Prefeitura de Foz quer resposta da Polícia Militar sobre manifestação

O movimento iniciado na última quarta-feira, 02 de novembro, permanece em frente as instalações do Batalhão do Exército em Foz, na Avenida República Argentina. Segundo a opinião de muitas pessoas, foi a maior concentração popular voltada para um ato político na história da cidade.

As lideranças do movimento organizam diariamente um rodízio de participantes, com toda a estrutura necessária em manter a vigília e até este domingo, ainda não havia uma previsão de debandada. Na última sexta-feira, algumas informações passaram a preocupar mais as autoridades, como a suposta interrupção do tráfego em uma das vias consideradas estratégicas para se chegar ao Terminal Urbano e para o setor norte da cidade. De outra maneira, muitos transeuntes e motoristas se queixam das dificuldades de trafegar pelo local. Ontem a prefeitura emitiu nota se posicionado frente às medidas adotadas:

Nota emitida pelo governo municipal 

“A Prefeitura de Foz do Iguaçu informa que noticiou o Ministério Público do Estado do Paraná sobre a manifestação de um grupo de pessoas que, desde o dia 2 de novembro, está acampado em frente ao 34º Batalhão do Exército, na Avenida República Argentina, defendendo a intervenção militar.

No documento, a prefeitura noticia o MP-PR que na quinta-feira (04) solicitou providências à Polícia Militar, por meio do ofício 359/2022-DIR-GAB, encaminhado ao 14º Batalhão, uma vez que os manifestantes estão impedindo o direito de ir e vir dos cidadãos e causando transtornos ao comércio, trânsito de pessoas e veículos, além de trazer prejuízos à imagem da cidade, que tem como principal fonte econômica a atividade turística.

Foi solicitada atitude à Polícia Militar, uma vez que a administra municipal não detém força policial para intervir na manifestação e levando em consideração a medida judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), do ministro Alexandre de Moraes, de “imediata desobstrução de todas as vias públicas que estejam com seu trânsito interrompido”, em que pontua que “as Polícias Militares dos Estados possuem plenas atribuições constitucionais e legais para atuar em face desses ilícitos, independentemente do lugar em que ocorram, seja em espaços públicos e rodovias federais, estaduais ou municipais, com a adoção das medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis dos Poderes Executivos Estaduais”.

Em resposta, o comando do 14º Batalhão disse que foram feitas tratativas com líderes do movimento e, embora tenha havido receptividade, não houve êxito na desobstrução da via.

Diante disso, a prefeitura solicitou ao MP-PR a adoção das medidas necessárias para que a Polícia Militar atenda a determinação do STF, e repassou a situação também ao Ministério Público Federal (MPF).

Além disso, a administração municipal já identificou os veículos que estão obstruindo as vias centrais e irá aplicar multas, diariamente, conforme a lei. Os proprietários dos carros serão notificados em todas as formas legais”.

 

Da redação com nota enviada por assessoria.