Ritmo das obras de duplicação da BR-469 agradam usuários e população de Foz

Mesmo com os desvios e a intensa movimentação de tráfegos, a aprovação dos trabalhos atinge a índices muito satisfatórios

  • Da Redação Almanaque Futuro – 

Obras públicas, especialmente as viárias, causam transformações no cotidiano. Isso não é diferente quando o assunto é a BR-469 um dos principais eixos de Foz do Iguaçu e que atende o setor de Turismo. Ao longo da “Estrada das Cataratas” estão os parques temáticos, hotéis, Centro de Convenções, acessos às áreas de lazer rurais, modernos condomínios residenciais, o Aeroporto e, o Parque Nacional do Iguaçu.

Milhares de pessoas utilizam a via diariamente, dividindo o espaço com as demandas para a duplicação da pista em quase toda a sua extensão. Taxistas, motoristas de aplicativos, vans, ônibus levando visitantes, tráfego urbano, além dos que optam em visitar os atrativos utilizando estradas, se submetem às constantes alterações no trajeto, desvios e, precisam obedecer a determinações das mais variadas, como em se submeter em operações de desvios pelas áreas rurais.

A duplicação da BR-469 está perto dos 30%; exatos 27,76 % em obras executadas e, mesmo com as frequentes alterações de percurso, há uma expressiva aprovação por parte dos usuários, um fenômeno que se apoia na iniciativa, esperada por décadas.

Segundo Fernando Maraninchi, “há muita esperança no resultado das obras pela comunidade, e não se trata apenas de uma duplicação, mas também a construção de vias marginais, com uma vazão de quatro pistas nos dois sentidos; é uma obra maravilhosa, e irá qualificar muito o acesso aos atrativos, facilitando as operações do aeroporto, com iluminação e segurança aos que trafegam pelo local. Tenho a relatar que a empresa responsável pelas obras deveria receber um reconhecimento ou agradecimento público, pois trabalha com muita organização, sempre comunicando interrupções de trechos e outras necessidades para o conhecimento da população, se antecipando à cada fase. A iniciativa valorizará muito a nossa cidade e impulsionará os negócios instalados ao longo do percurso, tanto no setor imobiliário como o hoteleiro; na área dos serviços, parques temáticos, gerando mais empregos e atraindo investimentos. Isso ocasionará o aumento na arrecadação e poderá dar vida a um equipamento público instalado na via, que é o Centro de Convenções. Para se ter ideia, nunca recebemos reclamações ou críticas por parte das pessoas que utilizam o acesso, pelo contrário, as pessoas estão ansiosas. A cidade está crescendo e a nova BR 469 vai contribuir muito com a mobilidade urbana, possibilitando o ciclismo, caminhadas, e, certamente no futuro teremos quiosques e locais de lazer. Será mais um cartão postal para Foz”, explicou o Diretor Superintendente do Foztrans, órgão que regulamenta o trânsito e o transporte na cidade.

O empresário da Construção Civil e serviços, Renato Pena Camargo mantém uma das unidades da sua rede de estacionamentos no aeroporto, disse que ele, como os demais usuários enfrentam um transtorno, mas ele muito bem sabe – como engenheiro e construtor – que todas as obras são assim. “Há transtornos quando a situação incomoda e a gente não vê a obra andar, mas os responsáveis pela duplicação da BR-469 aproveitaram bem esse período de estiagem e estão fazendo um trabalho muito bom, e isso será revertido positivamente para todos nós”, observou.

“Com a BR-469 concluída teremos finalmente uma entrada e também uma saída aos que visitam o nosso “Destino Turístico”, ou melhor, para o mais empolgante “Destino do Mundo”, o traçado, ao que percebemos, estará à altura da nossa cidade e era algo que fazia muita falta. Finalmente teremos um belo tapete de recepção aos nossos visitantes”, disse Felipe Gonzales, uma das figuras mais atuantes do setor de Turismo de Foz.

Para o Secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, André Alliana, “a obra está sendo realizada de maneira impressionantemente ágil, e, francamente, não é o que presenciamos em outras demandas espalhadas em muitas cidades. Ver essas pessoas trabalhando, e a maneira como estão empreitando, inclusive nos feriados e finais de semana, durante o período noturno até; isso nos transmite uma esperança na entrega de um espaço nobre para o Turismo, sonhado por longo tempo. Pessoalmente estou muito feliz com o andamento das obras, nada menos que a tradução de um processo construtivo, num aspecto bem amplo”, acentuou.

“Após anos de espera do sonha da duplicação de uma via tão importante vem sendo concretizado, de sentimento mais profundo perante a população, pois é onde passam os visitantes e turistas, onde estão concentrados importantes atrativos, grandes empreendimentos, geradores de desenvolvimento e empregos, devemos ter em conta, que circulam pelo local bem mais de dois milhões de pessoas ao ano e o deslocamento facilitado de um volume assim é algo fundamental, uma vez que é uma meta aumentar o número de visitantes, como é a nossa missão na área de convenções e eventos. Por isso contamos com um acesso de alto padrão, segurança, sem esquecer os cuidados com a fauna abrigada na extensão da estrada. Seremos presenteados com um novo clico após a entrega dessas grandes obras em curso”, disse o empresário Jaime Mendes Polo, presidente do Visit Iguassu.

“É uma obra de extrema importância para nossa cidade, e que vai melhorar consideravelmente o trafego de veículos e, na minha expectativa, os trabalhadores, empresários, e visitantes de nossa cidade, terão uma bela imagem deste fabuloso corredor turístico”, frisou o vereador e presidente da Câmara Municipal de Foz, João Morales. “Acredito no progresso, nos investimentos e desenvolvimento do setor Sul, da cidade, muito beneficiado pela iniciativa”, completou.

O fato é que o acesso às Cataratas do Iguaçu envolve um leque de questões culturais e históricas. A BR-469 começa e termina em Foz do Iguaçu e sempre mexeu com a população, talvez por isso as obras de duplicação são tão acompanhadas no trecho de apenas 8,7 km, seja pela curiosidade ou preocupação.

O simbolismo da estrada fala alto, afinal o acesso remonta a períodos anteriores ao século passado, quando não passava de um caminho para se chegar à propriedade do uruguaio Jesus do Val. Foi pelo mesmo caminho que Alberto Santos Dumont foi conhecer as Cataratas e, depois, convenceu as autoridades em tombar a localidade como área pública.

A BR-469, em verdade, foi iniciada entre os anos 1940 a 1950, quando abriram uma faixa com pedras rejuntadas, concluída apenas em 1958. O traçado surgiu apenas nos anos 70 e desde então a BR-469 recebeu obras de manutenção e promessas de melhorias, além de tentativas frustradas de duplicação, a exemplo do que ocorreu em 2006.

Os testemunhos históricos são os mais diversos, alguns compreendem até trabalhos acadêmicos reveladores. O empresário e ex-vereador Mohamed Ibrahim Barack relata que “no início dos anos 60 a estrada era de pedras e na época o município não possuía condições de realizar obras de asfalto. A diferença é enorme, incomparável de 1960 e 2024. A BR-469 é o acesso mais importante do município. Embora uma estrada federal, não está errado considera-la como mais uma avenida da cidade”, lembrou o imigrante libanês que está em Foz desde a década de 50.

Em sua narrativa, Barakat remonta os tempos, calçado no fato de que “a atividade econômica mais importante da história humana já foi o Turismo Religioso e isso certamente continuará, mas novas formas de entretenimento, como a contemplação da Natureza e suas dádivas, encantam os visitantes e ampliam a procura pelo que de mais belo há. Hoje o mundo é de certa forma pequeno para quem pode e deseja viajara. Foz é uma cidade onde as BRs nos levam ao que proporciona a Natureza como é o caso da BR 469, e, em sentido contrário, ao que o homem foi capaz de realizar, uma vez que a BR 600 acessa Itaipu. E Foz ainda é cortada pela BR 277. Isso nos dá uma dimensão da grandiosidade e o que há por vir”, lembra.

Polupação e usuários acreditam que a duplicação pode melhorar a imagem institucional da cidade.

As notícias sobre o novo projeto de duplicação e as obras em execução animaram muito a população. A iniciativa fez parte de um importante pacote de demandas estruturantes lançado por Itaipu em convênio com o Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), com participação do governo federal. As obras são supervisionadas e fiscalizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR). Na tarde da quinta-feira (22/02), os responsáveis participaram de uma reunião no CODEFOZ, atualizando o andamento de dezenas de iniciativa públicas. “A execução das obras estruturantes, a duplicação da BR 469 e a Perimetral Leste, expressam um anseio de todos. A duplicação da BR-469, por ser enfim, o ressuscitar de um sonho de décadas convertido em realidade pela gestão do então diretor-geral Silva  e Luna na Itaipu Binacional, em parceria com O governos do Estado e Federal. Para além do moderno projeto que contempla todos os requisitos de mobilidade urbana e cidadania, eliminará o gargalo existente e atenderá plenamente tanto os habitantes da nossa cidade quanto empresários e visitantes, seja tanto para deslocamentos ao aeroporto quanto para visitação às Cataratas, além de alavancar a economia e todos os atrativos turísticos que já existem e que venham a se instalar no seu trajeto, sejam hotéis e demais atrações entorno”, acentua Fernando Castgro Alves, presidente do CODEFOZ – Conselho de Desenvolvimento Econômico de Foz do Iguaçu.

Fernando em sua análise lembra que “a Perimetral Leste, com execução iniciada com a participação majoritária da Itaipu Binacional, é de importância fundamental para organizar e tornar eficaz o fluxo de transporte internacional com as transações de importações e exportações ao Paraguai e Argentina. A cidade convive com a decorrente movimentação de caminhões carregados e em lastre, circulando entre o Porto Seco de Foz do Iguaçu (líder em movimentação de carga da América Latina), as Pontes da Amizade (Paraguai) e Tancredo Neves (Argentina). Isso sem contar com o risco diário e iminente de acidentes envolvendo pessoas além de danos aos pavimentos das avenidas urbanas por onde os caminhões passam, em razão do peso que carregam. São conflitos que transcendem ao mero aborrecimento de todos os envolvidos. Portanto, essas duas obras atenderão especialmente o trade turístico e os empresários da área de logística de transporte vinculados à exportação/importação, desembaraço aduaneiro e etc. Enfim, nossa cidade dará um enorme passo em direção ao crescimento ordenado e conforto aos usuários, depois desses dois equipamentos urbanos em funcionamento. É um presente que merece ser celebrado”, finaliza o presidente do CODEFOZ.

 

O compromisso de quem faz

Além dos contratantes, no caso o setor público, uma parcela considerável dessa responsabilidade está nas mãos do contratado, no caso a Dalba Engenharia, empresa responsável pelas obras de duplicação na BR-469. Em que pesa o portfólio da empresa, e, as obras por ela realizadas, o trabalho está em boas mãos.

A empresa, cujo slogan é “transformando caminhos”, atua em infraestrutura, saneamento, engenharia rodoviária, aeroportos, loteamentos, urbanização e paisagismo; alargamento do leito de rios, obras e conservação e geração de energia, bem como edifica obras de arte especiais na construção civil, ou seja, constrói viadutos, pontes, trincheiras barragens e obras de contensão.

A Dalba já aplicou mais de 3 milhões de toneladas de massa asfáltica usinada e aplicada; 7,5 milhões de metros cúbicos de terraplanagem, 1,1 milhão de metros quadrados em sinalização; atuou em 12 mil quilômetros de manutenção e restauração de rodovias, reconstruiu outros 300 quilômetros de rodovias e implantou outros 90 quilômetros. Atua em várias frentes, com obras em Cascavel (BR-163), e na restauração das BR-272/PR e BR-467/PR; em Guarapuava, na Br-277 e em obras de duplicação da PR-466, realiza obras de manutenção e recuperação em várias estradas estaduais; possui obras em Santa Catarina, Mato Grosso, realiza demandas no Afonso Pena, para a Infraero, bem como atuou na ampliação da pista em Foz e no aeroporto de Cascavel; possui várias obras importantes em cooperativas agrícolas como a Agrária, que edifica a maior maltaria da América Latina e constrói usinas elétricas e eólicas.

Em Foz do Iguaçu a Dalba já trabalhou na ampliação do Aeroporto Internacional, revitalizou a Ponte da Amizade, a Ponte da Fraternidade, realiza obras Parque Nacional do Iguaçu e agora, duplica os 8,70 km da BR-469, a Rodovia das Cataratas.