“Sustentabilidade” atitudes e pensamento para os novos tempos

Devolver o resultado dos impactos, adequar as demandas urbanas, manter ativa a economia movida pelo Turismo e educar, são desafios permanentes.

 

Especial Meio Ambiente

 

A região de Foz do Iguaçu, num aspecto geral, mantém em constante foco a capacidade de sustentação e conservação do sistema, escolhendo o que há ao alcance para agir em conformidade com à natureza, cuidando para não esgotar os recursos, sempre olhando para as futuras gerações.

A definição em voga, sobre a Sustentabilidade, é embasada na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas, ao permitir o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

As estratégias de responsabilidade social são levadas a sério, sobretudo na área que compreende o Parque Nacional do Iguaçu, no sentido de dar suporte à saúde ambiental, independentemente do retorno econômico; é evidente que uma coisa vem antes da outra.

O manejo no setor de Turismo é consciente e integrante, ou seja, olha para os humanos e a conservação da diversidade biológica dando lições de desenvolvimento sustentável.

Visitar o PNI, seus exuberantes cartões postais, e de alguma forma interagir com a natureza, agrega um imenso valor no ponto de vista da conscientização, ampliando e valorizando o comportamento responsável.

Sustentabilidade é hoje um dos princípios básicos para a sobrevivência e neste aspecto, as ações no Parque Nacional do Iguaçu ajudam a influenciar o comportamento dos visitantes, ampliando o que se considera “sustentabilidade no longo prazo”.

Oportunizar a capacidade de o ser humano interagir, preservando o meio ambiente é antes um ensinamento. Mesmo sendo o conceito de sustentabilidade de grande complexidade, é possível afirmar que integrar questões sociais, energéticas, econômicas e ambientais, se produzirá ótimos resultados.

Pode-se conceituar que o ser humano é uma parte importante do meio ambiente, porque é o maior causador do desequilíbrio. A degradação abrevia a vida, diante disso, os preceitos básicos da sustentabilidade são o “ecologicamente correto”, o “economicamente viável”, o “socialmente justo” e o “culturalmente diverso”, a interação desses pilares, na economia, sociedade e ambiente, é que dão forma à sustentabilidade.

Na prática, a atividade do Turismo pode dar suporte positivo ao que conhecemos como “Nosso futuro comum”, e, basta analisar os apontamentos desde a concessão do PNI, no ano 2000, quando o fluxo de visitação passou a ser controlado a começar pela mobilidade, no uso de veículos especiais, conduzidos por profissionais treinados, atentos à fauna, conhecedores da importância da área de conservação. Isso por si, ajuda a mudar a concepção dos visitantes, além do mais, há uma sinalização educativa muito eficiente; com informações abrangentes; guias capacitados que conduzem os visitantes sobre cuidados; os dejetos e resíduos são muito controlados. Nada disso existia antes, a começar pelo fluxo desordenado de veículos de todos os portes, o que causava muitos atropelamentos de animais. Índices assim foram muito reduzidos com o controle dos próprios frequentadores, pois eles rapidamente se convertem em fiscais, defensores potenciais das causas naturais.

O efeito multiplicativo dessas ações é incalculável, levando em conta que milhares de pessoas fiscalizam a unidade e se inspiram em atuar na conservação.

As evidências dessa revolução sustentável, está refletida nas espécies. O PNI abriga muitas espécies de mamíferos, anfíbios, serpentes, lagartos, peixes, aves, insetos, dentre os quais as borboletas, e mesmo com 17 municípios em seu entorno, há excelentes resultados em procriações, com destaque para a onça pintada, um animal situado no topo da cadeia. À cada estação o monitoramento detecta novas crias, o que atesta o equilíbrio ambiental, pois a onça procria em florestas saudáveis, impecáveis.

Nem tudo ainda é favorável quando se observa a permanência do homem sobre o planeta, com o esgotamento de matérias-primas naturais, o acúmulo dos resíduos, a luta contra a poluição, o controle da emissão de gases e tudo o que mais se sobrepõe ao ambiente, em decorrência da industrialização e, do atual modelo desenvolvimentista. Como deixar de “perturbar” ou prejudicar a manutenção das riquezas naturais, é um processo que exige a participação de muitos atores, mas que pode vencer o tempo quando ganha parceiros fundamentais, capazes de mover uma onda de conscientização, fazendo a humanidade entender que é preciso mudar.