Um conjunto de fatos

 Por Adilson Pasini

 

A política é um conjunto de fatos: fatos com decisões; fatos sociais e fatos jurídicos. Nesse jogo está o eleitor, aquele que vai às urnas para cumprir com a sua função de cidadão.

Será que o eleitor vai às urnas consciente? Ou vai porque se encantou com os planos de gestão do seu candidato? Ou vai às urnas sem entender o jogo das palavras dos concorrentes aos cargos? São dúvidas, mas diante do volume de informações, acredito que o eleitor vai às urnas sabendo muito bem quem está blefando.

Podemos dizer que os discursos políticos são, por excelência, jogos de aparências e que qualquer palavra deve ser entendida à risca. Agora, de um lado, é a hora de avaliar, e do outro lado, é a hora de oferecer posições concretas para quando estiver no comando do poder. Nessas eleições as acusações não vão faltar e assuntos descontextualizados vão chover nas redes sociais pelas bandas ideológicas.

Uma pergunta: Por que ser de direita ou de esquerda? Os estudiosos se debruçam em busca de explicação. As razões que norteiam a esquerda, por exemplo, segundo o francês, Bertrand de Jouvenel, são três:

  1. A primeira razão é o desconhecimento do processo do mercado empresarial, e para entender é preciso dedicar horas de estudos, o que não faz parte da rotina dos que pertencem a este grupo.
  2. A segunda razão é a soberba, eles acreditam que são mais inteligentes do que o resto da humanidade.
  3. A terceira razão é o ressentimento, porque não conseguem obter sucesso e prestígio no livre mercado.

As razões que norteiam a direita, resumidamente, são três: os princípios, o grau de produtividade e a coerência. A maioria dos intelectuais acham que o mundo é cheio de valores injustos, entendem que o prejuízo é um conceito natural e que o lucro é a submissão das massas, não obstante, se apresentam como porta-vozes do socialismo.

Enfim, estamos entrando na reta de tornar conhecido o desconhecido, mostrar a cara, isso porque o eleitor sabe muito bem definir a vida do candidato, principalmente, dos que defendem o direito de não regular a escrita, do contrário, você não estaria lendo este artigo, e isso é direito de expressão bem definido na vigente carta magna.

Adilson Pasini é professor universitário, auditor, bancário, escritor e colaborador do Almanaque Futuro