Vamos resolver as pendengas antes da chegada do asteroide

Em sua coluna Rogério Romano Bonato mostra a trajetória do asteroide, comenta fatos cotidianos incluindo a discussão pelos 7% da renda do PNI; por fim, mata todo mundo de saudades ao reproduzir um vídeo de 1994, gravado no aniversário do jornalista João Adelino de Souza.

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O que é isso? É o nome que deram ao asteroide com risco – até o momento – moderado de encontrar o nosso planeta em sua trajetória. Em algumas semanas saberemos se há o potencial de um desastre cósmico, ou uma hecatombe, e se isso será fatal! E para sair de baixo? Se um objeto sólido de proporções consideráveis atingir o planeta, nem o Elon Musk se safará, com os seus foguetes de plástico. Bora começar a rezar.

Asteroide com 2% de chance de atingir a Terra mobiliza China ...

Reprodução de gráfico disponibilizado pela ESA – Scienfe Office e publicado pelo portal Poder 360

Saúde do Papa

Segundo os informes, a condição clínica do pontífice, de 88 anos, ainda é complexa. O papa Francisco sofre com uma infecção “polimicrobiana” das vias respiratórias e que sua situação clínica é “complexa”. “Os resultados dos testes realizados nos últimos dias e hoje demonstraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório que levou a uma nova modificação da terapia. Todos os exames realizados até o momento são indicativos de um quadro clínico complexo que exigirá internação hospitalar adequada”. É a íntegra do boletim expedido pelo Vaticano.

E o que é a doença?

Os médicos conceituam como uma evolução do quadro de bronquite “potencialmente grave”, sobretudo pela idade. Isso, em geral ocorre, quando um idoso pega uma infecção viral, como a bronquite e a imunidade do sistema respiratório diminui, o que faz com que ele fique muito vulnerável. O fato é que o papa vem sofrendo uma série de fragilidades com a saúde e como é inquieto e não para nunca, vive correndo riscos.

Lá vem o Carnaval

A folia tem tudo para ser das boas em Foz, mas sempre é interessante olhar antes para a saúde, porque o período é de aglomerações. Depois que este colunista contraiu dengue e covid ao mesmo tempo, no Carnaval, sente um arrepio só de ouvir uma marchinha, por mais alegre, inofensiva e inocente. Prevenção é tudo! Os mais receosos podem se fantasiar de astronauta, que é mais garantido. O problema é entrar nos banheiros químicos vestindo o traje espacial.

Calor e chuva

Foi bom saber que Foz do Iguaçu estará bem visitada no Carnaval. Até ontem quase 40 mil pessoas confirmaram reservas e passagens aéreas, sem contar o povo que viaja pelas estradas. Mas a maioria não quer muito saber da folia e escolhe a nossa cidade para fugir dela. A previsão ainda é de calor e, com pancadas de chuva, como as que desabaram na manhã de ontem e ocasionaram a queda de energia em várias localidades. O aguaceiro ajudou a derrubar um pouco a temperatura, no entanto, aumentou a umidade. As recomendações para hidratação ainda valem. O tempo anda maluco e pode virar de um momento ao outro.

Charanga no compasso

O bloco Papai Urso que assumiu também a paternidade da Charanga da Yolanda está atendendo a todos os requisitos do Foztrans e organiza o espaço na última quadra da Avenida Iguaçu, bem próximo da Avenida Imigrantes. Com a experiência de vários carnavais, estudam a posição do palco, dos sanitários e o que mais será oferecido aos foliões. Logo terão um projeto de ocupação da área. Há um diferencial, porque o público esperado é bem diferente daquele que vai ao centro da cidade. Segundo uma informação, o local vestiu como uma luva aos que esperavam uma festa mais comportada e a novidade é que os guias de turismo devem levar muita gente de fora até lá.

A Charanga

O evento acontecerá aos moldes do finado Carnaval da Saudade, que aliás, no trocadilho, deixou foi mesmo muita saudade aos frequentadores de blocos e quem apresentava a maior festa popular brasileira aos filhos e netos. A notícia reavivou o ânimo de muitos foliões e para se ter ideia, até a tarde desta terça-feira, seis blocos havia confirmado a presença. Inicialmente a festa planejada para acontecer na terça-feira, e, portanto, encerrar a folia, vai acontecer no sábado, ajudando a abrilhantar a abertura do Carnafalls, assim carinhosamente apelidado pela população. Ainda abordando condições sanitárias, a Charanga tem tudo para cheirar repelente e protetor solar, porque atende a faixa de quem mais utiliza dos produtos. O dono de uma farmácia revelou que tais produtos são em 80% adquiridos por pessoas acima de 60 anos ou para protegerem crianças.

De olho no ingresso

Estão organizando Audiência pública reivindicar repasse de parte da receita do Parque Nacional do Iguaçu. O vereador Bosco Foz é quem fez o requerimento e espera que parte dos 7% da arrecadação do estado fique no município. Quando soube da movimentação, uma leitora enviou mensagem a este colunista: “mas o defunto ainda está fresco, e a ação ainda vai papar nas instâncias superiores, é muito cedo pensar nos 7%, além do mais, isso é uma competência do Estado, na sua queda de braço com a União. R.S.T.V pediu para não ter o nome divulgado. Simplificando, e metaforicamente, o vereador vê o cavalo passando, encilhado, e não quer deixá-lo ir embora. Não será possível reivindicar, por exemplo, depois da sentença definitiva. É certo a cidade demonstrar o interesse e tentar fisgar a fatia.

Promessas & promessas

Os governos sempre disseram que reverteriam uma parte da renda que é repassada aos órgãos federais em benefício do setor de Turismo de Foz, para ajudar na divulgação do destino, dentre outras providências. O caso é que o Parque Nacional do Iguaçu, o Parque da Tijuca e Jericoacoara, são os mais visitados do país; juntos recebem juntos cerca de 7.5 milhões de visitantes ao ano e a parque repassada para as competências é usada para sustentar uma penca de outras unidades. Por essas e outras, dizem que não é possível atender aos anseios das cidades que abrigam as maravilhas naturais.

Campeão

O Parque Nacional do Iguaçu é o segundo da lista, recebe anualmente 1.8 milhão de visitantes. Jericoacoara é o terceiro, com 1.5 milhão. O Parque da Tijuca dá uma surra em matéria de visitação, com quase 4.5 milhões de visitantes esperando orar para o Cristo Redentor e de lá, apreciar o Pão de Açúcar, a Bahia de Guanabara e uma das cidades mais bela do mundo, o Rio de Janeiro. Lá de cima O Rio é muito belo mesmo. Embaixo nem tanto, nos últimos tempos.

Fatia minúscula?

Se alguém pensa que 7% da renda de um atrativo natural é tão pouco, como aliás andam comentando, se engana e redondamente. Se o propósito de Foz é se tornar cada vem mais sustentável para ser incluída com valor no Corredor da Biodiversidade, no processo de recomposição da Mara Atlântica, ligando o PNI à Ilha Grande, haja grana para investimento. Neste ponto, a reversão é mais do que justificada. Muitos se esquecem que há esse compromisso, de repor o que foi roubando nos ciclos econômicos.

Estrago

Por pouco o blá-blá-blá irresponsável, até mesmo por meio de articulistas de peso e veículos importantes, não causa um grande arranhão na lataria da verdade. Alardearam a tal maneira que o PNI passaria ao Estado do Paraná, que isso fez chover gente perguntando como o governador Ratinho Júnior passaria a lidar com a situação. Se apenas um pedacinho da área, o local onde funciona o hotel e a faixa das quedas causou esse rebuliço, imagina se fosse a área toda. Certamente os empreiteiros estariam no Palácio Iguaçu com os projetos da Estrada do Colono embaixo do braço, prontos para rasgar a mata. O fato é que3 quase nada vai mudar, pelo menos nos próximos 30 anos. Como serão as negociações para licitarem a exploração turística e sustentável no futuro, “isso são outros quinhentos”, uma frase recorrente nestas colunas, uma vez a dúvida que sempre há em muitos assuntos. Como sempre o futuro ainda é “a caixinha de surpresas”.

Obras estruturantes

Moradores e empresas afetadas pelas grandes obras na área Sul andam contabilizando os prejuízos. A maioria está muito feliz e esperançosa, mas não no geral, há quem contabilize os prejuízos com os atrasos. “Fiquei meses sem receber a freguesia, porque não havia como chegar e muito menos estacionar no meu pequeno empreendimento; além do mais a poeira, o barulho e o tudo mais decorrente do progresso. A duplicação é um sonho da cidade, mas para mim e a minha família se tornou um pesadelo, tirou o pão da mesa e amargamos muitas necessidades com esse tempo cada vez mais prolongado”, desabafou um comerciante que preferiu se manter no anonimato.

Indenizações

Por essas e outras, há um grupo se mobilizando para conversar com os responsáveis pela obra e saber da viabilidade de alguma compensação, antes ou depois da obra. Aqui entre nós, depois, a situação ficará bem mais fácil, porque as obras prontas facilitarão a vida de muita gente, os que usam e trabalham nas cercanias da Perimetral Leste e Avenida das Cataratas, ou BR 277.

Memória tem nome

“O tempo passa, o tempo voa e nem a poupança Bamerindus” ficou numa boa, parodiando o jingle da instituição defunta. E dá-lhe o povo falar em memória para cá… memória para lá, mas poucos se dedicam a ela, como a sociedade deveria. Algumas figuras e o trabalho de suas vidas simplesmente desaparecem pela falta de registo e permanecem na “memória” de quem vive e isso, sabemos, tem vencimento. Mas há um profissional da imagem e comunicação que realiza um trabalho espetacular. Ele está se convertendo no nosso museu privado da Imagem e do Som. Trata-se do João Pedro Mello Porto que além da sua atividade de fotógrafo e cinegrafista, tem se dedicado incansavelmente em recuperar e digitalizar imagens antigas. João desenvolveu tecnologia para transferir as imagens de rolos de 8, 16 e 35 mm; VHS, Beta, super 8, e outros tipos de filmadoras para a perpetuação digital. Possui um acervo inimaginável sobre Foz do Iguaçu e seu passado até bem distante.

Prestação de serviço

Quem não possui em algum baú uma fita com o aniversário dos pais, filhos e netos, e não descartou por estimação? Basta levar para o João Pedro que ele recupera, se for possível. (45) 99926 6397 é o contato dele.

A morte pela saudade

Nesta terça-feira o JP, como é apelidado pelos amigos, enviou uma gravação que quase causou um baque neste colunista. Quase coisa nenhuma, “causou” sim. Na “fita”, aniversário do jornalista e amigo Adelino de Souza, em 1994, ele chega em festa surpresa com uma das filhas ao colo. É recebido pelo Omar Tosi, depois Emerson Wagner, Adair Leandro o Gauchinho, e, na sequencia é abraçado por todos e bem como pelo Juvêncio Mazzarolo, Adelmo Muller, Chico de Alencar e finalmente por este colunista, o Rogério Bonato, para os que ainda não sabem ou desconfiam que se trata do autor do espaço. Descontando eu e o Adelino, todos os personagens da cena habitam outros andares pós existência. Claro, ele também foi cumprimentado por muitas outras pessoas que ainda gozam de boa saúde, Graças a Deus! Há 32 anos no túnel do tempo…rsrsrs (Assista a gravação na íntegra), com a devida permissão do João Pedro.

Rogério Bonato em foto de Áurea Cunha