Em Foz tudo se arranja para o famoso “embrulho de três cocos”. Durmam com isso.

É o que dizem no jargão da política, e o colunista Rogério Bonato tenta explicar na sua pontualíssima coluna - agora - diária - disponível no Portal Almanaque Futuro às 7:30.

  • Coluna do Rogério Bonato, mais pontual que cebolão inglês – 

 

Não vai prestar

Vai lá saber se isso é certo ou errado, se houve ou não proporcionalidade, o caso é dimensionar onde vai dar! Israel atacou uma embaixada iraniana em Damasco (Síria) porque segundo fontes, lá estavam terroristas medonhos. A ação foi condenada. Em retaliação, o Irã fez chover mísseis, drones e foguetes balísticos em território israelense, cerca de 200, sendo que a maioria foi abatida antes de tocar o solo. Isso não importa. O sistema de defesa é ultra avançado, mesmo assim alguns armamentos explodiram, causaram danos e vítimas. Para quem não concorda com belicismo e atrocidades entre os povos, foi difícil dormir do sábado para o domingo.

 

Cautela

Os iranianos foram sábios, agiram rápido; pediram para os norte-americanos e aliados não se envolverem e, anunciaram que a ação foi reparadora. Teve, portanto, fim. Será que uma mente belicista como Benjamin Netanyahu se acomodará? Difícil. O mundo deve se preparar e todos sabem que isso é o estopim. Infelizmente, a esta altura, é muito difícil interromper um processo de conflito de proporções mundiais. Ele interessa a muitos malucos, gente fora de órbita.

 

Trump avisou

Escrevam o que quiserem, Donald Trump jamais deixaria uma encrenca dessas avançar. Se não for cassado, poderá voltar ao poder, porque isso é o que dizem os norte-americanos: ele é meio doidinho, mas manteve os pés no chão em seu governo e segurou todas as guerras no Planeta. Foi competente em manter os russos e ucranianos no “quadradinho”; os israelenses não saíram da casinha; até a Coréia do Norte amansou. Impressionante! Foi o mudarem o governo e a coisa degringolou.

 

E por estas bandas…

Na América do Sul a área de de instabilidade é lá na Venezuela e Guiana. Possivelmente Nicolás Maduro aproveite a situação e bagunce a vida dos vizinhos; ele sabe que não pode contar com o Brasil, Colômbia e Peru. Se apoderar de uma região não é algo fácil, ou coisa que as nações não se importariam.

 

No restante…

O mundo é dividido em pequenos, médios e grandes conflitos e uma guerra envolvendo Israel alvoroça forças que estão desmontadas, como o Estado Islâmico. Países que ponderam os arranca-rabos temem exatamente isso, o que seria novamente devastador. Também não se sabe como Rússia, China e Coréia do Norte se comportariam. A OTAN já estava em estado de alerta e acendeu outra luz alaranjada.

 

Dólar em alta

Uns dos primeiros sintomas de um conflito é a cotação das moedas e o dólar amanheceu em alta ontem. Como o Brasil se move na balança comercial das exportações, isso não é ruim, mas algumas áreas são prejudicadas, como o Turismo de compras de produtos importados. Dólar alto esvazia as lojas. Na fronteira o povo dá um jeito de promover ofertas e segurar os compradores, ou mesmo perdendo algum no Câmbio.

 

Vamos pensar:

Não há nada mais imbecil que a guerra, porque ela aumenta a pobreza, o sofrimento, a desigualdade, muda o mapa do mundo e levaremos décadas até equilibrar a situação novamente. Mal saímos de uma pandemia e, se apenas a guerra entre russos e ucranianos desestabilizou, o que dizer de outras tribos bagunçando o coreto? Quem pode com isso?

 

Ai, a política

Bom, o fato de o mundo se pegar não deve mexer com a eleição em Foz do Iguaçu. Pelo menos por esses tempos. No domingo alguém estava chorando: “puxa vida justamente neste momento, que tenho a faca e o queijo, estão inventando uma guerra mundial?”. Quem não deu a mínima para a chuva de mísseis em Israel saiu para as ruas no garimpo de votos.

 

Cartinha difícil

A coluna recebeu uma mensagem: “você que está de olho em todos os movimentos, poderia explicar o que fez o governador Ratinho mudar de ideia, em trocar o Paulo pelo General? Até porque tudo parecia mais do que certo, com fotos, “pegação” na mão, abraços, e, do nada, o homem desistiu? É o que perguntou H.L.S (um leitor que pediu para não ter o nome revelado). A gente também se põe a pensar: o que aconteceu?

 

As variantes

Paulo estava, sim, muito bem conectado com Ratinho Jr. Eles viviam de conversinhas, telefonemas, um visitando o outro, aproveitando cafés da manhã e, fazendo listas, promessas; pareciam viver uma lua de mel. O ex-prefeito estava com um pé no PSD, e, parecia uma relação robusta, pois é também (ainda) a casa de Chico Brasileiro. O enlace deixava muita gente feliz, a começar pelos deputados Vermelho e Matheus. Eis que tudo, da noite para o dia acabou diferente, mesmo com a participação de Ricardo Barros, muito ligado ao governo e no rol das pessoas que o governador mais escuta. Escutou ou armou com ele?

 

Chega para lá

Nunca é tarde para relembrar, mas o “chega para lá”, ungindo o General Silva e Luna, com apoio de Bolsonaro, foi algo que doeu na cabeça e na barriga de muita gente em Foz. Paulo acabou se filiando no PP e deve enfrentar Silva e Luna nas urnas. Alguém teria confidenciado que Ratinho estava feliz com o arranjo que conseguiu articular em Foz, só não se sabe a extensão de toda essa felicidade. O caso chegou ao ouvido do presidente Lula. Ele sim teria ficado muito feliz. Ratinho causou um divisor de águas.

 

Desenho complicado

Paulo jura por todas as letras que foi pego de surpresa com a mudança de opinião do governador. Ricardo Barros, por sua vez, não deu um pio sobre o assunto, até porque, teoricamente, sai lucrando com a confusão. Mas há um zum-zum dando conta que o governador teria pedido para abrirem o jogo com o ex-prefeito iguaçuense, mas preferiram o toque pianinho, ou seja, deixar ele saber depois da bomba estourar.

 

Aliados

Segundo dizem, o deputado Matheus Vermelho andava desconfiado que algo estranho estava acontecendo. Ele começou a fazer parte direta e indireta das ações do governador no Oeste e isso pode ter desenfreado algum tipo de ciúme. O fato é que Matheus estava jogando limpo, com lealdade e companheirismo o que deixou Ratinho Jr. confortável. Não foi recíproco. Estranhamente, o jogo endureceu e cada um foi para o seu lado. Matheus, apesar do esbarrão, continua amigo do governo. Já não se pode dizer o mesmo do papi, o deputado federal Vermelho.

 

Do zero

Matheus, Vermelho, Paulo, e a família Barros também, reestruturam o terreno e partem para as estratégias de eleição. Mas teria ficado uma magoazinha, uma sensação de âmago, uma dorzinha no lado esquerdo do peito. Quem pode perder com isso é Jair Bolsonaro, que mantinha uma maioria expressiva de simpatizantes em Foz. A sinuca de bico levou Paulo e os apoiadores a flertarem com o PT e partidos de esquerda.

 

No fim…

Paulo que não é bobo e nem nada, jamais irá fechar as portas na direita, dizem, aliás, que há várias pessoas trabalhando isso, dando manutenção às velhas amizades bolsonaristas. O ex-prefeito tem a vantagem de acender velas para a direita, centro e esquerda. O seu oponente, o General Silva e Luna não pode atuar com o mesmo discernimento. É direita e fim de papo.

 

Escolha do vice

Por essas e outras, Paulo adia a escolha de um vice, porque sabe que mais adiante, isso não resultará em muitas coisas, ou seja, não valerá o quanto pesa. Para ele tanto faz, porque seu objetivo é liquidar a fatura no primeiro turno. Bom, é uma vontade dele e se depender dos adversários, isso não acontecerá facilmente.

 

Laço no Bolsonaro

O que Vermelho & Cia queriam era indicar vice para laçar o presidente Bolsonaro, porque sabiam da logística. Agora não devem também se preocupar muito com isso.

 

Muito tranquilo

Ratinho Jr. está confiante que vencerá a eleição em quase todas as cidades paranaenses e é bem possível que isso aconteça, porque apesar das ações milionárias de Itaipu, em quase todos os municípios paranaenses, a mão do governo aparece “diplomaticamente”. Até quando isso vai acontecer ninguém sabe. Em Foz ele atua direta e indiretamente nos três blocos mais influentes, com o General, Paulo e Sâmis, uma vez que muitos emedebistas são simpáticos ao governador, apesar do acerto com os tucanos. Sâmis consegue fazer essa hábil mistureba.

 

O que há de novo

Enquanto isso, outras frentes estão se fortalecendo, umas com independência, outras nem tanto. Boa parte deve se declarar com o candidato que demonstrar hegemonia ao longo do processo. Isso deve acomodar no terreno lá por agosto ou setembro. O efeito “maria vai com as outras” é uma tradição iguaçuense. Mas há pelo menos duas vertentes mais sólidas nos propósitos. Uma delas é o União Brasil. Zé Elias e seus companheiros, ao que parece, falam a mesma língua e apostam no “novo”. E se apoderaram da palavra “União” de um jeito, que vai acabar em samba. Bom, “união por Foz”, tudo mundo sabe que isso nunca deu certo. É embrulho de três cocos.

 

Falar em União

Rogério Ojeda filiou-se ao União Brasil e fez um belo discurso, uma vez que é nativo. Nasceu na cidade. Ele se diz pré-candidato a vereador. Possui um currículo interessante, onde além dos cursos, aparece como assessor jurídico do MPF – Ministério Público Federal. Como abrimos espaço para muitos novos nomes, obviamente daremos o mesmo tratamento ao Ojeda e, voltaremos ao assunto (foto).

 

 

Não vamos longe…

… de uns dias para cá essa onde começou a se mover. É um tal de mencionarem os três candidatos como “jurássicos” que algumas pessoas estão desconfiadas de uma orquestração em IA (Inteligência Artificial). As redes sociais estão infestadas de menções do tipo. Claro, quem aposta nas novidades acaba encontrando um nicho.

 

Moro pega firme

O senador deve fazer um, giro pelo Paraná e destilar o seu veneno de vingança contra todos os partidos que moveram ação contra ele, tentando a cassação. Dizem que nem mesmo o Bolsonaro vai escapar da ira do ex-juiz paranaense. Inté.