O prefeito Chico Brasileiro sancionou a Lei 5.209/2023 que institui e inclui no Calendário Oficial de Eventos de Foz do Iguaçu o “Dia de Iemanjá”, a ser comemorado anualmente no dia 2 de fevereiro.
O projeto de lei, de autoria das vereadoras Yasmin Hachem e Anice Gazzaoui e do vereador Alex Meyer, foi proposto pela Secretaria de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade e pelos povos de terreiro, com objetivo de valorizar e reconhecer a divindade no contexto das religiões de matrizes africanas.
“O Dia de Iemanjá é celebrado em Foz do Iguaçu desde 1975, fazendo parte da história religiosa e cultural da cidade, por isso ficamos felizes com a inclusão desta festividade no calendário de eventos do município, atendendo a um anseio dos povos de terreiro”, disse a secretária de Direitos Humanos, Kelyn Trento.
A primeira festa de Iemanjá ocorreu há 48 anos e foi organizada por Benedita de Souza Macedo, a Vó Benedita, mãe de santo do Templo do Reino de Oxalá, uma das grandes precursoras dos cultos afro-brasileiros na região da fronteira. A festa chegou a receber 4 mil pessoas em 1992, em procissões pelos rios que margeiam a cidade, com participação de embarcações do Paraguai e da Argentina.
Origem
Iemanjá é conhecida como a Rainha do Mar. O nome é derivado da expressão Yorubá “ye ye ma aja”, que quer dizer “mãe cujos filhos são peixes”. É cultuada tanto na umbanda como no candomblé, considerada como a mãe de quase todos os orixás. É considerada padroeira dos pescadores, jangadeiros e marinheiros, igualmente protetora dos lares, das crianças e gestantes.
AMN