Observatório homenageia ex-presidentes e convoca cidadão para monitorar gasto público
Entidade completa 15 anos e contabiliza R$ 80 milhões em economia ao erário ou aplicação adequada a partir da intervenção de voluntários.
Valorizar a história, fortalecer o trabalho do presente e construir o futuro. O Observatório Social em Foz do Iguaçu celebrou 15 anos em encontro no último dia 24, homenageando os ex-presidentes e convocando o cidadão a fazer parte do trabalho de monitoramento do gasto público, que soma mais de R$ 80 milhões em economia ao erário ou aplicação adequada a partir da intervenção de voluntários.
Participaram do seminário especial de aniversário voluntários, mantenedores e convidados interessados em conhecer mais sobre o trabalho. Ex-presidentes, desde a primeira diretoria, de 2009, compartilharam experiências, dificuldades, casos pitorescos e ações marcantes. O evento foi conduzido pela coordenadora do Observatório, Rafaela Buono.
Foram agraciados com uma placa individual os ex-presidentes Danilo Vendruscolo, Leonor Venson, Juliano Biccigo, Derseu de Paula, Beatriz Rodrigues e Giuliano Inzis, assim como o atual presidente, Jaime Nascimento. A condecoração enfatiza o zelo e a dedicação às atividades, que são 100% voluntárias.
O encontro contribuiu para renovar as vontades coletivas em prol do controle social, asseverou Jaime. E enfatizou que todo morador iguaçuense pode juntar-se à entidade no monitoramento da gestão e do gasto público, sendo a não filiação partidária o único critério, portanto bastando amar Foz do Iguaçu e desejar contribuir com a melhoria da cidade.
“Reunir ex-presidentes, cada qual com grande contribuição para a nossa entidade, voluntários, mantenedores e novas pessoas que querem ajudar nesse trabalho é revigorante”, comentou. “Essa união é porque acreditamos que juntos, com metodologia e trabalho, fazemos e podemos fazer ainda mais a diferença em Foz do Iguaçu”, realçou Jaime.
História que se fortalece
No painel mediado pelo voluntário Haralan Mucelini, ex-presidentes enalteceram a contribuição da ACIFI e do Conselho da Mulher Empresária, entre outras instituições, para a criação e manutenção do Observatório Social. Rememoraram como surgiu o controle social, primeira gestão, mobilização da comunidade e aprendizados.
Danilo Vendruscolo salientou as mudanças e melhorias que são possíveis na cidade por meio do controle social. “Precisamos cada vez mais de jovens e de pessoas conscientes participando desse trabalho fundamental de acompanhamento das ações do poder público, que é uma demonstração de cidadania”, sublinhou.
Já Derseu de Paula rememorou: “Fomos contaminados pela ideia do controle social.” E complementou: “Entendemos que não precisa de uma lei para o cidadão exercer esse acompanhamento do poder público, é um direito seu e uma obrigação”, elencando casos pitorescos, como a atuação diante de uma compra pública de papel-carbono, item que já não se usava mais.
A mobilização foi a abordagem central de Juliano Biccigo, que contou o esforço em participar de todos os eventos e fórum. “O controle social é muito eficiente com poucos recursos materiais e humanos, enquanto o controle feito pelo poder público tem pouco resultado com muitos recursos”, frisou.
Beatriz Rodrigues lembrou o trabalho árduo para conscientização quanto às práticas de gestão governamental. “Percebemos que, anos depois, muitos dos problemas permanecem. Enquanto a mentalidade política não mudar, o Observatório seguirá com seu trabalho necessário”, pontuou.
Grupos de trabalho
No painel sobre grupos de trabalho (GTs), a diretoria do Observatório Social elevou o convite para que voluntários e novos colaboradores integrem esses colegiados. São cinco: Contas Públicas, Educação, Meio Ambiente, Obras e Saúde – e o grupo municipal de Educação Fiscal.
O voluntário João Marra apresentou o GT de Obras, ressaltando a ação que está sendo desenvolvida junto com o Tribunal de Contas da União (TCU) para retomar quatro mil obras de escolas paradas. Sobre Contas Públicas, Amabily Fruttos expôs cases com base na análise de licitações e procedimentos da gestão municipal.
Do GT de Meio Ambiente, Maria de Fátima dos Santos e João Tsuzaki contextualizaram descarte e reciclagem de lixo. E Haralan Mucelini detalhou as ações dos grupos de trabalho de Saúde, que está enfocando a análise de mortes materno-infantis, e de Educação, que examina planos orientadores dessa política pública.
Fonte: (AI Observatório Social em Foz do Iguaçu)