E Foz terá o seu caminho
Prof. José Afonso de Oliveira
Nada de bola de cristal, mas tão somente, a partir do que conhecemos, vamos lançar uma luz sobre a cidade que nos conduzirá ao futuro. Se, por uma eventualidade, chegarmos a esse futuro, encontraremos questões muito interessantes:
Veremos Foz do Iguaçu inserida como um grande complexo ambiental, na área central e em todo o seu entorno, com largas avenidas, muito arborizadas, o que sempre foi uma característica, juntamente com áreas culturais que promoverão várias e diferentes atividades, congraçando a América Latina, gerando conhecimento e empregabilidade para os jovens.
De um lado, o Parque Nacional do Iguaçu, com o edifício pertencente a União, antes um hotel, transformado em grande centro de estudos ambientais com a participação das universidades locais, por entidades brasileiras, argentinas e paraguaias. Naquele espaço haverá ainda um moderno museu da flora e fauna existentes, admirado e estudado presencial ou virtualmente, em qualquer parte do mundo.
Na estrada de acesso ao PNI, hoje convencionada como “eixo turístico”, encontramos também enormes hotéis de padrão global, ostentando marcas como Sheraton, Hilton e os grupos locais aprimorados, com hóspedes de todos os continentes. Na mesma via, haverá outros parques temáticos e provavelmente uma filial da Disney World, com hotéis próprios. Se já é assim em vários países, será assim em Foz.
O aeroporto será expandido, sempre adequado ao futuro e ao movimento, mantendo conexões e voos diretos, diários, para vários países, suprindo a tão sonhada e intensa movimentação no setor turístico/hoteleiro. Em seu espaço, dentre outras, haverá uma central de atendimento aos turistas, empresas privadas prestando serviços de todas as naturezas, da chegada à partida; reservas para onde se pretende ir na diversificada região trinacional; voos extras, indicações de visitas, de forma rápida e eficaz.
As universidades manterão centros de pesquisas em todas as áreas, como inovações na informática, possibilitando a geração de empregos de alta qualificação, ao mesmo tempo em que novos setores de prestação de serviços serão criados, gerando benefícios para todos.
Existirá também todo um setor produtivo de arte e peças artesanais baseadas na cultura local, esbanjando latinidade, gerando mais empregos, divulgando a nossa forma de ver a vida e nela pensar, para o restante do mundo.
Contaremos também, com experiências bem-sucedidas de atendimento às populações de baixa renda, garantindo empregos, habitação, escolas e serviço médico para todas as crianças e jovens, com um grande centro de especialidades, acoplado a um hospital universitário, ofertando programas exemplares para a Saúde da Família. Isso irá abastecer um centro de pesquisas, com a medicina informatizada, garantindo o atendimento na cidade e região.
Mas, certamente o melhor de tudo será realizado no âmbito sociocultural, no sentido de se criar um imaginário causador da identidade de todos os habitantes, agregando valor, por meio da perpetuação de suas origens. Lá no futuro, explicaremos melhor de onde viemos e como formamos um local tão inolvidável. Não podemos nunca perder de vista a essência de nossas origens, pois é o DNA, de um povo que se reconhece entre a natureza e tudo o que dela provém.
São aspectos assim, que possibilitarão essa transformação de Foz, daquela vila de 118 habitantes no passado, em um grande e bem-sucedido projeto de globalização, modelo para todo o mundo, em que pese, o fato da cidade compreender o maior polo fronteiriço do Brasil.
É essa Foz do Iguaçu com pensamento e atitudes modernas, que agrega desenvolvimento, com bem-estar para todos que será um exemplo de ocupação do espaço urbano.