Gestão inteligente e eficiente: a coleta de resíduos em Foz como referência nacional
Com volume diário superior a 300 toneladas, Vital Engenharia alia tecnologia, qualidade e responsabilidade na limpeza urbana da cidade
Foz do Iguaçu tem se destacado por adotar um modelo moderno e eficiente na gestão de resíduos urbanos, cuja operação é realizada pela Vital Engenharia. Com uma média diária entre 270 e 320 toneladas de resíduos recolhidos — entre lixo domiciliar, restos orgânicos e resíduos urbanos —, o sistema de coleta consolidou-se como referência em logística, qualidade operacional e engenharia financeira, garantindo economia e transparência ao município.
O trabalho da Vital Engenharia é pautado por um sistema integrado de planejamento, otimização de rotas, capacitação de equipes e investimentos em equipamentos modernos. A empresa não apenas coleta o lixo, mas participa ativamente do ciclo de tratamento, desde a origem até o destino final, oferecendo um serviço que une desempenho técnico e compromisso socioambiental.
Mas o cuidado com os resíduos não se encerra na coleta. Em Foz do Iguaçu, o destino final do lixo é a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), uma operação que representa um salto de qualidade em relação ao que se praticava até meados do século passado. Antigamente, o descarte era feito em locais improvisados, sem qualquer critério técnico, expondo trabalhadores e o meio ambiente a sérios riscos. O maior dos antigos “lixões” ficava na região sul da cidade, próximo ao aeroporto, onde não havia impermeabilização do solo, tampouco controle do chorume ou do biogás — resultando em contaminação do lençol freático e dos cursos d’água
Hoje, o conceito é outro. Localizada na zona norte da cidade, a CTR ocupa cerca de 21 hectares e está equipada com tecnologias de ponta.
Mais de 82 mil metros quadrados estão em operação ativa e 143 mil metros já encerrados, com uma capacidade média anual de 86 mil toneladas de resíduos. A previsão é que o aterro siga operando até 2039, embora esse prazo possa variar conforme o aumento da geração de resíduos.
Na prática, os resíduos são dispostos em células compactadas e diariamente cobertos com solo, com rigoroso controle ambiental. O sistema de impermeabilização utiliza geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD) e solo compactado, além de contar com uma estrutura complexa de drenagem de chorume e captação de biogás. O chorume é tratado por um processo de osmose reversa, que utiliza membranas de última geração para filtrar e transformar o percolado em um efluente limpo, reutilizado na lavagem de veículos, controle de poeira e outras atividades operacionais.
A CTR também se destaca por medidas compensatórias e ambientais. Uma cortina verde de eucaliptos cerca o aterro, funcionando como barreira natural de contenção e isolamento. Além disso, há monitoramento contínuo das águas subterrâneas e das nascentes no entorno, assegurando que a operação mantenha o equilíbrio ecológico local.
Essa abordagem moderna está em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), que coloca o Brasil no caminho da sustentabilidade. Foz do Iguaçu, com sua operação técnica e eficiente, mostra que é possível transformar um serviço muitas vezes invisível à população em símbolo de responsabilidade ambiental e gestão inteligente.
Acesse o PDF da Edição Especial Foz 111 Anos!