Como em grandes capitais, a fronteira será avistada por um novo ângulo.

Nova roda gigante deve incorporar o horizonte e ajudar na contemplação de uma das regiões mais interessantes abaixo da linha do Equador – 

Os iguaçuenses estão empolgados com a estrutura que se forma nas proximidades onde os rios Paraná e Iguaçu se encontram. As vigas de metal vão dando forma a uma roda gigante, com proporções bem mais avantajadas do que os equipamentos que já foram montados naquele local.

Vamos fazer um passeio na história e descobrir o que levou o homem a se aventurar em equipamentos assim, porque há relatos desde o século XVII, sobre a existência de estruturas giratórias e elevadas. As “rodas panorâmicas”, em geral o maior atrativo dos parques de diversões, se tornaram pontos de referência fixos em muitas capitais mundiais.

Possivelmente os circos gregos, romanos e adiante, os turcos, já possuíam artefatos com propostas de elevar as pessoas em alturas acima do normal. Havia a crença, de que se poderia em algum momento, tocar o céu, ou desvendar algo desconhecido. Mas foi em 1893, na Exposição Universal de Illinois, que a “Roda de Ferris Original”, ou a roda de Chicago, foi aberta ao público com os seus 80,4 metros.

A Roda de Ferris Original, em 1893, em Chicago, inaugurou a era do entretenimento neste segmento competitivo. Foto arquivos Chicago City.

Foi o construtor de pontes George Ferris quem supervisionou a invenção, que girava sobre 71 toneladas, com um eixo de 45,5 metros; naqueles tempos a maior cavidade forjada do mundo, com 36 cabines, capazes de acomodar até 60 pessoas, ao todo, uma capacidade total de 2.160 pagantes. Com as paradas para acomodar os “passageiros”, a roda levara em torno 20 minutos para cumprir sua evolução. Um bilhete custava algo como 50 centavos de dólar.

O fato é que a moda se espalhou e as Rodas Gigantes passaram a proporcionar uma espécie de fascínio, o modo mais barato e seguro de as pessoas criarem asas, pois na época, o único meio de se ir às alturas, era a bordo de um balão.

A altura vencendo o tempo

Numa rápida pesquisa, concluiremos que houve uma espécie de competição na superação do tamanho das rodas gigantes, sendo que algumas foram desmontadas, aprimoradas e novamente construídas e se tornaram marcas de algumas cidades, como é o caso da London Eye.

A Lonfon Eye é a roda panorâmica mais conhecida no Planeta -Divulgação/OfficialLondonEye

A Roda de Ferris, de 1893, foi transferida para St. Louis, Missouri, em 1904 e, depois, demolida em 1906. Anos antes, em 1895 a “Grande Roda” foi construída para a Exposição Império da Índia no Earls Court, Londres, Reino Unido, com 94 metros de altura, permanecendo em serviço até 1906, demolida em 1907, recebendo mais de 2,5 milhões de visitantes.

A Grande Roue, de 1900 a 1920, em Paris foi construída para a Exposição Universal de 1900, alcançou 100 metros de altura, que não foram superados até quase 90 anos após a sua construção. A Cosmo Clock 21, em Yokohama, no Japão, foi reerguida em 1999 com uma altura total de 112,5 metros; altura vencida pela Daikanransha, também em terras nipônicas, com os seus 115 metros de altura.

No ano de 2000, ano em que foi aberta ao público, a London Eye, em Londres, no Reino Unido, com de 135 metros de altura, passou a ser admirada em todo o mundo e ainda é a mais alta da Europa.

Na sequencia, foram construídas a Estrela de Nanchang, na província de Jiangxi, na China, com de 160 metros de altura; a Singapore Flyer, com 165 metros de altura; a High Roller em Las Vegas, com 167,7 metros de altura e, por fim, a Ain Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em compasso de inauguração, com cerca de 200 metros de altura.

 

Foz do Iguaçu ingressará na lista das cidades que oferecem rodas-gigantes, com um equipamento de 88 metros, mas essa altura poderá mudar, levando em conta as inovações na construção. Segundo informações, o incremento de lazer pode chegar aos 99 metros. Administrada pela empresa Gramado Parks, a atração contará com 48 cabines climatizadas, um alívio diante do clima fronteiriço. A estrutura está sendo erguida ao lado da Ponte da Integração e já pode ser vista de vários locais da cidade. Medirá a altura aproximada de um edifício com 30 andares.

A Rio Star, irmã gêmea da estrutura construída em Foz, que dependendo, poderá ganhar mais dez metros.

O site Hapfun, que trata desses assuntos, ligados aos parques de diversões, lazer, entretenimento e afins, informa que a roda gigante será batizada como “Foz Star” e, segundo informações, deverá receber os visitantes em 15 de dezembro de 2021, caso tudo corra em acordo com o cronograma de montagem e a chegada das cabines, transportadas em embarcações.

A roda panorãmica de Foz está entre as maiores do mundo e será um novo atrativo, muto eficiente para a contemplação das paisagens na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai