Sâmis imprime ritmo de adesões no ninho tucano e diz que fecha parceria com MDB; Jairo Cardoso ingressa no PSDB

Coluna do Rogério Bonato

Recorde

Ao debutar na política o General Silva e Luna já deve ter quebrado pelo menos um recorde: conseguiu ser o presidente de duas executivas de partidos em poucos meses, primeiro no Republicanos e agora no PL; a Certidão de Composição circulou ontem nas redes sociais, no status de Órgão Provisório, o que não quer dizer absolutamente nada no contexto eleitoral.

Composição

A executiva do PL é composta (pela ordem do documento) por Cláudio Henrique dos Santos Costa, como primeiro vice-presidente; Gabriel Rugoni Machado (vogal); Joaquim Silva e Luna, presidente; Jorge Ricardo Aureo Ferreira, secretário. O Paulo Cezar Tremarin é o tesoureiro; isso quer dizer que pelo menos os uniformes estão garantidos. Ao que se entende, em Foz, as pessoas não ingressam nos partidos, pegam para elas. Mas isso faz parte do jogo e da democracia.

Federações Partidárias

No Brasil, ao que se sabe, há três Federações registradas no TSE, a Federação Brasil da Esperança, que reúne as siglas PT, PC do B e o PV; a Federação PSDB/Cidadania, que congraça os dois partidos e por fim, a Federação PSOL/REDE (Sustentabilidade); as demais siglas estão espalhadas e formam esse enorme mosaico de cores e ideologias, dizem. Claro, boa parte se junta como pencas no enorme bananal político em que o Brasil se converte quando o assunto é eleição. Em Foz, ainda é um pouco difícil saber qual banana encontrará o seu cacho. Mas já dá para ter ideia.

As vantagens do cacho

Como todos imaginam, uma das lutas na composição partidária é somar tempo de televisão nos horários cedidos ao T.R.E. e, assim, suprir a propaganda eleitoral. Quanto mais tempo, melhores as chances de os candidatos passarem suas mensagens e convencerem os eleitores. Ou desconvencerem. É quando tentam dourar a banana. O problema é que dependendo, uns e outros acabam “dando bom dia aos cavalos”, ou seja, falam além da conta e se expõem desnecessariamente, com artifícios contraditórios e produções ruins. Mais tempo de Tv e Rádio também implica em grana para pagar as produtoras, apresentadores, locutores, artistas, efeitos especiais (em acordo coma legislação) e toda a plástica necessária de convencimento, seguindo ordens dos marqueteiros e redatores.

Difícil

Há quem obedeça a esses critérios e se dê bem, mas em sentido oposto, existem “professores de Deus”, os que acreditam que sabem tudo e acabam errando. Há exemplos e Paulo Mac Donald é mestre nisso, em atropelar os profissionais da área da comunicação. Na última eleição contava com os serviços de ninguém menos que Rogério Mainardes, uma das maiores cabeças do setor, responsável pela construção de várias marcas empresariais e políticos no Paraná. Paulo se atravessou e perdeu a eleição. Há outros fatores, mas desprezar a visão alheia é uma de suas especialidades. Tomara tenha aprendido a lição.

E o Paulo? 

Havia uma certa atenção até o início da noite da quarta-feira. O futebol estava para começar e Mac ainda não havia assinado a ficha no PP, ou melhor, não se sabia se ele já havia cumprido o ato ou não. Que barbaridade! Tinha gente roendo as unhas! Um amigo questionado disse: “só ele é que sabe”.

De volta ao bananal

Sâmis da Silva não sairá do PSDB nem se lá chover canivete. Está muito bem entrosado com Beto Richa e amarrado com outros partidos, leia-se o MDB, seu berço natal, fraterno, paterno e materno. Não há chances de romperem uma aliança assim, a não ser que ocorra algum problema, do tipo decisão judicial, por exemplo. Pelo momento, PSDB e MDB estão calcificados. Segundo apurado, há outras quatro legendas em conversação. O ex-prefeito não está brincando de eleição. Ontem filiou o vereador Jairo Cardoso no ninho tucano.

Plantação

O que se sabe é de políticos correndo para garantir um lugar seguro no cacho, com sol, sombra e água fresca. O terreno é fértil para anunciar celebridades do legislativo nativo saindo de um lado para outro. O vereador Rogério Quadros, por exemplo, assinou a ficha no PSD (Foto), é, portanto, mais um nome viável para compor chapa com o General Silva e Luna, uma vez que o partido se encaminha para aquelas bandas. O momento é exatamente este, de definir onde os personagens da política se filiarão; as alianças ocorrerão para valer só depois das convenções, a partir de julho, entre os dias 20 até 5 de agosto. É preciso muita prudência e suco de maracujá para acalmar os afoitos.

Banana caturra

Paulo Mac Donald Ghisi, por sua vez, anda conversando com várias pessoas e partidos. O movimento aumentou tanto em frente ao seu edifício, que há gente pensando em abrir um boteco bem do outro lado da rua, com pastel, pão de queijo e café quentinho. Paulo sempre pensa em tudo. Olhando a quantidade de gente, vai ganhar mais dinheiro que no mercado imobiliário, meio parado pelo momento, dizem. Entre as conversas, a mais recente foi com o Sérgio Caimi.

O descasque

Para começo de conversa, foi o Paulo quem chamou o Caimi. Isso faz uma diferença no ponto de vista da aproximação. O encontro passou de 40 minutos, deixando muita gente impaciente do lado de fora. Diante disso foi fácil saber da reunião. Alguém relatou ao celular que se atrasaria: “Estou aqui na esquina da Xavier da Silva, esperando o Caimi sair da sala do Paulo, faz um tempão que entrou lá”, disse um político, com ares de desesperado. O que conversaram já são outros quinhentos. Alguém pulou o muro e ficou bem embaixo da janelinha do banheiro que dá para a sala do Mac; entre risadas, provérbios e metáforas, deu para saber que o Caimi mantém a pré-candidatura pelo PMB e além do mais, fechou a chapa com 16 pré-candidatos à vereança, com cinco mulheres e 11 homens. Sérgio trabalha novos nichos profissionais e vai manter a cabeça focada até beirar o final de junho e início de julho.

Janela fechada?

O prazo é esta quinta-feira 04 de abril. Outro partido que anda passando o sebo nas canelas é o União Brasil. Com habilidade e dependendo o aceite na chapa vereadores com mandato, o partido ainda tem tudo para fazer sucesso nas urnas. A agenda do Zé Elias deve estar concorrida. Há muito interesse em saber como será a “martelada” com o João Morales, se é que precisarão bater o martelo? O presidente da Câmara é um nome com potencial para reeleição e também na disputa ao cargo de prefeito ou vice. Segundo informaram, a legenda anda um tanto seletiva.

Efeitos

Não foi possível acompanhar o curso do julgamento de Sérgio Moro nesta quarta-feira; ele foi suspenso, mas a manifestação do relator foi suficiente para injetar gás no balãozinho de pessoas afetas ao União Brasil. Segundo apurado, bem apurado e já escrito, o espaço de João Morales está garantido em caso de disputar a reeleição; quanto a outros voos há a questão da envergadura nas asas. Segundo uma fonte de cocheira, João teria sido cogitado para ser vice de dois pré-candidatos. O que há é um mistééééééééério em qual nome o “União” terá para a vaga de prefeito. A majoritária é um tema sensível. Bom, o mistério não é tão grande assim, o próprio Zé Elias encabeça a lista. Mas há o quinto elemento.

Rescaldo

O que as pessoas não podem ignorar é a votação de Sérgio Moro em Foz do Iguaçu, 27,59%, com 38.565 votos. Perdeu apenas para o Paulo Martins que ficou de fora. Em seu exercício, independentemente os trancos no mandato, coma a pendenga da cassação, Moro atendeu a várias emendas, todas desenhadas pelo Zé Elias, entre elas, as que foram destinadas às importantes associações, como a APAE, APASFI, Sociedade Civil Nossa Senhora Aparecida, Centro de Nutrição Infantil, Ass. Basquetebol de Foz do Iguaçu, Cáritas e Rotary, superando 1.2 mi de emendas individuais. Ações assim contam. Mas no caso do União Brasil, como mencionado antes, há um quinto elemento de olho nas forças da natureza, ou melhor, o deputado federal Felipe Francischini. Ao que se sabe as conversas dele com a base são bem sólidas. O fato é que apesar das querências, o jogo segue até julho.

A casca da banana

Enfim o bananal político continuará em evidência por long, long time. Tomara alguém não se ofenda com os comentários, pois aqui mencionamos pencas, cachos e o bananal, e, não diretamente as bananas. O problema é que mesmo assim, será um caminho difícil para todos, elevado o número de casas espelhadas pelo caminho. Escorregões não faltarão, bem como os tombos.

E o Chico?

É uma das perguntas mais relacionadas pelos leitores. As informações são diversas e difusas. Uns dizem que está de braços dados com o General Silva e Luna e outros garantem que metade do seu estafe incorpora a pré-candidatura de Sâmis da Silva. Eita que isso ainda vai render lágrimas. Se Júlio Cesar soubesse os perigos da escadaria, teria usado a porta dos fundos do Senado Romano. O Corvo fica tentando compreender como o Nilton Bobato se defende bem no meio da bola dividida.

Atendendo ao chamado

O PSD é o partido do governador Ratinho e ele se declarou em favor do General Silva e Luna, sendo inclusive um dos artífices pela tomada do forte, ou seja, do PL. Tudo indica que o seu partido, no mínimo, indicará alguém para compor vice do General. Isso até resolverem aumentar a escadaria, vai saber? Como confidenciou o Dr. Nelso Rodrigues, da Rádio Cultura, “Pai Divino, nunca tinha visto isso!”.

Relação ambígua

Outra coisa para se pensar muito, é no teor do acordo entre Ricardo Barros e o governador? Como podem incorporar o governo e, ao mesmo tempo, atuarem como adversários em vários logradouros? Haja elasticidade hein? O que será está selado de trás dos montes? Certas coisas, é melhor a gente nem ficar sabendo.

Aniversariante do dia!

Vamos deixar um pouco a política de lado e parabenizar alguém que não tira o olho dela, o advogado Vilmar Cavalcante de Oliveira, amigo de longa data e que alcança a marca da maturidade, esbanjando saúde! Bem-vindo à melhor idade Vilmar, neste dia 04 de abril ele carimba 6.5, o passaporte para os melhores anos da vida! Se bem que ele não esconde e é mesmo para ser festeja e, elogiado, pois basta olhar para o causídico e rapidamente concluir que não chegou nem aos 40 anos. Bebeu água de alguma bica rejuvenescedora! Feliz aniversário amigo!