Consórcio apresenta modelo de usina de energia solar flutuante para diretoria da Itaipu

Sistema está sendo testado em reservatório paulista e já é usado em outros países

Na manhã desta quarta-feira (4), representantes do consórcio liderado pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), de São Paulo, apresentaram à diretoria e corpo técnico da Itaipu um modelo de usina fotovoltaica (solar) flutuante. O sistema está em teste e em breve poderá operar na represa Billings, administrada pela Emae, que fornece água para a capital paulista e sua região metropolitana.

A produção fotovoltaica flutuante já é utilizada em alguns países como França, Japão e Taiwan. No modelo, as placas são instaladas em formato de ilhas cobrindo parte ou até totalmente o espelho d’água. Em uma projeção inicial, caso Itaipu implantasse o sistema em apenas 1% de seu reservatório, a capacidade de geração seria de aproximadamente um gigawatt, o suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes.

Segundo o diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, por conta do Tratado de Itaipu – que dá origem e regulamenta a atividade da Binacional –, a empresa ainda não pode implantar novas formas de geração de energia além da hidrelétrica, mas é importante participar de reuniões como essa para conhecer as possibilidades do setor. “Não está no Tratado, mas é uma oportunidade que não podemos deixar de debater. Num futuro, em comum acordo com nossos sócios paraguaios, talvez possamos implantar um sistema desses em nosso reservatório, gerando ainda mais energia limpa, barata e renovável”, destacou.

A opinião é partilhada pelo diretor financeiro da Binacional, André Pepitone, que citou o avanço rápido das tecnologias, muitas vezes não acompanhado pela própria legislação. “Nosso tratado tem 50 anos, não se falava em energia solar. O mundo está em um ritmo de evolução muito grande, será nosso desafio agora adequar as normativas e resoluções para fazer o melhor uso dessas novas tecnologias.”

Além dos diretores Enio Verri (geral), André Pepitone (financeiro), Renato Sacramento (técnico) e Luiz Fernando Delazari (jurídico), o diretor de Comercialização de Energia da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar), Wander Azevedo, também participou da apresentação.

Imprensa/Itaipu Binacional