Diretor financeiro de Itaipu fala sobre “Transição energética justa e inclusiva” para especialistas no SNPTEE

André Pepitone apresentou painel voltado para altos executivos e diretores de empresas e associações ligadas ao setor elétrico

O diretor financeiro executivo da Itaipu, André Pepitone de Nóbrega, apresentou nesta quarta-feira (29), em Brasília (DF), o painel “Transição Energética – Justa e Inclusiva”, no último dia do XXVII SNPTEE – Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica.

A ideia é propor uma transição energética com segurança e responsabilidade social. A apresentação foi feita para altos executivos, diretores de empresas e de associações ligadas ao setor elétrico. O painel foi moderado por Daniella Ferreira Soares e Carlos Dorneles, da AbSolar.

No painel, Pepitone destacou que “a diversificação da matriz, o aumento da eficiência energética, a eletrificação dos transportes e a promoção da inovação são áreas-chave para impulsionar um futuro mais sustentável e resiliente em termos energéticos”.

O diretor também mostrou os dados sobre a produção de energia de Itaipu, que ultrapassou a marca de 2,9 bilhões de megawatts-hora (MWh), desde o início de seu funcionamento, em maio de 1984.

Essa energia seria suficiente para abastecer todo o planeta por 43 dias; suprir a demanda energética brasileira por cinco anos e nove meses; e o consumo de eletricidade do Paraguai por 190 anos. Em 2022, a Binacional supriu 86,4% do consumo do Paraguai e respondeu por 8,72% da demanda de energia elétrica do Brasil.

Na solenidade de abertura do evento, no domingo (26), Pepitone já havia defendido a transição energética para que se chegue a um futuro elétrico mais seguro, robusto, inclusivo e sustentável. O encontro é considerado o maior da América Latina e o segundo maior do mundo.

Importância
O diretor financeiro executivo de Itaipu detalhou alguns direcionadores da transição energética, como emprego e renda, inclusão social, redução das desigualdades socioeconômicas e regionais, crescimento econômico, melhoria da qualidade de vida, reindustrialização, combate às mudanças climáticas e ainda a preservação da biodiversidade e da qualidade ambiental. Ele reforçou a importância do Estado Brasileiro investir em variedade de fontes de energia, que pode tornar o sistema mais resiliente a mudanças climáticas e flutuações na disponibilidade de recursos naturais.

Prêmios
O diretor enfatizou também os prêmios recebidos pela Itaipu pelos cuidados com a água alinhados à sustentabilidade e o incentivo ao uso de biogás, por meio do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), do Parque Tecnológico Itaipu (mantido pela Binacional) e ao hidrogênio verde.

Parcerias
A usina conta em suas instalações com o Centro Internacional de Energia, criado pela Binacional, Eletrobras e Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), para apoiar o desenvolvimento do biogás. O objetivo é prover desenvolvimento técnico e de mercado sobre biogás e estruturar negócios e oportunidades sobre biogás.

O Laboratório de Biogás existente na usina é uma réplica do laboratório da Universidade de Boku, da Áustria. No local é desenvolvido o projeto de hidrogênio verde, que prevê reforma a seco do biogás e a produção de hidrogênio verde.

Também tem como objetivo implementar uma unidade-piloto de biossincronização; converter biogás e hidrogênio verde em bioquerosene de aviação (BioQAV), passando pela pesquisa em bancada à produção em escala industrial. O trabalho é desenvolvido em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu, o CIBiogás e os governos do Paraná e da Alemanha.

Imprensa de Itaipu