma e manutenção de várias áreas, como é o caso da rotatória na Av. das Cataratas, em parceria com o Hotel Viale; a rotatória da Av. Costa e Silva, assumida pela Panorama Materiais de Construção; as praças Naipi e Bairro Porto Belo, atendidas pela Ferraz Serviços; o canteiro central da Av. Costa e Silva, pela Vital Engenharia Ambiental S/A; praça na Avenida Mario Filho, passou a ter a atenção da Innova Agrotecnologia; o canteiro central Tarquínio Joslin, pelo Auto Posto Castanelli; o canteiro central na Av. Javier Koelbel, pela Ecovitalle Soluções Ambiental e a praça na Av. General Meira com Av. das Cataratas, foi adotada pela Farmácia de Manipulação Iguafarma.
As atividades já iniciaram em alguns locais e as demais se iniciarão após a assinatura dos termos com a prefeitura, que reforça que fará ações nas áreas adotadas, sempre em celebração ao Dia da Árvore (21 de setembro). O programa “Adote uma Praça” foi instituído pela Lei nº 4.254/2014 e regulamentado pelo atual governo através do Decreto Nº 26.843/2018 e dispõe de 56 praças/canteiros para adoção. É uma iniciativa vantajosa para as entidades e empresas, quanto para o Poder Público. A proposta autoriza que as empresas possam fixar placas padronizadas alusivas à parceria, promovendo a publicidade institucional de suas marcas. A instalação das placas é de obrigatoriedade dos adotantes, isentando despesas ao Município.