Acessos e projetos da Perimetral Leste antecipam debates com a população

A pista atenderá tráfego pesado e diante disso, necessitará barreiras físicas ao longo do percurso, o que dificultará a travessia.

A notícia sobre a interrupção do acesso ao Porto Meira, com a Perimetral Leste em funcionamento, está causando muita preocupação aos moradores e comerciantes da região. A localidade conhecida como Residencial Cataratas, que fica nas proximidades da atual aduana, será impactada com a grande obra em funcionamento.

O Residencial Cataratas possui um conjunto considerável de ruas mais de 400 habitações e aproximadamente 1.500 moradores, com estabelecimentos comerciais e empresas que atendem vários segmentos, como é o caso do Turismo. Alguns empresários escolheram o bairro, justamente pela proximidade com a BR 469, principal eixo turístico da cidade e acesso com a Argentina. Essa localização estratégica será muito valorizada com a obra inaugurada. Mas o que chama a atenção, é a impossibilidade de acesso ao Porto Meira, onde residem muitos trabalhadores. Com o bloqueio do trevo, o comércio também será prejudicado.

Tanto os moradores, como visitantes e turistas argentinos, que frequentam a Avenida Morenita, passarão a acessar o trevo que está sendo construído com a BR 469. O problema maior parece ser a volta, especialmente para os moradores do Residencial Cataratas; eles terão que percorrer uma distância de praticamente dois quilômetros, fazendo o percurso da perimetral no sentido Oeste e utilizando outro trevo nas proximidades da Ponte Tancredo Neves. Isso será uma dor de cabeça, considerando que hoje, bastaria atravessar uma rua para se chegar ao principal centro comercial do Porto Meira. Confira na ilustração. As setas em azul indicam os acessos de saída e as em amarelo a opção de retorno.

Segundo informações dos moradores, em momento algum foram procurados pelos técnicos do DER ou grupos de trabalho. Neste ponto é necessário entender até onde o Estado pode interferir na vida do cidadão, sem antes consultá-lo. Todos entendem o valor da Perimetral, acreditando que ela possibilitará avanços e sendo assim, não deveria trazer problemas.

Por sua vez, o DER/PR, informa por meio de uma nota, que a nova rodovia perimetral, no trecho entre viaduto e trevo com a BR-469, até a ponte Tancredo Neves, será dupla e com vias separadas por “barreiras físicas”, como medida de segurança, já que haverá trafego pesado. “Os condutores ainda terão acesso à rodovia pela Avenida Morenitas e Rua Salto Penoni na mesma altura do trevo atual, devendo fazer o cruzamento por um dos viadutos próximo”, esclarecem. O projeto executivo da obra foi elaborado de acordo com as normativas do DNIT e aprovadas pelo órgão. Outro ponto em discussão, é como os transeuntes e ciclistas cruzarão a pista?

As comunidades afetadas pensam em soluções para encurtar o caminho até que as autoridades avaliem soluções no projeto. Uma delas seria utilizar vias paralelas como a Estrada Velha das Cataratas, hoje Rua Indianópolis e a Rua Tigre, onde a prefeitura deve construir uma ponte, depois de desenrolar os entraves ambientais. Foi o que anunciou o secretário de Planejamento, arquiteto e urbanista Leandro Costa. Segundo ele, a administração municipal formou um grupo de trabalho para avaliar os impactos na área da mobilidade.

Da Redação com imagens dos projetos e fornecidas pelo DER/PR