Cirurgia metabólica é indicada para todo diabético?

A resposta é não. A cirurgia deve ser sugerida apenas pacientes obesos com diabetes tipo 2 que não responderam ao tratamento clínico contra a doença.

Fato é que todas as pessoas já ouviram falar do diabetes como uma doença crônica, ou seja, que não tem cura, porém existe tratamento, não é mesmo?

O risco de desenvolver diabetes aumenta a partir dos 45 anos e em pessoas sedentárias, acima do peso e com histórico familiar da doença. Sua causa é multifatorial. Mas a obesidade é de longe o fator mais determinante para o processo de dificuldade da insulina em controlar os níveis de açúcar no sangue. O tratamento exige uso de medicamentos, prática de atividade física de forma regular e alimentação saudável e equilibrada, de acordo com as recomendações de um nutricionista, e um médico endocrinologista”, explicou Dr. Luiz Carlos Bremm, Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo.

Segundo o médico, pioneiro na área em Foz do Iguaçu, caso as recomendações não sejam seguidas pelo paciente, a quantidade excessiva de glicose no sangue pode provocar lesões em órgãos importantes. A condição é bastante comum e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete aproximadamente 16 milhões de brasileiros.

Procurar um profissional qualificado para o tratamento é o primeiro passo. “Neste caso, faremos — cirurgião bariátrico ou endocrinologista —, uma avaliação da idade e peso do paciente, medição do índice glicêmico e a partir de então, poderemos orientar um tratamento medicamentoso ou a cirurgia metabólica”, explicou Dr. Bremm que continuou: “A cirurgia não é indicada para qualquer paciente diabético, o procedimento é recomendado para aqueles que não conseguiram controlar a doença com tratamento convencional”, pontuou.

De acordo com a médica endocrinologista, Dra. Francieli Bordin, a cirurgia metabólica é indicada apenas para pacientes diabéticos tipo 2, com IMC entre 30 e 35 kg/m2 e que não atingiram adequado controle glicêmico com a terapia medicamentosa e mudança de estilo de vida / hábitos. “A avaliação do paciente se ele é um candidato ou não ao procedimento é responsabilidade de uma equipe multidisciplinar, todos devemos estar em comum acordo sobre a indicação e elegibilidade do paciente”, pontuou a médica que continuou: “A recomendação ou sugestão de cirurgia pode vir de outras especialidades, mas só a equipe de cirurgia bariátrica e metabólica é capaz de eleger o paciente para o procedimento”, acrescentou.

Mas e quais são as principais complicações relacionadas com a diabetes não controlada?
Pé diabético, lesões nos rins, problemas nos olhos, neuropatia diabética, problemas no coração, AVC e infecções. “A reeducação alimentar é uma importante arma nesta batalha. Ter hábitos alimentares equilibrados, ajuda (e muito!) no desenvolvimento de uma consciência alimentar, um processo que previne doenças a longo prazo e garante maior longevidade e qualidade de vida”, finalizou Dr. Bremm.

Dr. Luiz Carlos Bremm
Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo
CRM 14018 PR RQE 14018
@drluizcarlosbremm

Fonte: Maestria Comunicação e Marketing