Desafio climático e reposicionamento: adaptar-se para continuar gerando

Frente às mudanças climáticas, Itaipu se reposiciona como guardiã da água e da resiliência hídrica, com ações para neutralidade de carbono e segurança ambiental.

Desafio climático em Itaipu: adaptação e reposicionamento para o futuro

O desafio climático em Itaipu exige ação estratégica

A estabilidade energética que a Itaipu Binacional oferece ao Brasil e ao Paraguai depende, essencialmente, da água. No entanto, diante das mudanças climáticas globais, essa estabilidade se torna mais frágil. Assim, a usina precisa de mais do que manutenção: exige adaptação inteligente e reposicionamento estratégico.

Afinal, o clima está mudando rapidamente. E Itaipu entende que a energia do futuro será resultado de decisões conscientes, baseadas em dados científicos e em ações voltadas à preservação de sua principal matéria-prima.

Efeitos do clima já são perceptíveis na tríplice fronteira

Nos últimos dez anos, a região da tríplice fronteira vem sofrendo os impactos do clima. Já foram observadas:

  • Redução das chuvas em períodos críticos

  • Aumento das temperaturas médias

  • Estiagens severas e chuvas concentradas

Em 2021, o Brasil enfrentou a maior crise hídrica em 91 anos. Apesar disso, Itaipu manteve mais de 80% da sua capacidade de geração, graças à força do Rio Paraná e à gestão ambiental eficiente da bacia. Contudo, o alerta está dado: sem água, não há energia.

Planejamento climático baseado em ciência e dados

Para responder ao desafio climático em Itaipu, a usina investe fortemente em:

  • Modelagem climática avançada

  • Previsões hidrometeorológicas de curto e longo prazo

  • Simulação hidrológica com inteligência artificial

Com mais de 60 estações de monitoramento, sensores de solo, satélites e redes de dados integradas, Itaipu consegue antecipar variações e ajustar sua produção de forma inteligente.

Além disso, a usina trabalha na preservação de nascentes, no controle de assoreamento e na recomposição florestal, melhorando a infiltração da água no solo e a recarga dos mananciais.

Energia limpa, mas com responsabilidade climática

Embora seja renovável, a energia hidrelétrica também sofre os efeitos do aquecimento global. Por isso, Itaipu busca neutralizar suas emissões indiretas e reduzir sua pegada de carbono.

Entre as ações já em andamento, estão:

  • Uso de energia solar em prédios administrativos

  • Frota de veículos elétricos e incentivo ao uso de bicicletas

  • Práticas sustentáveis nos contratos com fornecedores

A meta é clara: ser carbono neutro até 2030 nas operações administrativas e, futuramente, em toda a cadeia de valor da usina.

Reposicionamento: de geradora a gestora ambiental

O desafio climático em Itaipu está sendo tratado não como obstáculo, mas como oportunidade estratégica. A usina está ampliando seu papel: de tradicional geradora de energia para gestora ambiental e articuladora de políticas públicas.

Esse novo posicionamento envolve:

  • Participação em redes globais de cooperação climática

  • Influência em políticas públicas para conservação

  • Preparação para um sistema híbrido de geração de energia

Nesse modelo, a disponibilidade de água será apenas uma das variáveis. Tecnologias complementares, como energia solar e hidrogênio verde, farão parte da equação.

Preservar agora para gerar amanhã

Itaipu mostra, com clareza, que a grandeza de uma usina está em antecipar, proteger e transformar. Afinal, o futuro da energia depende do equilíbrio com o planeta. E esse equilíbrio começa hoje — com cada gota preservada.

 

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