Itaipu entra em 2025 carregando conquistas históricas: a gigante que inspira, desafia limites e abre um novo capítulo de realizações

Abrimos esta série especial destacando os marcos que devolveram a usina ao centro das atenções globais; recordes inéditos, resiliência operacional e um ano desafiador que confirmou a força e a atualidade do modelo binacional.

Redação Almanaque Futuro

Antes de compreender o papel de Itaipu em 2025, é indispensável olhar para 2024 — um ano que não apenas antecede, mas explica o momento extraordinário que a usina vive agora. Foi no ano passado que a Binacional celebrou meio século de fundação e quarenta anos de geração ininterrupta de energia, marco que coincidiu com um dos períodos mais desafiadores e, ao mesmo tempo, mais afirmativos da sua história moderna.

Em 2024, Itaipu reafirmou porque permanece uma das obras humanas mais admiradas do planeta. Entre celebrações simbólicas, condições climáticas extremas e um escrutínio internacional crescente sobre o setor elétrico, a usina inscreveu seu nome no Guinness World Records ao alcançar a maior produção acumulada de energia hidrelétrica do mundo: mais de 3 bilhões de MWh desde o início da geração, em 1984. Um feito monumental que sintetiza grandeza, precisão técnica e longevidade — atributos que pavimentam o novo ciclo que se inicia agora.

A certificação internacional recebida em novembro não celebra apenas o passado; celebra a continuidade. A energia acumulada seria suficiente para abastecer o planeta por mais de 43 dias — uma cifra que impressiona especialistas e reforça o papel da usina na transição energética global. Itaipu já tinha sido a primeira hidrelétrica do mundo a ultrapassar 2 bilhões de MWh, em 2012; agora, consolida uma hegemonia inédita.

Mas 2024 também foi um ano de teste. A severa estiagem que atingiu Brasil e Paraguai colocou à prova a capacidade de resposta da operação. Mesmo assim, a usina encerrou o período com 67,08 milhões de MWh produzidos — um resultado expressivo diante de um dos quadros hidrológicos mais críticos das últimas décadas. Só essa geração seria suficiente para abastecer o Brasil por mais de um mês ou o Paraguai por mais de três anos.

A explicação está na eficiência. A disponibilidade das unidades geradoras alcançou 97,28%, acima da meta corporativa, revelando uma cultura industrial orientada à confiabilidade. O vertedouro permaneceu fechado durante todo o ano, refletindo a diretriz de máximo aproveitamento hídrico, e a produtividade atingiu índices entre os melhores do setor global.

Para o Paraguai, 2024 marcou uma virada histórica: pela primeira vez, o país utilizou mais de 20 milhões de MWh, superando a barreira dos 30% de participação e atendendo cerca de 80% de sua demanda nacional. Ao Brasil, Itaipu entregou mais de 46 milhões de MWh, mantendo-se como a principal fornecedora de energia firme do Sistema Interligado Nacional.

Há ainda um papel estratégico que poucos percebem, mas que especialistas reconhecem com clareza: Itaipu tornou-se essencial para compensar a intermitência das fontes renováveis. Em um sistema cada vez mais solar e eólico, a hidreletricidade de grande porte é responsável por garantir estabilidade nas rampas de consumo — especialmente no fim da tarde. Itaipu cumpre essa função com precisão, atuando como uma espécie de “bateria natural” para Brasil e Paraguai.

Ao abrir esta série especial sobre Itaipu, propomos exatamente isso: compreender que o futuro se explica pelo desempenho recente. Em um ano marcado por escassez hídrica, avanços tecnológicos e pressões da transição energética, a Binacional respondeu com resiliência, eficiência e inovação.

É essa combinação de grandeza histórica e capacidade de reinvenção que ilumina 2025 — e que guiou a escolha de iniciar este suplemento com a retrospectiva de um ano que ampliou, diante do mundo, a força do modelo binacional.

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