Apoio de Itaipu às entidades sociais, parceria que transforma vidas
A empresa ajudou a criar, incentivar e desenvolver diversas entidades sociais, transformando a vida de milhares de pessoas
Muito antes do reconhecimento das políticas públicas de assistência social no Brasil, Itaipu já se preocupava em apoiar e implantar programas de apoio a proteção social das populações em sua área de abrangência. Assumindo a responsabilidade pelo impacto que causara, a Binacional apoiou a criação de entidades que se tornaram fundamentais perante os efeitos do desenvolvimento, como é o caso da Guarda Mirim, fundada em 1977 pela primeira-dama Léa Amália Leone Viana, esposa do então prefeito de Foz do Iguaçu, Coronel Clóvis Cunha Vianna.
Esta bela história inicia em 1974, quando o Coronel Clóvis Cunha Viana foi nomeado prefeito de Foz. Dona Léa, preocupada com as questões sociais que já se despontavam, buscou conhecer a cidade e se deparou com um grande número de crianças em atividades de trabalho e dormindo nas ruas. Isso tornou-se um dos primeiros saldos negativos do abrupto desenvolvimento.
A primeira-dama viu-se muito impressionada com a situação e acolheu oito meninos que viviam sem amparo, encaminhando-os à sede da APMI – Associação de Proteção à Maternidade e à Infância, localizada na área central da cidade. As irmãs de caridade que faziam a gestão da entidade, conhecedoras da situação, explicaram as dificuldades que seria ingressar jovens e adolescentes na estrutura para atender bebês em idade de berço. Com a ajuda de Itaipu, organizou-se uma estrutura independente e, assim, surgiu a Guarda Mirim de Foz do Iguaçu, em 26 de julho de 1977.
Com a vocação educativa, a entidade era similar aos colégios militares, uma tradição no Paraná. Inicialmente, baseava-se na disciplina militar, com os adolescentes usando fardas, realizando atividades de ordem, treinamentos físicos e acampamentos, sujeitos a patentes e hierarquia, em acordo com o desenvolvimento. Com o passar dos anos e a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a Guarda Mirim assinou um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público do Trabalho e implantou o Programa de Aprendizagem, apoiando adolescentes em atividades formativas das mais diversas. Na geração presente, é comum ouvir de profissionais liberais, advogados, engenheiros, professores e comerciantes que “um dia foram guardinhas”. Estima-se que mais de 40 mil jovens foram atendidos desde a fundação da entidade.
“Itaipu é parceira da Guarda Mirim desde a sua fundação. Ela cooperou financeiramente para o início da obra e quando o espaço ficou pronto, Itaipu colocou um funcionário para ajudar a cuidar dos meninos. No primeiro mês eram 41 meninos e anos depois eram mais de 600. Esse funcionário, Nilton Lafuente, foi um pai para os garotos”, conta dona Léa Viana.
Hélio Carmo, atual presidente da instituição, afirma que a parceria se mantem até os dias atuais. “Desde a fundação a Itaipu compõe o conselho Deliberativo da Guarda Mirim, além de integrar o Conselho Fiscal da entidade. Temos apoio para todas as iniciativas, seja na contratação de adolescentes ou apoio financeiro por meio de edital, gerando emprego e renda aos jovens”, conta.
A Guarda Mirim atende cerca de 800 adolescentes de 14 a 18 anos dentro de um programa de aprendizagem, com a missão de promover a formação técnico-profissional e o encaminhamento ao mundo do trabalho.
A ACDD é mantenedora da Escola Cristian Eduardo Hack Cardozo, nome do filho de dona Geni, falecido aos 17 anos de idade, vítima de distrofia muscular progressiva. Geni Hack Cardozo entendeu a necessidade de existir em Foz do Iguaçu um espaço adequado para o atendimento educacional e de saúde de crianças, jovens e adultos com patologias semelhantes à do filho.
Com o apoio da prefeitura, que fez a doação do terreno, e de Itaipu, que disponibilizou os materiais para a construção da sede, a ACDD iniciou a sua história em 1984. Hoje, a instituição é referência no atendimento educacional especializado, atendendo 130 alunos com deficiência física neuromotora associada a múltiplas deficiências.
Além do trabalho pedagógico, a ACDD oferece atendimento técnico nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, assistência social e terapia ocupacional para a rede SUS, por meio de convênio com o Município. Em 2022 a instituição inaugurou o Centro de Atendimento Complementar a Saúde, que realiza em média, 600 atendimentos por mês.
“Itaipu doou parte dos equipamentos de fisioterapia do centro de atendimento, equipou nossa cozinha, apoiou inúmeros eventos, fez doações para as famílias de alunos e agora está construindo nossa nova sede. Itaipu faz parte da nossa história”, afirma a presidente da instituição, Neide Florêncio.
Atualmente, ACDD passa por obras de reforma e ampliação da sede no Jardim Santa Rosa, que possibilitarão a ampliação dos serviços e atendimentos. O custo da obra, em torno de R$ 3,2 milhões, é totalmente financiado por Itaipu.