Na celebração de 122 anos do Marco das Três Fronteiras, a apresentação da Banda do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizada encanta mais de 3,2 mil visitantes

O evento reuniu moradores de Foz do Iguaçu e turistas de diversas regiões do país e do mundo. Aniversário celebra instalação do obelisco no local em 1903 como símbolo da união e soberania das três nações

O Marco das Três Fronteiras celebrou, neste domingo (20), seus 122 anos de história com uma programação especial. A comemoração contou com uma apresentação da Banda do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizada, regida pelo 1º comandante Cláudio Márcio da Luz.

Com repertório marcante, a celebração histórica foi coroada com o pôr do sol, considerado um dos mais belos da região, e a presença de mais de 3 mil e duzentos visitantes de diferentes nacionalidades, além de moradores de Foz do Iguaçu, reforçando a importância simbólica do Marco das Três Fronteiras, como espaço de integração entre povos e culturas.

Entre os visitantes, esteve presente Pedro dos Santos, militar aposentado do Exército que, por 35 anos, atuou como maestro regente de diferentes bandas da instituição. Em Foz do Iguaçu há alguns anos, ele ensinou alunos de diferentes instituições da cidade a tocar trompete. Para ele, a apresentação reforça a importância da data, símbolo da união dos países trinacionais.

“Dei aula por oito anos para bastante criançada aqui em Foz. Para mim, as diferentes bandas que toquei no Exército foram a minha vida. A banda do Exército é muito importante, especialmente em um momento de celebração como este”, celebrou Pedro.

O obelisco que simboliza soberania nacional

Inaugurado em 1903, o obelisco marca o ponto exato do encontro dos rios Iguaçu e Paraná e, desde sua criação, celebra a soberania e o respeito mútuo entre as três nações vizinhas.
Foto: Diogo Justus/Equipe Marco Três Fronteiras

Inaugurado em 1903, o obelisco marca o ponto exato do encontro dos rios Iguaçu e Paraná e, desde sua criação, celebra a soberania e o respeito mútuo entre as três nações vizinhas.

O monumento, idealizado sob o comando do general Dionísio Cerqueira, simbolizou o fim dos conflitos territoriais na região após o período das missões jesuíticas. Segundo o condutor de turismo Francisco Amarilla, o Marco das Três Fronteiras, simbolizado pelo obelisco, consolidou a delimitação formal das fronteiras.

De “terra de ninguém” nas palavras dele, a delimitação do território foi passo marcante na história da região trinacional dando espaço a soberania de cada país.

Durante a celebração, também foram lembradas as raízes históricas e culturais da região por meio das tradicionais apresentações diárias que ocorrem no Marco das Três Fronteiras.

Com três metros de diâmetro e pintado com as cores do Brasil, o obelisco ocupa posição central na Praça das Três Fronteiras. Ele é o ponto de encontro entre memória, cultura e relações familiares e neste domingo (20), assim como nos demais dias, ganhou destaque com as luzes e apresentações que integram o espetáculo diário do Marco.

Tanto Francisco Amarilla quanto o jornalista Jackson Lima reforçaram a importância do monumento como símbolo da paz e sucesso diplomático. Para Lima, o marco representa uma rara e valiosa história de relações pacíficas entre fronteiras. “Espero que os próximos anos tragam ainda mais paz, pois o marco já é uma prova concreta de que a diplomacia pode prevalecer”, destacou Lima.

Assessoria de Imprensa Marco das Três Fronteiras