Foz do Iguaçu é cercada de obras estruturantes que beneficiam e também afetam a população
Apesar das demandas serem federais e estaduais, a prefeitura precisa encontrar respostas para as populações no entorno das obras; os serviços municipais não param
- Suplemento Especial Obras e Construção Civil –
Administrações municipais devem ser responsáveis por uma longa lista de serviços. É o que esperam os munícipes; as atividades públicas são essenciais, muitas das quais esperadas por décadas. Foz do Iguaçu, em razão do constante crescimento urbano, necessita agilidade, o que evita o acúmulo de providências no atendimento ao cidadão.
A população quando consultada evidencia o setor de Saúde, gestão de hospitais, postos de saúde, e, a exemplo dos últimos períodos, há um esforço nos programas de prevenção de doenças e campanhas de vacinação. Mas não se pode desviar a atenção de assuntos como a coleta de lixo, limpeza urbana, aterros sanitários, transporte e iluminação pública; Assistência social, Segurança pública, dentre outros. As obras como pavimentação, galerias pluviais estão na ponta das reivindicações, e exigem o cumprimento de todo um planejamento urbano e territorial: elaboração de planos diretores, zoneamento e regulamentos urbanos, bem como a revitalização de vias, pontes e a tarefa da manutenção, seja física ou ambiental.
No rol das grandes obras estruturantes, mesmo que financiadas por Itaipu e, executadas pelo Governo do Estado, a prefeitura precisa lidar com questões bem sensíveis, muito questionadas pelas áreas afetadas. No caso da Perimetral Leste são muitas as consultas, a começar pelos retornos e acessos em várias localidades.
A Perimetral passa por áreas populosas como é o caso do Porto Meira e segue ligando os setores Sul-Leste, onde há densidade populacional e vias estratégicas para a mobilidade. A obra compreende vários viadutos e foi necessário realizar encontros com lideranças de bairros e audiências para explicar como será o uso dos acessos.
No primeiro trecho a ser entregue, que compreende a Ponte da Integração até o trevo com a BR 469, surgiram dúvidas quanto aos acessos à área comercial do bairro mais populoso da cidade, o Porto Meira, maior até que muitas cidades da região. Algumas informações apavoraram os comerciantes e moradores. Um exemplo é o fechamento da pista por meio de barreiras de concreto, o que impediria, por exemplo, a passagem dos moradores da localidade conhecida como Residencial Cataratas à Avenida Morenitas, um eixo que é muito movimentado, inclusive pelos argentinos.
Olhando para o passado, a separação causada pela BR 277, praticamente acabou com os negócios no Jardim Jupira. No caso dos efeitos que supostamente serão causados pela Perimetral, é difícil evitar comparações. A prefeitura, por meio de suas secretarias, tenta reivindicar soluções, mas tudo esbarra em alterações no projeto, sobretudo quando implica na construção de passagens do tipo trincheiras, até mesmo passarelas. Segundo informações do DER, a solução será utilizar o trevo em construção, que une a Avenida Mercosul, Avenida das Cataratas e BR 469, para realizar essa interligação. Com relação ao comércio, o órgão informa que haverá várias opções permitindo o acesso aos bairros.
Mais adiante, no sentido da BR 277, há os acessos com as Avenidas Felipe Wandscheer e República Argentina, onde haverá viadutos com várias alças, possibilitando até mesmo a manobra de veículos pesados. Localidades como Jardim São Paulo e Morumbi concentram muitas empresas transportadoras.
A prefeitura enfim, precisa lidar com todas essas questões de interação com as comunidades, em demandas que acontecem em todos os perímetros, uma vez que a cidade é praticamente cercada por barreiras federais; ao Norte por Itaipu, no Sul é onde está o Parque Nacional; no sentido Oeste e Sudoeste encontraremos Paraguai e Argentina e por fim, na área Leste, o escoamento depende da BR 277.
Mesmo a sociedade compreendendo a importância dessas demandas estruturantes, o Município precisa intervir, pedindo soluções para a implementação de marginais, vias de escape e alternativas para evitar congestionamentos; segurança e conforto para os usuários, além de atuar na prestação dos vários serviços, como a limpeza, ordenamento do trânsito e transporte público.
Mapa interativo ajuda a “observar” o andamento das obras
O Observatório Social do Brasil – Foz do Iguaçu (OSB – FI) é um órgão bastante atuante e se destaca no acompanhamento de quase todas as iniciativas públicas realizadas na cidade. Para ampliar essa cobertura e ilustrar visualmente onde as obras são realizadas, o observatório desenvolveu o Mapa Foco na Obra; uma ferramenta interativa, on-line, identificando a situação, prazos e os valores de 65 obras públicas municipais. Juntas, essas construções somariam R$ 98,5 milhões.
A referência eletrônica, plataforma de utilização pública, gratuita, oferece facilidades de acesso ao cidadão, afinal, as obras são mantidas com o dinheiro da coletividade.
Ao acessar a obra, o usuário encontrará um formulário para o envio de sugestões, dúvidas, denúncias ou fotos do andamento do serviço. As obras listadas são essenciais no âmbito da infraestrutura, educação, esporte e lazer e saúde. Cada setor apresenta uma cor diferente, o que facilita bastante nas consultas.
Para acessar o mapa, o caminho é ingressar no portal fozdoiguacu.osbrasil.org.br