Amazônia quase no “ponto”; eleição da Unimed e as movimentações sísmicas da política…
Estes e outros assuntos são temas da primeria coluna da semana de Rogério Romano Bonato!
Passou do ponto!
A Amazônia está muito próxima de ultrapassar a barreira do “não retorno”. É o alerta da WWF: o futuro da imensa região está, como nunca, em risco; um dos biomas mais importantes para o planeta está criticamente ameaçado. A instituição tenta a todo o custo chamar a atenção para evitar o pior, realizando estudos, fomentando debates e implementando projetos de conservação e restauração da ainda floresta. O problema é que muita gente não acredita que as medidas são importantes e mantém o ritmo de devastação.
Explicando
Vamos explicar porque muita gente não sabe: a WWF, ou World Wide Fund for Nature, traduzindo, o Fundo Mundial para a Natureza, é uma organização não-governamental internacional que trabalha duro na conservação do meio ambiente e, tenta a todo o custo, reduzir o estrago que o homem causa na Natureza. O processo de devastação da Amazônia chegou no limite tamanho e pode se tornar irreversível. O “ponto de não retorno”, segundo a WWF, acontece quando a floresta perde sua capacidade natural de se regenerar e deixa de prover os recursos naturais que garantes a sobrevivência humana. Ilustrando, seria como jogar fora a água do aquário, com os peixes dentro. O caso é que o homem é quem acelera a própria extinção, um suicídio coletivo e imbecil sem precedentes.
A ciência é quem fala
Os cientistas não se cansam de alertar que a Amazônia enfrenta o risco de atingir o estágio irreversível em menos de 10 anos, se o ritmo de desmatamento e degradação continuar. Segundo o WWF, a área já perdeu cerca de 17% da cobertura florestal original e outros 17% estão degradados. Os estudos apontam que a faixa de risco, ou seja, o limite de perda para a cobertura vegetal é entre 20% e 25%. Depois disso o que é uma imensidão verde, caminhará para o processo de desertificação, como garantem, ocorreu em locais na África, Ásia e em outras regiões do Planeta. Os processos naturais levam milhões de anos, mas o homem consegue acelerar isso de maneira impressionante, o que é para avaliar como a Natureza é sensível. Não está errado escrever que a humanidade está assassinando aos poucos a própria mãe. É triste.
Ignorância
Não faz muito tempo este colunista escreveu algo parecido, abordando a área ambiental e quase apanhou dos imbecis, travestidos de desenvolvimentistas, gente radicalmente contra os princípios da sustentabilidade e proteção ambiental. Uma dessas pessoas considerou que essa preocupação é “frescura”. Essas pessoas ainda orbitam o tempo em que caçar uma onça era certo; derrubar árvores servia para “arejar” um terreno e coisas do tipo.
Eleição na UNIMED
É hoje! Duas chapas ficarão de frente, com muitas ideias. A da “situação”, a Chapa 1, que está há 12 anos no leme, sustenta que a gestão foi eficiente, prometendo futuro, dentre outras. Já a Chapa 2, que faz “oposição”, acusa o contrário, a ineficiência e falta de transparência, o que teria levado a cooperativa para a quase falência, não fosse a intervenção da Federação. O fato é que a coisa anda tão feia, que a Unimed-Foz perdeu até a carteira de usuários, hoje totalmente manobrada por gente de fora da cidade. Neste ponto a “Chapa 2” abriu a caixa de ferramentas e está fazendo um balanço aberto da situação. Curiosamente muitos cooperados não sabiam, em razão do assunto ser tratado na moita.
Enquanto isso…
…os cooperados que ainda restaram coçam a cabeça, porque a maioria migrou para outros planos de Saúde, ou se dedicam aos seus consultórios. Mas no meio da pendenga há milhares de usuários que tentam por tudo manter os planos de saúde em dia e por um simples fato: precisam! Muitos deixam de lado coisas importantes, atrasam aluguel, água e luz, trocaram o carro pelo transporte público e nem se alimentam decentemente, para manter em dia o atendimento de uma cooperativa. E essa gente toda não imagina que a instituição está em situação tão crítica.
Auditoria
De um jeito ou de outro, ao que se sabe, a Federação da Unimed está realizando uma auditoria e faz bastante tempo. Se vai divulgar o resultado aí já são outros quinhentos, porque dependendo, isso pode ser um tiro no pé, afinal a cooperativa precisa se sustentar ativa e a todo o custo contornar o prejuízo. Bom, de qualquer maneira veremos como os cooperados se manifestarão nas urnas.
Grandes dúvidas
A encrenca pela direção da Unimed serviu para uma coisa: os usuários e o cooperados querem saber quanto custa o aluguel do novo hospital, que muitos consideravam próprio, mas não é. Os donos da área onde a estrutura foi construída realizaram um contrato “Built to Suit”, uma modalidade imobiliária em que um espaço é construído de acordo com necessidades específicas, para um único inquilino. Isso significa “construído para servir” e há muita gente interessada em saber quanto isso custa, se está em dia, se a cooperativa continuará por lá, ou corre risco de ser despejada por falta de pagamento ou outras situações. Além do mais há outros temas orbitando o imbróglio. É aí que pega o bicho da suposta “falta de transparência”
Excelente local
A empresa que está desenvolvendo o Bairro do Futuro, onde foi construído o novo hospital da Unimed, pensa grande. Realizou foi um belíssimo empreendimento, atendendo a todas as exigências de um hospital completo. E quem visita a área verá um planejamento com diferencial, se comparado com outras localidades; com calçadas largas, sem fiação de energia aparente, com uma invejável estrutura ambiental e sustentável. Em verdade, a iniciativa nada tem com o imbróglio ou a eleição da Unimed. A cooperativa, aliás, é apenas uma das âncoras que habitam a nova região, que está em franca extensão. Há muitas novidades que logo serão anunciadas. Os proprietários garantem que se esforçaram para fazer o melhor para a instituição e dizem que sempre estarão atentos a todas as necessidades de uma cooperativa tão importante.
Distância?
Dizerem que o hospital da Unimed é longe? É nada. Coisa nenhuma. As pessoas precisam se acostumar com o tamanho da cidade, que aqui entre nós, é pequeno se comparado a outras no Paraná e grandes centros. Foz é um pouco maior que bairros de São Paulo, sobretudo considerando o perímetro onde está instalado o novo hospital da Unimed, de fácil acesso e ficará muito melhor depois de concluída a obra da Perimetral Leste. Para se chegar ao Bairro do Futuro, os acessos são amplos, como é o caso da Avenida República Argentina, sem trânsito de rush praticamente. Cidades crescem, expandem e as populações precisam se adaptar.
Logística
Empreendimentos como o novo hospital da Unimed devem ser recebidos com grandiosidade, mas há um ponto a ser observado: a falta da estrutura pública. A prefeitura, por sua vez, ao receber uma nova localidade, um bairro, precisa fazer a sua parte, oferecendo condições para que as pessoas se desloquem, como é o caso de linhas de ônibus, acessos, segurança e, toda a logística no entrono. Fora os usuários, há um número grande trabalhadores e profissionais da área da Saúde com dificuldades de chegar ao local e isso tem mexido com a cabeça de quem presta serviços ao hospital. A mão de obra já é restrita, opera em horários diferenciados e, ainda, encontra dificuldades de mobilização? Bora resolver mais essa General!
Terreno político em movimento
O tempo vai passando e o ano pé eleitoral aos poucos esquentando, com os atores decorando os papéis e subindo ao palco, se alternando por meio de conversas com os coadjuvantes da política. Deixando de lado o “nariz de cera”, os bastidores estão bastante movimentados, embora isso ainda não apareça, porque as atenções nos municípios estão voltadas para os primeiros meses de governo.
Na costura
Um exemplo de articulação é o empresário Deoclécio Duarte. Depois de um bom resultado no pleito municipal, ele começa a olhar para as possibilidades de vaga na ALEP e Câmara Federal e inicia a costura. É bom observar que ele manteve abertas todas as portas e conversa com todas as alas, transitando livremente em praticamente todos os partidos. Recentemente foi convidado por ninguém menos que Fernando Giacobo para ingressar no PL, leia-se o partido que está no governo de Foz. No final de semana, Deoclécio esteve com o presidente da Câmara Paulo De Brito e Juliano Pedroso, que vem realizando um excelente trabalho como diretor da 9ª Regional de Saúde. Um dia depois, a conversa foi com ex-prefeito Sâmis da Silva.
Potencial
Se há alguém com mobilidade regional é o Deoclécio, porque seus negócios atentem um número muito grande de cidaded no Oeste e Sudoeste, trabalhando nas estradas e ruas, atendendo demandas de pavimentação, obras e principalmente a sinalização asfáltica, seu forte em prestação de serviços. Como bom costureiro político ele dá um ponto atrás do outro.
…enquanto isso…
Claro, há outros tantos nomes em franca atividade, como é o caso do Ricardinho, o vice do General. Ele pode até negar que será candidato e que é mais útil atuando no município, mas que vai acreditar numa coisa dessas? O fato é que no exercício de vice-prefeito, Ricardinho tem realizado um importante trabalho institucional em favor de Silva e Luna, dividindo a responsabilidade de garantir a presença da gestão em várias frentes. Um bom início de semana a totós!