No pacote das grandes obras, o prolongamento para quase 3 mil metros ajudaria no desenvolvimento do Turismo, sobretudo em tempos de retomada no setor.
As obras de prolongamento da pista e melhorias no Aeroporto Cataratas faziam parte de uma lista de reivindicações para o desenvolvimento de um dos setores mais produtivos de Foz do Iguaçu, o Turismo, e, também, ampliaria a mobilidade de cargas.
As demandas no aeroporto fazem parte de um pacote de investimentos na ordem de R$ 1 bilhão, com recursos da Itaipu Binacional, destinados à aceleração do desenvolvimento do Oeste, em parceria com o Governo do Estado, o responsável pela gestão das obras.
O pacote, em verdade, é o maior conjunto de iniciativas em favor da cidade em toda a sua história, incluindo a Ponte da Integração, a segunda entre Brasil e Paraguai num perímetro de 8 km, no Rio Paraná; a construção da rodovia Perimetral Leste, em pleno ritmo de obras, entre a nova ponte à BR-227 e a duplicação e revitalização de 8,7 quilômetros da Rodovia das Cataratas ou BR-469, obra que ainda não deixou a fase dos projetos, segundo informações, por várias razoes, entre elas, orçamentárias. A Estrada Boiadeira na região Noroeste do Estado e a duplicação da BR-277 em Cascavel, entre a PRF e o terminal da Ferroeste fazem parte do pacote.
O investimento na pista foi de R$ 53,9 milhões, sendo 80% oriundos da Itaipu. Iniciada em 28 de fevereiro de 2020, a ampliação levou cerca de 13 meses até ser concluída, com uma extensão de 664 metros, ou seja, a pista possuía 2.194 metros e passou a ter 2.858. É, segundo dizem, a maior pista em aeroportos do Sul do Brasil, permitindo um fluxo acentuado de voos internacionais, de grande porte, que pousarão e decolarão com mais segurança. Isso propõe desenvolvimento no setor de turismo, importante segmento econômico da cidade e seus maravilhosos atrativos.
O problema é que todo esse desenvolvimento ainda faz parte de um sonho, porque mesmo depois de inaugurada, na quarta-feira, 07 de março de 2021, com solenidade prestigiada pelo governador Ratinho Júnior, o presidente da República, Jair Bolsonaro, deputados e diversas autoridades, a nova pista ainda não foi “homologada”.
Segundo informações, a homologação está em curso e, no rito normal dos processos similares. A regularização se dá junto a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil e ao COMAER – Comando da Aeronáutica, e mesmo cumprindo uma normalidade em seu cronograma, causa certa inquietude pela morosidade. Vários órgãos estariam se organizando para formalizar um pedido às autoridades, no sentido de se posicionarem quanto à homologação, uma vez que a retomada econômica tem se despontado eficaz nos negócios de Turismo.
Concessão
Com o contrato assinado com a Agência Nacional de Aviação Civil a (Anac), a CCR03, Companhia de Participações em Concessões do Grupo CCR, prepara o seu projeto de exploração dos serviços públicos a consequente ampliação e manutenção do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, devendo assumir em breve, ainda no primeiro trimestre. O aeroporto é administrado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que deverá se afastar para o início de um contrato com prazo de 30 anos, incluindo a gestão dos terminais de Curitiba, São José dos Pinhais e Londrina (PR), Navegantes e Joinville (SC) e Pelotas, Uruguaiana e Bagé (RS). A empresa vai assinar ainda a concessão de seis terminais no Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país.
Susto
Nesta quinta-feira (10), a concessionária RIOGaleão, apresentou ao governo federal um pedido de devolução do aeroporto internacional Tom Jobim. Segundo o grupo, a inciativa se deve aos impactos da crise da economia gerada pela Pandemia de Covid-19, que também afetou muito o setor de aviação.
Pessoas envolvidas com o Turismo e operações aéreas em Foz, demonstraram certa preocupação, porém a situação é diferente e não pode ser comparada ao cenário que envolve a cidade, sem riscos quanto à nova operação da concessionária, no caso a CCR; o Aeroporto do Galeão foi concedido para a iniciativa privada em 2013, com um lance de 19 bilhões de reais, um valor quase quatro vezes maior que o definido no edital, com um prazo contratual que iria até 2039.
A RIOgaleão é controlada pela Changi Airports, de Cingapura, que tem 51%, enquanto a Infraero detém os 49% restantes. A concessionária afirmou que vai continuar operando o terminal até que um novo operador seja definido em leilão pelo governo federal.
Da Redação com fotos da Infraero