Obesidade é uma doença e exige tratamento constante, afirma especialista

A obesidade é uma doença crônica que afeta um número elevado de pessoas por todo o mundo, e os retratos da patologia na mídia frequentemente reforçam estereótipos imprecisos e negativos sobre pessoas obesas_

Só no Brasil existem mais de 20 milhões de indivíduos obesos. Na população adulta, 12,5% dos homens e 16,9 % das mulheres apresentam obesidade, e cerca de 50% têm excesso de peso (sobrepeso). “A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre outras”, explicou Dr. Luiz Carlos Bremm, Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo, que continuou: “Porém, uma vida com uma rotina alimentar saudável, prática de exercícios físicos e acompanhamento médico podem contribuir com a prevenção e tratamento”, explicou o especialista.

De acordo com Dr. Bremm, muito se tem falado que a obesidade é um problema estético, porém está longe disso e é fundamental que as pessoas procurem um tratamento adequado. “Observamos que o paciente obeso, com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30, não aparece tanto no consultório quanto um paciente com sobrepeso leve ou às vezes peso normal, procurando essa estética de emagrecimento. Precisamos conscientizar a população de que a obesidade é um problema grave de saúde, que acaba desencadeando outras complicações. Toda doença merece um tratamento, e com a obesidade não é diferente”, pontuou o médico.

A Organização Mundial da Saúde afirma que a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde, e que em 2025, a estimativa é que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, ou seja, 700 milhões de pessoas. “A obesidade é uma doença. E quem sofre com ela não é culpado, não é fracassado por tentar emagrecer e não conseguir”, alertou Dr. Bremm. Porém o médico lembrou: “É claro que o paciente tem suas responsabilidades, mas ele não tem culpa por ser obeso. O que acontece é que o organismo dele tem uma tendência a ganhar peso e a acumular energia”.

Obesidade infantil
A pandemia do novo coronavírus impactou e muito a rotina das famílias brasileiras, principalmente em relação às crianças. De acordo com o Ministério da Saúde, 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos tem obesidade, e 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 também.

Com aulas online, crianças e adolescentes ficaram mais tempo sentadas em frente a um computador, sem a prática de atividade física e muitas vezes comendo produtos industrializados, sem qualquer valor nutritivo. “Houve um aumento na obesidade das crianças, sem falar no impacto psicológico que elas estão sofrendo, por isso o alerta de cuidado e atenção”, pontuou o especialista.

Dr. Luiz Carlos Bremm
Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo
CRM 14018 PR RQE 14018
@drluizcarlosbremm

Fonte: @maestriamkt