Zona Sul de Foz esbanja prosperidade e atrai moradores de todas as regiões

Mesmo abrigando o bairro mais populoso da cidade e a maior concentração subnormal do Paraná, a localidade comporta atrativos, parques temáticos, comércio forte, lavouras e chama a atenção para projetos futuros.  

A Região Sul, do Município de Foz do Iguaçu, é atualmente a que recebe maior atenção em matéria de obras estruturantes. São investimentos de grande porte e que também refletem em inciativas privadas no ramo do comércio, entretenimento e turismo. Essa pujança atrai pessoas de outras localidades de Foz e se explica pela expansão imobiliária em loteamentos e condomínios.

Tais incrementos exigirão um maior ordenamento orçamentário municipal, uma vez que as populações são diretamente afetadas. A construção da Ponte da Integração, Perimetral Leste, e a virtual duplicação da BR 469, põem as comunidades em estado de atenção, e os moradores procuram entender de que forma será a vida durante o período de obras e após elas; as novas maneiras de locomoção, uma vez que as mudanças imprimirão um novo conceito de mobilidade.

 

O eixo Porto Meira

No final dos anos 70, o Porto Meira já era considerado a maior concentração populacional da cidade; para lá se mudaram muitos trabalhadores que participaram da construção de Itaipu, em grande parte funcionários de empreiteiras e que não conseguiram moradias nas vilas A e C. Várias localidades foram se formando ao longo da Avenida General Meira e expandindo em todas as direções, um exemplo foi a necessidade de realizar a Avenida Morenitas, inaugurada em meados dos anos 80.

De outra maneira, desde os períodos da colonização, o Porto Meira foi eixo na relação comercial com a Argentina, no tempo em que Iguazú ainda era Puerto Victória, um entreposto de muitos produtos para o consumo em Foz e outras cidades da região. A localidade, no país vizinho, em razão da extração da Erva Mate, concentrou a maior população ao longo de décadas. A travessia era realizada por balsas e pelas chamadas “catraias”, pequenas embarcações que levavam os passageiros até as duas margens, dia e noite.

Com o passar dos tempos, Puerto Iguazú se modelou para atender os visitantes e turistas e isso transformou a vida dos habitantes no lado brasileiro, com imensas filas de veículos se formando desde a margem do Rio Iguaçu, até perto do centro de Foz. Era um panorama bem diferente, se comparado às facilidades da travessia até Puerto Presidente Stroessner, no Paraguai, com a Ponte da Amizade, em operação desde os anos 60.

O movimento ocasionado pelo turismo foi aliviado com a construção da Ponte da Fraternidade, depois batizada como Tancredo Neves. Sua empreitada, apesar de acontecer em área praticamente isolada, causou impacto e expectativas, desenvolvendo o comércio.

 

Novos tempos

Hoje os nomes das cidades vizinhas são outros, Puerto Iguazú (AR) e Ciudad del Este (PY), ambas atendem o setor de turismo e são referências comerciais de entretenimento, sobretudo porque possuem cassinos oficiais. Mas no lado brasileiro da fronteira, é na região ou Zona Sul de Foz, onde a chama do desenvolvimento está mais acesa. A Ponte da Integração caminha para 80% de obras concluídas, a Perimetral Leste logo terá o percurso se encontrando em vários pontos; a BR 469 deverá desenrolar os problemas de licitação, orçamento, e, finalmente entrar em obras, se transformando em importante via de acesso para os que chegam de avião, ou visitam os atrativos.

Trevo entre a BR 469 e Perimetral, com acesso para o centro de Foz

 

A população quer saber:

Como será a transposição da Perimetral, quando estiver pronta? De que maneira, moradores de localidades como a Vila Carimã e Jardim Cataratas, que fica ao lado da atual aduana, poderão chegar ao centro da cidade, ou ao Porto Meira?

  • Segundo a animação gráfica, haverá uma rotatória para os moradores acessarem a Av. Morenitas ou a BR 469. Mas a opção não é confirmada em opções mais atualizadas. Um trovo seria uma solução para os moradores, ou outro tipo de acesso, como trincheira, por exemplo.
Um conjunto de rotatórias garantirá o acesso entre bairros, Perimetral e Avenida Morenitas
  • Na ilustração do traçado técnico (abaixo), os moradores teriam que fazer o contorno pelo viaduto da BR 469 para voltar até a Avenida Morenitas (o mesmo no sentido inverso), usando o viaduto; no desenho, não há um retorno mais simples, sobre essa possibilidade.

Como será o acesso as pontes Tancredo Neves e Integração, considerando que será formada uma zona primária praticamente inédita, com acesso para dois países em menos de 5 quilômetros de distância?

O que acontecerá com a estrutura atual da aduana no sentido Argentina?

  • Haverá com complexo aduaneiro e ele atenderá cada uma das pontes, de maneiras a não interferir no fluxo da Perimetral. A atual aduana deixará de existir, segundo o projeto.

Não são perguntas difíceis de responder, no entanto, há muitas dúvidas por parte da população. A Perimetral Leste facilitará o deslocamento de cargas e veículos de todos os tamanhos, entre a zona sul de Foz do Iguaçu e a BR 277, nas proximidades de Três Lagoas. Basta seguir os projetos ilustrativos da obra, disponíveis na internet, para encontrar as respostas, embora projetos assim possam sofrer adaptações no curso da obra.

Entronto da Perimetral leste com a BR 277, antes do Bairro Três Lagoas

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Da Redação com animações da Perimetral Leste