Itaipu Parquetec recebe alunas para vivência profissional em ação do programa de Mulheres na Engenharia
Projeto do IndustrIEEE aconteceu nesta terça (17), com a participação de estudantes e profissionais de tecnologia e engenharia do Parque
O Itaipu Parquetec foi sede, nesta terça-feira (17), do programa WIE (Women in Engineering) IndustrIEEE, iniciativa promovida pelo Comitê da Indústria do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos – IEEE da Região 9, que abrange a América Latina e o Caribe. Como maior organização técnico-profissional do mundo, o IEEE está presente em mais de 190 países e dedica-se a promover a tecnologia em benefício da humanidade.
O objetivo do WIE IndustrIEEE é proporcionar às voluntárias do IEEE um dia de imersão no ambiente profissional da indústria tecnológica, estimulando o contato direto com especialistas da área e o fortalecimento de redes de incentivo à diversidade e inclusão.
Para a professora adjunta de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e membro sênior do IEEE, Cristiane Pimentel, a integração entre academia e mercado de trabalho é essencial para a formação profissional. Cristiane enfatizou a importância de inserir as estudantes em ambientes como o Itaipu Parquetec, onde possam perceber que as próprias produções acadêmicas têm valor e visibilidade fora da universidade. “Hoje não existe mais atuação individualizada. Trazer estudantes para esse tipo de experiência mostra que o que fazem tem relevância”, afirmou. A professora relatou ainda o impacto que o programa teve nas alunas envolvidas, que se surpreenderam com a possibilidade de contato direto com profissionais e com a dimensão internacional do projeto. “Essa convivência amplia não apenas o crescimento profissional, mas também pessoal, e isso fortalece o empoderamento em demonstrar a elas que o que fazem possui uma importância vital”, concluiu.
Receber o programa WIE IndustrIEEE no Itaipu Parquetec foi, segundo a diretora administrativo-financeira do Itaipu Parquetec, Clerione Herther, uma experiência significativa, tanto para o ecossistema de inovação quanto para ela, enquanto mulher. Clerione salientou o significado de proporcionar vivências reais às estudantes de engenharia em um ambiente onde circulam conhecimento, parcerias e diversidade. “O Parque é feito de conexões. Nada se constrói sozinho. Aqui, temos indústrias, instituições e pessoas comprometidas com inovação e transformação”, explicou. Para a diretora, o momento reforça o papel coletivo na construção de um futuro mais inclusivo. “O mundo está mudando e é preciso debater e agir para provocar essas mudanças”, destacou.
A ação reuniu 15 alunas convidadas de instituições parceiras, como a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), que tiveram a oportunidade de conhecer a rotina dos profissionais do Parque, interagir com especialistas e visitar os laboratórios e estruturas de pesquisa e inovação da instituição. Ao todo, 12 profissionais mulheres de tecnologia e engenharia do Itaipu Parquetec participaram ativamente da programação, que se estendeu ao longo de todo o dia.
Estudante de Engenharia de Energia da Unila, María Alejandra Páez descreveu a experiência como um marco em sua trajetória acadêmica. “Nunca participei de um projeto voltado à inclusão de mulheres na engenharia. A desigualdade de presença entre alunas e até professoras é um tema pouco discutido, e isso me tocou muito”, afirmou. María compartilhou sobre o acolhimento da equipe de Engenharia de Pesca do Parque. “Foi incrível descobrir não apenas a parte técnica, mas também o impacto social do trabalho desenvolvido. Isso me fez repensar o caminho que quero seguir quando me formar.” Paraguaia, María Alejandra espera que iniciativas como essa também se fortaleçam em seu país. “Gostaria que mais mulheres tivessem essa chance e se sentissem representadas na área de Engenharia e Tecnologia.”
A programação também reuniu o corpo docente da Unila e Unioeste, além de autoridades convidadas. Entre elas, Jonas Pesente, engenheiro eletricista sênior da Itaipu Binacional e membro do Conselho Curador do Itaipu Parquetec, que acompanhou a visita e explicou sobre o potencial transformador da iniciativa.
Para ele, o programa traduz de forma concreta o compromisso com a inclusão e a construção de caminhos para que mais mulheres ocupem espaços na engenharia e na indústria. “Fico feliz que esse espaço tenha sido escolhido para essa etapa do programa. Aqui, os valores do projeto são compartilhados e fortalecidos”, disse.
Assessoria de Imprensa Itaipu Parquetec