Acifi formaliza na Câmara pedido de suspensão do aumento no Estarfi

Entidade que representa 2.200 empresas e 18 mil empregos protocolou ofício no Poder Legislativo

Na sessão extraordinária desta terça-feira, 27 de junho, será lido em plenário um ofício da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu, formalizando posição contrária ao reajuste no valor do Estacionamento Rotativo de Foz do Iguaçu (Estarfi). “Esse aumento é prejudicial ao comércio e à população que realiza compras e serviços, conforme registrado pela classe empresarial, principalmente por parte dos núcleos da Avenida Brasil e Vila Portes”, consta no documento assinado pelo presidente da Acifi Danilo Vendruscolo e Presidente do Conselho Superior, Rodiney Alamini.

Desde o dia 1º de junho o Poder Executivo aumentou em até 200% os valores do Estarfi. Após reações da sociedade e da Câmara – por meio do presidente João Morales (União Brasil) e os vereadores Galhardo (Republicanos), Marcio Rosa (PSD) e Cabo Cassol (Podemos) – o prefeito reduziu o reajuste pela metade em um dos itens, mas manteve 100% de aumento nos demais.

A Acifi que representa 2,2 mil empresas associadas com faturamento de R$ 7 bilhões/ano e 18 mil trabalhadores requer a suspensão do reajuste a fim de que seja reavaliado com a diretoria, órgãos colegiados e núcleos sempre prontos ao diálogo para a busca conjunta de soluções.

RAZÕES PONTUADAS

Ainda na declaração, a associação pontua diversas razões para discordar do aumento no Estarfi, constatando que o aumento tem afetado comerciantes desde a vigência do decreto: “Os núcleos empresariais reportam indicativos de redução do movimento nas lojas, desde que o valor foi reajustado, com consumidores preferindo áreas de comércio e serviço nas quais não há Estarfi”.
Outro argumento da Acifi é a existência de “recorrentes dúvidas de usuários sobre o uso do aplicativo do serviço e problemas de funcionamento da ferramenta”. Também alega que “o aumento do custo não garante a função social do Estarfi, que é a rotatividade de veículos nas vagas de estacionamento público”.

A entidade também declarou a falta de documentos justificando do aumento no valor, informando comparativos e índices. “A elevação do preço não foi acompanhada da apresentação de estudos, dados, índices e outros subsídios técnicos, notadamente, quanto à relação reajuste-aumento do rodízio, sendo a ausência de rotatividade do Estarfi o maior problema enfrentado pelos consumidores e lojistas”, consta no Ofício.

DC CMFI