Aula inaugural marca 1ª ação do projeto Plantas Medicinais e Fitoterápicos
A territorialização da política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos é o principal desafio do projeto que reuniu no dia 11, profissionais de saúde de mais de 50 municípios do Paraná.
A sexta-feira, 11, foi marcada pela aula inaugural do curso de capacitação de profissionais de saúde, para a prescrição de plantas medicinais e fitoterápico; ação que resultará, a partir de sua efetivação nos municípios da área de abrangência, em maior qualidade de vida para as pessoas a partir do uso racional e acesso seguro a esses medicamentos.
O desafio do projeto é a territorialização da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e essa primeira ação caracterizou-se por um dia de troca de conhecimentos e apresentação dos parceiros envolvidos em sua execução. Esse primeiro passo, aconteceu no Refúgio Biológico Bela Vista Das Itaipu, em Foz do Iguaçu e reuniu médicos, dentistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, enfermeiros e nutricionistas, profissionais da rede pública mais de 50 municípios do Paraná.
De acordo com representante do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SETICS), do Ministério da Saúde, Benilson Beloti Barreto, “o fomento desse projeto é de extrema importância, uma vez que alinha as ações já estabelecidas pelo Ministério da Saúde que busca a interiorização da política para todos os municípios brasileiros”.
O superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu Binacional, Wilson Zonin, destacou que este projeto caminha para o surgimento de uma bioeconomia. “Não conseguimos obter os resultados desejados caminhando sozinhos. Por isso, destaco esse caminhar em parceria com o Ministério da Saúde, do Desenvolvimento Agrário e principalmente, com cada um de vocês que aceitaram a propositura de fazer pare desse conjunto de ações que vai assegurar qualidade de vida para as pessoas de maneira sustentável”.
Vale ressaltar, que o projeto está sendo conduzido pela Organização da Sociedade Civil Sustentec – Produtores Associados, a partir de convênio assegurado pelo programa Itaipu Mais que Energia. “A responsabilidade é coletiva. A integração de todos os gestores e dos profissionais de saúde que passarão a prescrever de maneira certa o uso das plantas medicinais e dos fitoterápicos, tanto na estratégia alimentar, quanto na atenção à saúde para a qualidade de vida das pessoas”, disse o presidente da Sustentec, Euclides de Lara Cardoso Junior.
Visão dos profissionais – De acordo com o médico, Valdinei Pereira de Sousa , do município de Foz do Jordão, o projeto será de grande valia para todos. “Está sendo um grande passo tanto para nós, profissionais da saúde, quanto para a população, que passará a ter um tratamento menos agressivo a sua saúde e com resultados que serão benéficos para a vida toda”, disse ele.
Da mesma forma as secretárias de Saúde de Foz do Jordão, Mariane de Fátima Blachechen e de Pinhão, Meuri de Macedo, “embora nos municípios pequenos as pessoas já fazerem uso de plantas medicinais para chás e curativos, esse programa vem validar o nosso desejo de colocar em prática o uso adequado das plantas medicinais a partir da prescrição pelos profissionais envolvidos”, ressaltou Mariane. “Estamos ansiosos pelas etapas de capacitação e certos de que será um grande proveito não apenas para nós, mas para toda comunidade envolvida”, assegurou Meuri.
Para a coordenadora de pesquisas clínicas do Hospital São Vicente de Paula, de Guarapuava, Maroan Soraia Santos Naves Ribeiro, “o projeto é de extrema valia, uma vez que trabalhamos em pacientes que estão em final de vida, em estágio paliativo para o câncer; e eles tem dores crônicas, desconforto generalizado e a gente entra com medicação muito forte. Por isso, eu vejo a inserção dos fitoterápicos como uma forma de evitar essas doses exageradas de fortes medicamentos e também o auxílio em uma alimentação mais adequada que vai contribuir para esses pacientes. No entanto, eu prolongo essa vida de uma forma mais adequada”, pontuou ela.
Próximos passos – Distribuído em etapas, o projeto seguirá com a conclusão da capacitação teórica, com aulas online, uma ou duas vezes por semana, no período de expediente dos profissionais de saúde. A fase seguinte, irá abranger a parte prática e aplicação dos protocolos clínicos a base de plantas medicinais e fitoterápicos.
Segundo o presidente da Sustentec, destaca-se dentro do projeto, o fato de que cada profissional de saúde que está inserido nesta capacitação, irá eleger algumas pessoas para a aplicação dos protocolos que serão acompanhados por pesquisadores das universidades, para validação clínica e publicação científica dos resultados, ou seja, “todo o processo irá fornecer muito material para teses e dissertações, artigos científicos e livros, que serão essenciais para a segurança e eficácia na prescrição de plantas medicinais e dos fitoterápicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”.
“Não tenho dúvidas de que teremos grandes resultados”, disse o consultor técnico do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SETICS), do Ministério da Saúde, Benilson Barreto.
“A responsabilidade é coletiva e contamos com a integração de todos”, ressaltou o presidente da Sustentec, Euclides de Lara Cardoso Junior
Assessoria de Imprensa – Ciliany Perdoná