Obras assim ajudam a dar vida aos mananciais e bacias dos vários rios que cortam a cidade, evitando enchentes e garantindo a vida das plantas e animais.
Especial Meio Ambiente
Foz do Iguaçu é uma cidade privilegiada pela presença de rios de todos os portes, desde os gigantescos Paraná e Iguaçu até arroios e riachos que cortam a cidade, muitos em trechos subterrâneos. Proteger as nascentes, preservar as margens dos rios e realizar obras de drenagem pluvial, minimiza alagamentos e evita causar prejuízos aos moradores.
Um exemplo de obra assim foi realizado no Bairro Monjolo, próximo ao parque ambiental que leva o mesmo nome. Foram realizados exatos 2.558 metros de tubulações, em dez vias do bairro. As ruas Altamiro Carrilho, Carolina Nabuco, Ariano Suassuna, Cecília Meireles, Jardel Filho, Clara Nunes, Marcus Pereira, Palestina, Vinicius de Moraes e Oduvaldo Viana Filho receberam a rede de galerias pluviais subterrânea, com 84 bocas de lobo, além da construção de uma estação de captação de resíduos, em investimentos que somam R$ 290.559,65.
A água coletada pelas bocas de lobo é encaminhada à estação de captação, a qual tem por objetivo “segurar” ou “deter” os resíduos levados pelas chuvas, evitando que causem degradação ao Lago Monjolo, ou sigam adiante, pelo rio Monjolo que atravessa todo o centro da cidade. Desta forma, não só melhorou a qualidade da água, onde vivem plantas e animais que habitam o lago, como aumentou a sua vida útil, para exercer papel de bacia de contenção da água pluvial e de certa forma, regula a vazão para o curso do Rio Monjolo.
Com a estação, torna-se possível a visualização da quantidade e dos tipos de resíduos que estão sendo descartados de modo irregular nas ruas do bairro. Neste sentido, a estação deve ser um espaço educador para a comunidade, considerando que ao tornar visível o que antes estava escondido nas tubulações, galerias e no fundo do lago, os moradores passarão a destinar adequadamente os resíduos gerados, além de entenderem a importância de promover a ligação correta das residências à rede de esgoto e drenagem da cidade.
O Bairro Monjolo é atendido, em sua totalidade, pela rede de coleta e tratamento de esgoto e pela coleta de resíduos sólidos recicláveis, nas terças-feiras. Os demais rejeitos e orgânicos são coletados diariamente.
Desde a finalização das obras, a estação já coletou cerca de 70 toneladas de resíduos, que foram recolhidos e descartados no aterro sanitário ou destinados a manejos apropriados.
A Estação de Captação do Monjolo está em observação e modelos similares podem ser construídos em outros bairros, onde há a formação de bacias importantes e que desaguam nos grandes rios.