Parques lineares devem proporcionar sustentabilidade em quase todas as regiões de Foz do Iguaçu

A cidade é cercada por arroios, rios e riachos, e a prefeitura está buscando parcerias para viabilizar projetos
  • Suplemento Especial Obras e Construção Civil – 

Além de serviços prioritários como pavimentação, a Prefeitura de Foz do Iguaçu também investe em áreas como educação, obras, meio ambiente e saúde, por meio da construção, manutenção e desenvolvimento de projetos. No entanto, a natureza exuberante da cidade incentiva muitas pessoas a se engajarem em ideais ambientais que agregam valor social e se encaixam no contexto local.

Por um lado, há atividades de reposição elogiadas por organismos internacionais, como o Corredor da Biodiversidade, que une o Parque Nacional do Iguaçu à Ilha Grande. Por outro lado, existem várias iniciativas municipais em curso, como os Parques Lineares, que estão sendo financiados por parceiros em busca de tornar-se uma realidade. Em março último, Foz participou de uma missão pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) em Medellín, na Colômbia, buscando cooperação em áreas como mobilidade, inovação, intervenções urbanas, turismo e atração de investimentos em projetos de transformação de rios. O Parque Botânico do Rio Medellín é uma referência internacional, tendo sido transformado em um espaço de convivência, cidadania e pertencimento à sociedade.

A revitalização dos rios é uma tendência sustentável que molda novos atrativos urbanos. A iniciativa colombiana serve de exemplo e base para projetos em Foz do Iguaçu.

Toda a área de Foz do Iguaçu possui nascentes que formam arroios, rios, riachos e bacias, proporcionando oportunidades para o desenvolvimento de projetos que ajudarão a ampliar o senso comunitário de convivência ecológica.

Dentre os projetos que estão sendo pensados e colocados em prática, estão o Parque Linear do Rio Boicy e o Parque do Monjolo, ao lado da 3ª pista da Avenida JK. O projeto do Parque Linear do Boicy, que nasce no limite de Foz do Iguaçu com Santa Terezinha de Itaipu e deságua no Rio Paraná, pode ser implantado em etapas. Com nove quilômetros de extensão, contempla ciclovias, restaurantes, calçadas culturais, praças, passarelas, pistas de skate e quadras esportivas.

A revitalização das margens é uma demanda amplamente sustentável. A cidade também pode ganhar novos espaços culturais, museus, monumentos e mirantes.

O parque linear do Boicy pode ser implantado em etapas. O rio nasce no limite de Foz do Iguaçu com Santa Terezinha de Itaipu e possui áreas verdes densamente arborizadas, desaguando no Rio Paraná. O projeto, que compreende nove quilômetros, contempla ciclovias, restaurantes, calçadas culturais, praças, passarelas, pistas de skate e quadras esportivas. Demandas assim são amplamente sustentáveis, começando pela revitalização das margens. A cidade pode ainda ganhar novos espaços culturais, museus, monumentos e mirantes. Cerca de 150 famílias que hoje habitam as margens terão moradias seguras e não sofrerão com o impacto das cheias. O projeto contempla a transferência com cuidados e dignidade.

As bacias do Rio Almada, na região norte, e do Arroio Verde, sugestivamente conhecido como Rio Bostinha, além de outros cursos d’água e áreas verdes e alagadiços, inspiram a realização de projetos ousados, como a implantação do parque linear do Rio Iguaçu e de um grande espaço já chamado de Ecoparque, na extensa área verde entre a Vila A e a BR-277.

Os projetos de revitalização avançam, a exemplo do Parque Remador no Porto Meira e do Parque Monjolo no Jardim Central. Há também o projeto “Beira-Foz”, com a formação de um grande parque às margens do Rio Paraná. A ideia é criar um espaço linear entre a Ponte Internacional da Amizade, que une Brasil e Paraguai, até a margem do Rio Iguaçu, com a construção de mirantes, deques nos remansos e equipamentos de lazer e esporte.

Como existem cursos d’água abundantes, há muitas áreas verdes preservadas a todo custo, tanto pelo poder público quanto pelas comunidades. Isso demonstra um crescimento no que se refere à preservação da flora e das espécies.

A cidade discute uma dessas áreas, o Bosque Guarani, que deixará de ser um zoológico para abrigar ações sustentáveis. Audiências públicas, encontros comunitários e reuniões com profissionais do setor ambiental certamente encontrarão um destino adequado para o local, uma área com aproximadamente 40.000 m².

Áreas urbanas

Quem visita Foz e percorre as ruas centrais e até mesmo os bairros se depara com a exuberância do verde. Dar manutenção a isso é uma tarefa onerosa que requer planejamento. O que se percebe nas novas obras de revitalização das vias é uma escolha mais cuidadosa das árvores e plantas que compõem os canteiros, com predominância de espécies naturais.

Recentemente, a prefeitura concluiu a duplicação da Avenida General Meira, uma importante via de ligação entre o centro da cidade e todo o complexo de obras em andamento no setor sul. A Avenida Safira deverá ter seu trajeto completo em breve, conectando a General Meira à Avenida das Cataratas. Neste trecho, encontra-se o Horto Municipal, que contribui significativamente para o abastecimento de plantas destinadas ao paisagismo. De acordo com informações, a prefeitura tem planos de revitalizar o espaço e aproveitar o que é produzido lá, inclusive para reformar o trecho urbano da Avenida das Cataratas, que vai do Bairro Boicy até o complexo de acessos da BR 469. Medidas semelhantes foram tomadas em diversas ruas e avenidas.

Da Redação/Foto Divulgação