Lojas Francas Terrestres ou Duty Free, um novo ciclo de oportunidades como muitos outros que já tivemos em nossas fronteiras

Por Jorbel Griebeler

O novo regime de lei que viabiliza a abertura de lojas com taxas impositivas mais baixas, criou novas oportunidades não somente para a região da tríplice fronteira, mas para outras 33 cidades fronteiriças do Brasil.

Na região Sul, precisamente na área de abrangência onde houve a permissão para a abertura das Lojas Francas, a maior movimentação se dá em Uruguaiana, fronteira com Uruguai, e, em Foz do Iguaçu, onde há duas lojas em funcionamento e mais três em compasso de abertura.

As lojas francas agregam muito valor à atividade do Turismo em nossa região, local já reconhecido e com destaque no turismo ecológico, de aventura e compras, em especial, nos países vizinhos. Com as lojas francas, teremos o setor mais fortalecido. Vale ressaltar, que com esta modalidade, os turistas deixarão o seu dinheiro no Brasil, criando empregos, renda e geração de impostos para o país.

Sem nenhuma dúvida, as lojas francas são um atrativo a mais para nossa fronteira, impactando positivamente na vida dos iguaçuenses. É uma vitória muito grande dos empresários brasileiros, em especial os que lutam há tempos, enfrentando a concorrência com os vizinhos, tentando buscar um regime de igualdade.

Sabemos que ainda temos muito a evoluir para fazer as lojas Francas serem totalmente viáveis; o valor da cota, somente U$ 300,00 (Trezentos dólares) e a limitação de quantidade de produtos por pessoa, como é o caso das garrafas de bebidas alcoólicas, torna a experiência um pouco desagradável para o consumidor, e, por essa ótica, entendemos que o regime, por ser novo, precisa de alguns ajustes. Esperamos que isso ocorra.

Por outro lado, o momento delicado em que atravessamos, devido a pandemia, limitou consideravelmente o potencial de compradores; os que buscam a nossa região como destino de suas viagens e isso, de certa forma, dificultou as operações que marcaram a  implantação das lojas francas. Mesmo assim, os resultados são bem otimistas, a Cellshop Duty Free já supera o primeiro semestre de funcionamento, com mais de 240.000 visitantes de todos os Estados brasileiros; com cerca de 47.500 notas fiscais emitidas. Devemos encarar esse início de maneira positiva, levando em conta o momento delicado para toda a população e para os negócios de um modo em geral.

expectativas são muito boas para os próximos meses, pois acredito que toda a população brasileira, paraguaia e argentina terá em breve recebido as doses de vacinas contra a covid-19, fator preponderante para a total reabertura fronteiras, restabelecendo a confiança das pessoas em viajar, com muito mais segurança. Isso nos dá uma certeza: o nosso destino será um dos mais buscados por todos!

A Cellshop Duty Free, mesmo em tempos de crise, gera 97 postos de trabalho diretos, mantendo contratos com outras 20 empresas prestadoras de serviços, em várias áreas, gerando mais 400 empregos indiretos.

Acreditamos muito neste novo modelo de negócios e ainda veremos a instalação de muitas lojas francas em nossa cidade e nos demais municípios contemplados.

Foz do Iguaçu vive um momento ímpar e acreditamos piamente nessa “descoberta” do “Destino Iguaçu”. Os investimentos em várias áreas, por fim, são uma realidade. Em breve deixaremos de ser um canteiro de obras, com tantas demandas em hotéis, com reformas e ampliações; e também nas iniciativas que estão em curso, sob a responsabilidade do governo estadual e federal; grandes obras como a Ponte da Integração, perimetral leste, duplicação de avenidas e estradas, e, a implantação de um novo Porto Seco. Teremos praticamente uma nova cidade para viver e fazer bons negócios.

Devemos reforçar e nunca perder isso de vista, que as lojas francas são muito importantes para esse “mix turístico” que o nosso destino propõe, uma área de fronteira com verdadeiras atrações para conquistar um lugar definitivo no cenário brasileiro e mundial.

 

Jorbel Jacson Griebeler é proprietário da CellShop