O Corredor da Biodiversidade do Rio Paraná

Segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Paraná se destaca como o estado que mais contribuiu para a restauração da Mata Atlântica no Brasil, com 75.612 hectares; 28% (ou 20.957 ha) correspondem às ações da Itaipu na margem brasileira do reservatório.

 

Especial Meio Ambiente

 

Desde a sua formação, Itaipu foi idealizada para atuar no equilíbrio dos ecossistemas. Na década de 70, a Binacional fundamentou um Plano Básico de Conservação do Meio Ambiente, propondo a realização de levantamentos técnicos em ambas as margens para a fauna e a flora.

Os relatórios avaliaram os efeitos ecológicos, dando forma à vários estudos ambientais, que foram resultando em planos diretores e gestão de atividades, inclusive com espécies ameaçadas. Mas parta devolver as espécies à vida nativa, seria necessário repor o habitat, nada menos que reconstruir uma floresta.

Para a realização um projeto ambiental para a maior usina hidrelétrica em construção no planeta, foi necessário muito planejamento. O inventário florestal, foi realizado de 1974, identificando que a cobertura de vegetação primitiva, possuía árvores fundamentais para a manutenção de uma “Floresta Pluvial Sub-tropical”. Cinco anos depois, em 1979, iniciou-se a preparação das cortinas ciliares, obedecendo as coordenadas geográficas, até onde chegariam as águas do reservatório. Já naquela época houve o plantio de um milhão de mudas de 49 espécies diferentes. Hoje, os quase 1.400 km da faixa de proteção, com uma largura média de 210 metros, estão cobertos por 24 milhões de mudas, um feito celebrado por muitas entidades voltadas para a preservação ambiental.

O Corredor da Biodiversidade promove a conectividade de ecossistemas, articulando instituições no planejamento e execução de ações para a restauração e conservação da biodiversidade. A Itaipu participa ativamente de iniciativas locais e regionais de conservação da biodiversidade, como foi na implantação do Corredor Ecológico Santa Maria, restaurando e protegendo 902 hectares nas microbacias dos rios Apepu e Bonito. Foi uma das ações de pleno êxito na formação da Rede do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná.

A Binacional organizou reuniões, simpósios, e promoveu cursos com os parceiros do projeto, alcançando objetivos na sustentabilidade empresarial; garantindo a segurança hídrica, consolidando o processo de gestão socioambiental nas bacias hidrográficas; conservando o meio ambiente e a diversidade biológica, integrando as comunidades.

Itaipu ganhou notoriedade no campo da biodiversidade, como aponta o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 1985 e 2015, onde o Paraná se destaca como o estado que mais contribuiu para a restauração da Mata Atlântica no Brasil, com 75.612 hectares (ha) regenerados. Dessa área, 28% (ou 20.957 ha) correspondem às ações da Itaipu na margem brasileira do reservatório.

O Corredor Ecológico Santa Maria é um marco, porque conecta o Parque Nacional do Iguaçu ao Parque Nacional de Ilha Grande, e o Corredor de Biodiversidade Trinacional, que abrange áreas de proteção no Paraguai e na província argentina de Misiones. O Parque Nacional do Iguaçu, segundo os pesquisadores, é o último grande remanescente do bioma Mata Atlântica no interior do Brasil.

Resultados positivos assim, elevaram as duas margens do Lago de Itaipu como importantes Reservas da Biosfera pela UNESCO.

As ações ambientais desenvolvidas por Itaipu Binacional desde a sua existência pontuam o respeito pela Natureza e demonstram como é possível produzir energia limpa e renovável sem comprometer a biodiversidade, ampliando inclusive os conceitos de convivência com a fauna e a flora, convertendo-os em exemplos para a educação ambiental.

O que foi realizado em pouco mais de quatro décadas, é um exemplo de como o homem manter ao máximo o equilíbrio para garantir o futuro das futuras gerações.

Enquanto o Planeta contempla as adversidades e tenta a todo custo o entendimento para corrigir e conter as deformações causadas ao ambiente, há quem faça um bom papel e mesmo assim, acredita que é possível sempre fazer o melhor.