Do Programa Carbono Neutro, às providências com urbanização e moradias, Foz busca inovar áreas como a Saúde, Educação e Coleta de recicláveis.
- Especial Sustentabilidade/Redação Almanaque Futuro –
A Prefeitura de Foz do Iguaçu aderiu ao Programa Carbono Neutro, promovido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Outros seis municípios integram a ação. Representantes de órgãos que compõem a estrutura do município participaram do ato, em Curitiba, como a Secretaria Extraordinária de Projetos, Programas e Convênios Especiais e o Instituto de Habitação de Foz do Iguaçu – Fozhabita. O TJ-PR atua com um propósito muito firme no fomento de políticas de Sustentabilidade no Poder Judiciário e, além do Programa Carbono Zero.
A regularização fundiária em Foz do Iguaçu aderiu, em 2020, ao Programa Moradia Legal, disponibilizando títulos de propriedade para mais de 2 mil famílias e deve entregar outros 4.500 até o final de 2023. A regularização melhora a performance da cidade perante os objetivos sustentáveis e realiza o sonho de milhares de pessoas.
Mesmo com a legalização fundiária e um programa de construção de moradias, Foz precisa trabalhar e muito no setor da habitação, como é o caso da comunidade conhecida como Bubas, na área Sul da cidade, onde a prefeitura inicia uma sensível demanda de projetos na ocupação. Na avaliação final do projeto de urbanização, realizado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Captação de Recursos, os benefícios atenderão quase 2 mil famílias. Trata-se de um dos maiores projetos de inclusão comunitária no Paraná, amplamente debatido com os moradores. A localidade receberá 8,5km de pavimentação e as implantações de 9,2 quilômetros de redes de água e outros 13 quilômetros de redes de esgoto. Para a iluminação, são aproximadamente 9.100 metros de redes de distribuição de energia.
Foz do Iguaçu também se destaca no setor da competividade; ocupa a 6ª posição entre as cidades com mais de 200 mil habitantes, com uma nota de 55 pontos. Segundo o Centro de Liderança Pública (CLP), que divulga o ranking de competitividade dos municípios brasileiros, o levantamento foi construído a partir de 65 indicadores e pilares temáticos, como sustentabilidade fiscal, meio ambiente, saneamento, educação, saúde, entre outros parâmetros, inserindo a cidade na agenda permanente de desenvolvimento.
Austeridade fiscal, melhoria no ambiente de negócios, obras estruturantes e, principalmente, ações para fortalecer ainda mais uma indústria sustentável, em nada poluidora e que distribui renda, como é o Turismo. O ranking do CLP analisou dados de 411 municípios brasileiros com população acima de 80 mil habitantes de acordo com a estimativa do IBGE para o ano de 2020, o que representa 7,38% dos municípios federados. Do total de cidades avaliadas, 27 são do estado do Paraná.
Na questão da sustentabilidade fiscal, contas públicas, executando obras de infraestrutura há décadas esperadas pela população, com ênfase nas áreas de drenagem e pavimentação. Dados do Tesouro Nacional dão conta que o município mantém a “Nota Verde”, pelo quarto consecutivo, no indicador Capacidade de Pagamento (CAPAG). Com as contas em dia, a cidade está apta a receber garantias da União nas operações de crédito e seguir desenvolvendo seus projetos em todas as áreas, com forte compromisso ambiental.
Na saúde, apesar de estar em uma região de fronteira e atender números de pacientes bem superiores à sua população, segundo dados oficiais do Governo Federal, o índice chega a 97,83% de Cobertura da Atenção Básica (AB). Na campanha de imunização contra a Covid-19, Foz aplicou mais de 430 mil doses, cobrindo 97% da população adulta vacinada com as duas doses.
No setor da Educação, das das dez escolas paranaenses mais bem colocadas no ranking, em cidades com mais de 150 mil habitantes, cinco são de Foz do Iguaçu, inclusive o primeiro lugar. Os dados obedecem ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Governo Federal.
O Hospital Municipal Padre Germano Lauk reativou o Comitê de Sustentabilidade e, dentre os objetivos, está desenvolvendo ações inovadoras e o uso racional de recursos com eficiência e ampliação da cultura sustentável, mantendo parceria com o Centro de Educação Ambiental Iguaçu e Unidade de Valorização de Recicláveis do Jardim América, com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente. São realizados encontros para a definição de ações com agentes dos setores de Higienização e Limpeza, Administrativo e Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT.
As Unidades de Valorização de Recicláveis produzirão energia fotovoltaica. As placas de captação de energia solar são o resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Foz do Iguaçu e a Itaipu Binacional; o projeto reduzirá o valor nas contas de luz das Unidades de Saúde e das próprias UVRs. A instalação das placas de captação de energia solar atende a cinco UVRs e logo outras duas estruturas contarão com os equipamentos para o gerenciamento de resíduos. O projeto foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com a colaboração das pastas do Planejamento e Obras e fornecerá o excedente das unidades de valorização de resíduos para órgãos públicos cujo os serviços são relevantes de atendimento direto à população. Estima-se que no futuro o benefício se estenda para toda a rede.
Foto TJ/PR