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Em 2025, consolidou-se como um dos atrativos culturais mais fortes de Foz do Iguaçu, mesmo enfrentando obras, limitações de acesso e impactos urbanos. Agora, prepara-se para um 2026 de expansão, memória e inovação

O ano de 2025 ficará registrado como um período de testes — e de reafirmação — para o Marco das Três Fronteiras. Um dos pontos históricos mais antigos da cidade, criado em 1903 para marcar geograficamente a união do Brasil, Paraguai e Argentina, o espaço provou mais uma vez que sua força simbólica resiste ao tempo, às transformações urbanas e até às dificuldades de acesso.

Durante boa parte do ano, o entorno do Marco foi impactado pelas grandes obras estruturantes que redesenham a região Sul da cidade: a construção da Ponte da Integração, a implantação da Perimetral Leste e as intervenções viárias que alteraram rotas, estacionamentos e fluxos de visitantes. Muitos acessos temporariamente desapareceram, vagas foram reduzidas e a visitação exigiu improviso. Ainda assim, o público continuou chegando — de carro, de vans, a pé —, insistindo em prestigiar um dos cenários mais emblemáticos da fronteira.

Essa persistência do visitante é, por si só, um sinal claro de consolidação. Mesmo diante dos obstáculos, o atrativo fechou o ano com visitação superior à de 2024, reforçando seu papel como espaço cultural trinacional. A programação intensa foi decisiva para isso. Em 2025, o Marco recebeu desde eventos internacionais, como desfile de moda chinesa e festival de coquetelaria, até semanas temáticas profundamente enraizadas na cultura brasileira, como a Semana Farroupilha e os festejos juninos, que lotaram a praça central.

Essas atividades não apenas animaram o calendário, mas reafirmaram o propósito do atrativo: ser um palco permanente de celebração cultural, acolhendo diferentes tradições que formam o mosaico da fronteira.

Ao mesmo tempo, o local manteve sua vocação contemplativa. O encontro das águas dos rios Paraná e Iguaçu — espetáculo natural que mudou a vida de viajantes, historiadores e poetas — continuou sendo o ponto alto para moradores e turistas. A gastronomia também se fortaleceu, oferecendo ao visitante uma experiência completa que une sabores regionais, arquitetura histórica e apresentações artísticas.

Mas se 2025 foi um ano de superação, 2026 aponta para uma fase de expansão. A equipe de gestão já antecipou que um dos espaços mais emblemáticos do passado — o Espaço das Américas, concebido nos tempos do governador Jaime Lerner — está prestes a ganhar um novo projeto. A revitalização, que será detalhada logo no início do ano, deve resgatar a vocação do local como palco de arte, espetáculos e grandes encontros culturais. Trata-se de um passo decisivo para ampliar ainda mais a oferta do Marco e fortalecer sua posição como centro cultural da fronteira.

Em um período marcado por desafios urbanísticos, reinvenção e persistência, o Marco das Três Fronteiras encerra 2025 mais forte do que começou. O atrativo que um dia viveu décadas de abandono agora é referência nacional em revitalização histórica, gestão privada eficiente e programação cultural de excelência. E, em 2026, abre-se um novo capítulo — com mais estrutura, mais cultura e mais memória para compartilhar com o mundo.

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