Diverticulite: o que é e como tratar

Pequenas bolsas que se formam com o passar dos anos na parede do cólon podem se tornar uma doença grave: a diverticulite do cólon. A patologia, que afeta mais de metade dos indivíduos acima dos 80 anos de idade, acomete a população pelo enfraquecimento natural dos tecidos do intestino por conta da idade, além também, de predisposições genéticas e a dietas pobres em fibras. “Cerca de um terço das pessoas acima dos 45 anos e mais de 50% dos indivíduos com mais de 80 apresentam o distúrbio. Enquanto os indivíduos mais jovens, com idade inferior a 40 anos, somam menos de 10% no total de pacientes com o problema”, informou o Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo, Luiz Carlos Bremm.

Quando assintomática é chamada de diverticulose, e não apresentam sintomas clínicos, mas as diverticulites costumam causar: dor abdominal, constipação intestinal (prisão de ventre) ou diarreia, sangue nas fezes, náusea, vômito e febre. “Uma das maiores dúvidas de quem sofre de diverticulite é se é possível conviver com ela. Sim, é possível, mas quem apresenta sintomas precisa ser acompanhado por um médico”, disse o especialista.

A diverticulite pode ser confirmada por meio de ultrassonografia de abdômen e tomografia computadorizada. Exames de sangue (hemograma) e de urina também são úteis para ajudar rio diagnóstico diferencial. A colonoscopia ajuda a saber realmente onde está o problema. “Por isso é tão importante o paciente estar acompanhado por um especialista”, frisou Dr. Bremm. O cigarro, o consumo de carne vermelha excessivamente, pouca atividade física e obesidade são os principais vilões.

Como forma de tratamento, Dr. Bremm conta que o tratamento clínico é a primeira escolha em quase todos os casos. “A cirurgia é indicada somente em casos complicados, como diverticulites de repetição ou quando o paciente não responde ao tratamento clínico, ou ainda se conta com quadros de hemorragias frequentes”, explicou o médico que alertou: “Em torno de 20% dos pacientes com divertículos apresentam sintomas, e destes, cerca de 10 a 15% tem inflamações (diverticulite), os demais não precisam fazer nenhum tratamento, muito menos cirúrgicos. Cuidado com as super indicações de cirurgia”.

Dr. Bremm dá ainda algumas dicas:
1. Tenha uma dieta rica em alimentos com fibras, que ajudam a formar o bolo fecal, como frutas, em especial as que têm bagaço, como a mexerica, ou as que podem ser consumidas com a casca, como as uvas
2. Legumes, como brócolis, e verduras, como rúcula, alface e espinafre, também são classificados como alimentos ricos em fibras e, por isso, devem fazer parte da dieta de todo mundo.
3. Mantenha o peso adequado.
4. Beba, em média, dois litros de água por dia, o que, entre outros benefícios, evita o intestino preso.
5. Invista nos exercícios físicos. Vale até mesmo caminhar por pelo menos 15 minutos desde que seja todo dia.

Dr. Luiz Carlos Bremm
Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo
CRM-PR 14.018 RQE 10.703 / 6.365
@drluizcarlosbremm

Maestria Comunicação e Marketing