A Prefeitura deve cobrir 100% no programa de pavimentação.

As obras de asfaltamento superaram a marca de 500 km, equivalente à distância aproximada entre Foz do Iguaçu e Irati
  • Suplemento Especial Obras e Construção Civil

O município de Foz do Iguaçu recebe um extenso programa de obras de pavimentação; isso compreende manutenção, revitalização de vias e pavimentação em quase todos os bairros e até mesmo em localidades distantes.

Retomando o passado, um processo de pavimentação muito utilizado era o de rejuntar pedras de basalto. A maioria dos bairros da cidade recebeu esse tipo de calçamento. As pedreiras forneciam o material irregular e as frentes de trabalho executavam o serviço, com ares artesanais, uma vez que as rochas passavam por uma espécie de “lapidação” para serem encaixadas umas às outras.

Esse padrão de calçamento começou a desafiar o tempo, por meio de ondulações e até mesmo o surgimento de pontas afiadas no piso, causando danos aos veículos e colocando em risco a mobilidade dos moradores. Além disso, a solução para corrigir as deformidades era o despejo de cimento ou asfalto, medidas em muitos casos desesperadas e providenciadas pelos moradores.

A prefeitura precisou implementar um extenso programa de pavimentação para cobrir toda a área urbana, uma operação bem mais complicada do que simplesmente despejar o asfalto sobre o piso já existente. Foi necessário implementar obras de drenagem, galerias pluviais e fazer uma readequação quase que completa para atender os bairros, sem que isso causasse desconforto aos moradores.

A Prefeitura de Foz realizou a pavimentação asfáltica em mais de 140 bairros, no maior programa de pavimentação de toda a história da cidade. O asfaltamento superou a marca de 500 km, equivalente à distância aproximada entre Foz e Irati.

As obras de pavimentação foram iniciadas em 2018, com o compromisso de atender 100% da área territorial da cidade, um compromisso, diga-se, da Secretaria de Obras, por meio da Diretoria de Pavimentação. Os trabalhos foram afetados pelas adversidades causadas pelo período de pandemia, mas mesmo com o atraso no cronograma das obras, cerca de 70% das ruas com pavimentos poliédricos foram atendidas. Isso soma mais de 3.700.000,56 m², correspondentes a 536 km de asfalto nas áreas urbanas e rurais.

Em 2018, os serviços atenderam 15 bairros, com 96 ruas e sete estradas rurais, com ênfase na Avenida Andradina com 2.363,00 m. Também foi atendido o Jardim São Luiz com 1.957,60 m. As áreas receberam 5.039,88 ml em galerias de águas pluviais, mais 28.174,90 m² em calçadas e 7.340,15 m² de ciclovias.

No ano de 2019, os serviços de pavimentação foram expandidos para 22 bairros, com 115 ruas atendidas, além de 14 estradas rurais. Em 2020, o atendimento aumentou para 64 bairros, com 360 ruas pavimentadas. Já em 2021, 2022 e no primeiro trimestre de 2023, outras 55 áreas foram atendidas, totalizando 417 ruas pavimentadas. Vale destacar que esse atendimento inclui a instalação de galerias pluviais, calçadas, ciclovias e outras medidas necessárias. No setor rural, 33 estradas foram atendidas no período.

A prefeitura utiliza materiais como Concreto Betuminoso Usinado à Quente (CBUQ), Pré-Misturado à Frio (PMF) e Tratamento Superficial Triplo (TST) em suas obras de pavimentação. A Secretaria Municipal de Obras atua com duas frentes de trabalho na pavimentação: uma equipe utiliza o CBUQ produzido na Usina Municipal de Asfalto, inaugurada em junho de 2018, enquanto a outra equipe utiliza o PMF, mistura que é executada em temperatura ambiente, composta de agregado mineral e ligante asfáltico, espalhada e compactada a frio.

De acordo com a Secretaria de Obras, o serviço requer um tempo de cura dos materiais para garantir maior qualidade e durabilidade da pavimentação. As equipes mantêm contato com os moradores e orientam sobre a importância de respeitar as sinalizações de trânsito durante as obras. Em geral, o programa de pavimentação é prejudicado pelas condições climáticas, o que pode atrasar o cronograma.

Em resumo, segundo dados fornecidos pela Secretaria de Obras, foram implementados 27.063,08 m² de asfalto; recapeados 2.870,97 m² de pavimento em CBUQ urbano e 624.754,85 m² de pavimento urbano do tipo PMF. As áreas rurais receberam 52.973,00 m² de pavimento em CBUQ e 176.088,66 m² em PMF, totalizando 3.751,856,56 m² de pavimentação em CBUQ e PMF, o que equivale a 536 km.

Além disso, foram realizados 163.154,60 m² de recapeamento em TST no setor rural e construídos 40.874,27 m² de pavimento poliédrico. Na área urbana, a prefeitura construiu ainda 18.727,35 m² de pavimento poliédrico. Também foram construídos 31.834,73 m de galerias para águas pluviais, 612,60 m de galerias celulares, 59.627,35 m² de calçadas, 389,70 m² de aduelas e 47.215,43 m² de ciclovias.

A Secretaria Municipal de Obras conta com uma equipe de 76 servidores em seu quadro funcional, incluindo o secretário de Obras, seis diretores, um servidor responsável pelos serviços financeiros, seis engenheiros no setor de fiscalização e outros cinco funcionários na área administrativa.

Embora o quadro funcional possa ser considerado pequeno, a secretaria tem a responsabilidade de realizar trabalhos importantes, como pavimentação asfáltica, operações de tapa-buracos, construção e manutenção de galerias de águas pluviais, recomposição e execução de caixas de boca de lobo, fiscalização de obras e construções civis, entre outras atividades. Além disso, a secretaria também lida com a licitação de serviços, com a necessidade de manter uma relação de trabalho entre os servidores e as empreiteiras e fiscalizar os contratos, que são pagos mediante medições. Essas medições são certificadas pelos setores administrativo e financeiro, em acordo com as ordens de serviços.

Segundo os responsáveis pelo setor de Obras, a administração municipal está empenhada em trabalhar com metas para aprimorar o padrão de serviços. Os moradores podem utilizar a Central 156 para solicitar providências. O investimento nas frentes de trabalho ultrapassa R$ 190 milhões.

Da redação/Fotos Divulgação