Refúgio da Itaipu celebra nascimento do 57º filhote de harpia

Nascimento após quase quatro anos de pausa

Nesta terça-feira (01), o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu Binacional, comemorou o nascimento do 57º filhote de harpia (Harpia harpyja). O pequeno exemplar completou uma semana de vida, simbolizando um marco importante na retomada da reprodução da espécie na instituição, após quase quatro anos de pausa.

Readequação dos ninhos impulsionou a reprodução

O sucesso se deve, em grande parte, à readequação dos ninhos. Durante visitas técnicas a centros de reprodução de águias na Espanha, a equipe da Itaipu observou que os ninhos utilizados eram significativamente maiores. A partir dessa constatação, foi feita a ampliação dos ninhos no RBV, o que agradou as aves. Como resultado, cinco ovos estão atualmente em processo de incubação e devem eclodir entre os meses de abril e maio.

Cuidados intensivos com o novo filhote

O novo filhote é o primeiro de um casal que está junto há aproximadamente dez anos. Ele é mantido sob cuidados rigorosos, em um ambiente com temperatura e umidade controladas, sendo alimentado quatro vezes por dia. Com apenas uma semana de vida, o filhote já dobrou de peso e alcançou 170 gramas.

Importância da reprodução em cativeiro

Segundo o biólogo Marcos Oliveira, responsável pelo programa de reprodução das harpias na Itaipu, a reprodução em cativeiro é um importante indicativo de bem-estar e saúde dos animais. Além disso, ele destaca que poucas instituições no mundo dominam a técnica de reprodução dessa espécie em cativeiro. O objetivo, nos próximos anos, é promover a reintrodução de indivíduos ao seu habitat natural, em parceria com outras organizações, com o intuito de fortalecer a diversidade genética da harpia na natureza.

Harpia: espécie ameaçada e dependente da floresta

A harpia é uma das maiores aves de rapina do mundo e está criticamente ameaçada em várias regiões da América do Sul e América Central. Entre os principais fatores de ameaça estão a perda de habitat e a caça ilegal. Conforme explica Marcos, a harpia depende da floresta para sobreviver, especialmente das grandes árvores para construir seus ninhos. Sua taxa de reprodução é baixa, com apenas dois filhotes a cada cinco anos, o que torna ainda mais urgente os esforços de preservação.

Saiba mais e participe da preservação

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