Paulo Mac Donald assina ficha no PP dia 15/03

A notícia vazou e está sendo comentada em todos os setores políticos de Foz do Iguaçu. Rogério Bonato comenta esse e outros assuntos em sua coluna.

Ratinho no front
Toda a vez que se escuta ruídos de sirenes na BR-469 é batata: é o governador passando. E ele “chega chegando”, uma barbaridade. De manhã é sirene para todos os lados e ao entardecer, quando vai embora, a área Sul da cidade parece uma boate, de tantas luzes piscando nas viaturas.

Evento e encontro
Ratinho Jr. marcou presença no Fórum Estadual de Gestores Públicos e, um pouco antes dividiu o café da manhã advinha com quem? Um doce de abóbora com formato de coração para quem adivinhar: com o General Silva e Luna. A conversa foi animada, cheia de sorrisos e em alguns momentos ao pé do ouvido. Vai ver o governador não quer que outros saibam o que anda falando aos pré-candidatos.

A paixão está no ar
Pela maneira que o General foi recebido, é certo que andam conversando e não é de hoje. É mais um dos efeitos causados por quem insistia em não sair de cima do muro, leia-se, Paulo Mac. O cavalo estava encilhado, e parece que já foi embora quando o assunto era a entrada no PSD (Explicações adiante). E o General que não é mineiro, continua trabalhando quieto.

Esbelto
Ratinho fez um regime. Não é mais o “fofucho das araucárias”, como alguém o apelidou em Brasília; está magro e pelo visto anda até malhando. Trocou os habituais dois pãezinhos com manteiga, ovos mexidos e salsicha, do bufeet, por uma fatia de mamão papaia no café da manhã. Deu foi um tapa no visual, mudando até o corte de cabelo. Isso pode ser um preparativo para 2026.

Mac também foi
O desfile de autoridades não foi tímido perante mais uma estada do governador Ratinho em Foz. E se alguém acreditava que Paulo Mac Donald não apareceria, errou. Não só apareceu, como passou um bom tempo falando sobre os rumos da cidade em caso de voltar ao trono.

Nada amarrado
Paulo foi, saiu nas fotos ao lado do Ratinho, secretários e deputados (alguns até o chamam de “tio”) mas nada de amarrar um acordo eleitoral definitivo. Bom, o Paulo não amarra nem sapato, usa aqueles modelos sem o cadarço, em que o pé encaixa livremente. Vai ver, é para não perder tempo em fazer laço, ou receio de fazer nó cego, ou não gostar de se amarrar nas coisas. Há quem garanta que as três hipóteses são perfeitamente possíveis.

Nem é…
Paulo Mac não é nem pré-candidato. Em geral, isso acontece quando um partido apenas escolhe alguém para chamar assim. Depois dá-lhe discutir mais profundamente. O Podemos até gostaria, mas, e o Paulo? Contaram para o Corvo que o senador Oriovisto Guimarães tenta convencer o ex-prefeito a permanecer na legenda e atuar no campo das negociações com os outros partidos. Mas pelo visto isso já era.

Dos outros
No momento, Paulo é pré-candidato “dos outros”, os vários partidos de direita, centro e esquerda que sonham com a sua assinatura na ficha, na base do “já ganhou”. Ele mesmo sabe que é um perigo pensar assim. O Mac não é muito chegado em fritar ovo dentro da galinha. Alguém ligou informando que o ex-prefeito já se mudou de mala e cuia para outra agremiação, mas nada sobre isso consta no T.R.E. Até a manhã desta sexta-feira ele ainda permanecia no Podemos, mas há uma informação quentinha e de última hora: existe data e hora do Paulo assinar ficha; deve ser dia 15/03, sexta-feira, às 19h30, e será no PP! Soltarão rojões, mas sem estampido para não ferir a cachorrada. O evento será no Hotel Carimã.

Nova estratégia
Paulo estava com um pé e meio no PSD, mas algo houve no Reino da Dinamarca. Segundo dizem, e, como os leitores bem podem ver pela foto, ele pode foi seduzido pelo PP, de Ricardo Barros, família & Matheus Vermelho. Barros teria sustentado longamente o assunto com o governador; com uma nova estratégia para levar o P.III de volta ao trono do império das Cataratas. Isso foi construído graças à paciência e visão do Matheus Vermelho. Ele conduziu o caso, mas que aqui entre nós, não liga muito para o assunto. Em conversa um pouco recente, Matheus reservou: “uma coisa dessas é o governador quem decide”. E o Paulo não decide? Oxê!

Órbita
Enquanto o tempo passa e a janela eleitoral se fecha, Paulo segue monopolizando a atenção da opinião pública e, conversa com todo mundo. Há garantias de que ele tenha falado até mesmo com Nilton Bobato e o Chico Brasileiro. Com o Bobato é certo, mas com o Chico a informação anda pelo mundo da especulação. Mac sabe que há duas coisas mais do que certas na vida de qualquer pessoa: a morte e o prazo da janela eleitoral. Logo, precisava mesmo se definir.

Versatilidade
Enquanto a caravana passa, o Mac fala com os políticos da direita, leia-se Vermelho & Cia, os do centro, e de esquerda, com gente do PT, PDT e até do PCdoB. Efetivando o ingresso no PP, essas conversas ficarão bem mais fáceis. Eita que o homem é chegado em conversar, mas amarrar… continua difícil. Dentre umas e outras, todos sabem que há pela frente um pequeno detalhe: o pepino plantado na Justiça e que precisa da publicação de um acórdão. Que demora essa publicação hein? Os advogados estão convictos que isso ocorrerá nos próximos dias.

Indefinições
Lá no início, Paulo estava bem fechado com o deputado Vermelho, o seu “líder número um de torcida” eleitoral. A composição era calçada na indicação de um vice do PL, independentemente o partido escolhido pelo ex-prefeito. Em cidade de maioria direitista, como deixar de fora o PL? Mas o jogo foi se abrindo e no campo das alternativas e do canto das sereias, o Mac se balançou, e isso causou um certo desconforto. Mesmo assim as conversas ainda são mantidas. Como sabemos, do mesmo jeito que o jogo se abre, também afunila e é aí que o bicho pega.

O teatro e o afunilamento
No processo da discussão política, os atores precisaram olhar mais para o palco e cenário. Na indefinição do Mac, e, na possibilidade da barragem judicial, alguns políticos começaram a ensaiar papéis diferentes e se aproximam mais das raízes eleitorais na cidade, como foi o caso de Matheus “Vermelhinho”. E nesse exercício cênico alguns fenômenos aconteceram. O deputado estadual foi abraçado de um jeito, que ficou difícil desabraçar. E agora?

Gostou do brinquedo
Se há uma pessoa centrada no assunto eleitoral é o Matheus, até mais que o papi deputado federal. Quem conversar com o jovem deputado estadual verá as engrenagens se movendo dentro dos seus olhos. Ele não descansa um segundo e por isso, não perde o foco. Já deve ter sentido o potencial e o diferencial que pode causar no processo eleitoral. Segue o rumo em acordo com tudo o que os iguaçuenses pedem, renovação, juventude, ousadia e novos tempos. Taí uma situação que está se montando e dependendo, será difícil de reverter.

Quem mais?
Todo articulista comete lá os seus pecados capitais, deixando de mencionar o nome de uns e outros que também habitam a selva da política. O povo precisa saber que às vezes isso é intencional, para saber a profundidade da areia movediça. Em alguns comentários o nome de João Morales ficou de fora. Isso não é injustiça e sim precaução. Diferente de outros vereadores, o presidente da Câmara tem sido muito comedido e analítico. Se houvesse um páreo aberto, ele seria o puro sangue correndo por fora, tanto para disputar a prefeitura como para ser o vice. É aliás, um nome comentado até pelos extremos.

Mais nomes
Haja paciência! Quando o assunto é política, o certo é esperar as erupções acomodarem a lava fervente. Faz bastante tempo este colunista escreveu sobre o Aírton José, comunicador e advogado. Ele não é alfaiate, mas é bom de costura; alinhava e arremata. Outro que não está inerte é o Luciano Alves. Então, haja assunto, e, viveremos fortes emoções nos próximos meses.

Os vices
Ao que se sabe, a lista de nomes para compor o espaço de vice é longa, mas há pré definições. A mais concreta delas é a participação de Sérgio Beltrame, o braço direito e esquerdo dos deputados Matheus e Vermelho. Isso sim está amarrado com nó de marinheiro e não tem volta. Olhando para o horizonte eleitoral, a gente não sabe ainda quem serão os candidatos com potencial de eleição, mas o Beltrame está no topo das listas; é nome certo de composição. E francamente, se eu, Rogério Bonato, fosse candidato, já teria acordado isso, porque o homem trabalha uma barbaridade, é fiel e realizaria um ótimo trabalho no exercício de governo.

Ratinho faz a dança
O governador tem se mostrado um hábil bailarino eleitoral. Faz o sapateado e o quadradinho e, do nada, atravessa o salão e dança outro ritmo. Faz isso em todas as cidades estratégicas do Paraná. Não é um exercício fácil. Mas ele precisa saber que há outras figuras desempenhando performances não menos eficientes, como o Beto Richa e Gleisi Hoffman. Enquanto Ratinho vai para um lado, eles aparecem em outro. Em Foz, Ratinho conversou com uma porção de frentes, mas o que chamou mesmo a atenção foi o tempo dedicado ao General Silva e Luna.

Liberdade
Apesar da polarização, eleições municipais são mais maleáveis, ideologicamente falando. Uma figura importante como um governador, pode até flertar como opostos, mas precisa cuidar em fortalecer o seu partido e os aliados. Como sabemos Ratinho precisará encontrar um rumo depois que deixar o governo e deve ser o Senado da República, ou encarar a corrida pela presidência.

Vamos pensar:
Quem, em sã consciência, quem se lançaria candidato à presidente sabendo que há sérias possibilidade de outro confronto entre Lula e Bolsonaro? Entrarão em bola dividida assim, se for para cumprir tabela ou fazer vitrine. Difícil imaginar outra situação. Por essas e outras, disputar o senado é uma saída, ainda que haverá duas vagas no Paraná. Mas como isso só vai acontecer em 2026, o foco é eleições municipais, base fundamental para fortalecer candidaturas ao senado.

Sem esquecer as mulheres…
É uma data das mais reflexivas. Muita gente acorda pensando em enviar flores, em arranjar um mimo, fazer um carinho. Saem correndo em busca de uma caixa de bombons. O Dia das Mulheres não é como nos aniversários e comemorações, está longe de ser um segundo Dia das Namorados. É uma data para pensar em uma porção de coisas, a começar pela opressão que a sociedade exerceu e ainda exerce e nem percebe. A mulher quer respeito e igualdade.

Sufragistas
E dá-lhe lembrar um movimento que superou mais de um século. E, creiam, mulheres ainda não votam e estão longe dos mesmos direitos dos homens em muitos países. Que coisa mais atroz. Taí uma situação que o homo sapiens não copiou dos bichos: na sociedade animal as fêmeas fazem valer, mandam, organizam, procriam, cuidam das crias e dizem o que machos devem fazer. Eles que se cuidem ao saírem do quadradinho. É complicado ir buscar essa deformação humana de relegar, minimizar e acreditar que a mulher é um ser inferior. As mulheres são tudo!

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