Charles III: algumas correntes receberam o nome como “controverso”

Os reis com o nome de “Charles” ocuparam o trono nos períodos mais críticos da monarquia inglesa, com crises históricas, resultantes em guerras civis.

Com a morte da rainha Elizabeth II na última quinta-feira (8), seu filho primogênito assumiu o trono e optou por chamar-se “Charles III”, utilizando o nome de batismo. Deve ter considerado que seria estranho utilizar outro nome, pois aos 73 anos, além de ser o monarca mais velho a ser coroado na história britânica, foi também o príncipe herdeiro que mais tempo espero pela coroa.

Mesmo com a opção de adotar outro nome, preferiu se tornar o “terceiro”, sucedendo a Charles I e Charles II que vieram muito antes.

O polêmico Charles I e seu herdeiro

Ele nasceu em Fife, na Escócia em 1600. Foi o segundo filho de Jaime VI da Escócia, e que também se tornou também passou Jaime I da Inglaterra. Sou mãe foi Ana da Dinamarca. O reinado de Charles foi marcado por disputas e conflitos memoráveis, com guerras civis o tempo todo. Isso dividiu a população e até os dias atuais não se sabe ao certo a causa de muitos conflitos. A história diz que Charles I não foi em nada um exemplo de bom governante.

Além de ser muito reservado o “primeiro” Charles era autoritário, acreditando que os reis eram “divinos”, além do mais o consideram um gastador de recursos, sobretudo em épocas de fome e privações de seu povo.

Em meio aos conflitos, dissolveu o parlamento e governou sozinho, período conhecido como a “tirania dos onze anos”. Tantas ele fez que acabou sendo julgado por “alta traição” e executado, em 1649. Charles I foi decapitado.

O episódio gerou uma lei proibindo a proclamação de outro monarca e o cargo de rei chegou a ser extinto. A Inglaterra foi governada por um Lorde Protetor, Oliver Cromwell, até 1658, quando o filho de Charles I, denominado Charles II, se tornou rei.

Antes, porém, em 1651, Charles II foi coroado rei, paralelamente aos inúmeros conflitos no país. Se manteve na França, cumprindo um pouco mais de nove anos de exílio, convidado para retornar a Londres, em 1660, assumindo de vez o trono que era de seu pai. Seu reinado também foi marcado por muitas crises e conflitos. Ele morreu em 1685, devido a um suposto derrame.

Carles I, decapitado por traição e seu herdeiro Charles II, não receberam um bom tratamento por meio da história.

Com um prognóstico assim, é difícil entender a escolha do primeiro nome, uma vez que o nome completo é Charles Philip Arthur George. Muitos acreditavam que optaria por Philip, em homenagem ao pai, morto em 2021, perto de completar 100 anos.