Cortejo pelo Rio Paraná e diversidade artística abrem o FECULT 2025 da UNILA
Festival celebra 15 anos da universidade com mais de 50 espetáculos, oficinas, exposições e atividades que conectam arte, ciência e sustentabilidade
O Festival de Culturas da UNILA (FECULT) inicia sua programação na próxima quarta-feira (10) com um cortejo em defesa dos rios, das águas e das artes, conduzido pelo coletivo argentino Remar Contracorriente, no Iate Clube Cataratas, às 10h. Voltado à preservação da Bacia do Paraná e ao manejo sustentável dos recursos naturais, o evento contará com ambientalistas, lideranças locais e representantes de povos tradicionais, agricultura familiar e agroecologia. O acesso é restrito a inscritos; interessados devem enviar nome completo e CPF até segunda-feira (8), às 12h, para proex@unila.edu.br.
O festival segue até 14 de setembro, celebrando os 15 anos da UNILA, com mais de 50 apresentações de música, dança, teatro, cinema, moda, literatura e gastronomia, além de oficinas e exposições. Organizado pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), o FECULT tem como tema “Arte, Ciência e Território – Por uma Cultura Sustentável”, incentivando reflexão sobre o desenvolvimento integrado ao conhecimento, ética e beleza, e valorizando as manifestações culturais da comunidade acadêmica e da sociedade latino-americana.
A dramaturga Denise Stoklos é uma das atrações principais, com a peça “Um fax para Colombo”, no dia 13, na UNILA-Jardim Universitário, com entrada gratuita. O teatro também contará com cinco apresentações de artistas da UNILA e da região, enquanto a dança evidencia tradições latino-americanas e regionais, como ritmos da Amazônia equatoriana, Bolívia, culturas afro-indígenas e danças andinas como morenada e diablada.
Na música, Priscila Cobra e Carimbó misturam sonoridades ancestrais e contemporâneas, celebrando a riqueza afro-indígena; da fronteira, se apresentam os grupos maracatu Kaburé e Alvorada Nova, e o grupo de choro Chorando de Verdade, transitando do erudito ao popular, incluindo música andina e regional.
As artes visuais ganham destaque com exposições como “La violencia en el espacio”, do Coletivo Contracorriente, sobre políticas urbanas e territoriais na Argentina durante a ditadura (1976-1983). O fotógrafo iguaçuense Christian Rizzi apresenta “Cores da Resistência”, retratando grafites no Muro do Apartheid, na Palestina. O público poderá conferir ainda “Peru: Arquitetura e Cultura”, de Máximo Hernández, e trabalhos de Lucie Schreiner, Val Jara Zen, Nacarith Helena Silva Ipuana e Ronaldo Moreira, além de pinturas de murais ao vivo e a exposição digital Mulheres Trabalhadoras da América Latina.
No dia 10, além do cortejo, a programação inclui os filmes “Prisioneros de la Tierra” e “A Erva Mate em Misiones” (SEST/SENAT, 14h30), o teatro Absolut – Pra te ver vivo (17h45, UNILA), dança paraguaia Angirũ (19h) e o debate com o cineasta Gustavo Castro, sobre seu filme “Notas sobre um Desterro” (21h15). Oficinas, rodas de conversa e visitas guiadas completam a programação, distribuídas entre UNILA, Unioeste, SESC, SENAC, SEST/SENATI, Fundação Cultural, Mercado Público Barrageiro e Iate Clube Cataratas.
Segundo a pró-reitora Andréia Moassab, “o FECULT valoriza o encontro entre comunidade acadêmica e sociedade, conectando arte, ciência e consciência ambiental para sensibilizar diferentes gerações”. Para Luciano Dutra Miguel, chefe do Departamento de Cultura da PROEX, o festival é “um espaço de diálogo que harmoniza tecnologia, sustentabilidade e inclusão, inspirado em práticas de organizações como a SBPC”.
O FECULT 2025 convida o público a participar de uma semana que une expressão artística e reflexão socioambiental, celebrando a diversidade cultural e o compromisso da UNILA com uma cultura sustentável.
Da Redação com SECOM
