Pedro Lichtnow e o Desafio Existencial

O autor faz o questionamento: "Quando o trabalho deixar de ser necessário, o que dará sentido à vida humana?"

Com o avanço acelerado da inteligência artificial, @elon_ofical prevê um mundo onde o trabalho humano deixa de existir em poucas décadas. Máquinas assumem quase tudo — e a transição já parece inevitável.

A alta produtividade reduz custos e cria abundância real: produtos e serviços baratos, acessíveis, sem depender da força humana. O trabalho deixa a necessidade e vira escolha — um ato de criação, não de sobrevivência.

Para sustentar essa nova estrutura, surge a necessidade de uma renda universal, não como ideal, mas como ajuste lógico de um mundo com produção quase gratuita.

Sem o trabalho como eixo da identidade, nasce um dilema profundo. Durante séculos, estruturamos a vida em torno da profissão, do estudo, da carreira, do ganho financeiro. Crescemos para “ser algo”. Se essa moldura desaparece, o que sustenta o sentido da existência?

Imagine um planeta que não exige advogados, médicos, jornalistas, professores, programadores ou construtores. Funções antes indispensáveis tornam-se opcionais.

Surge um desafio imenso: conciliar abundância com propósito; tempo livre com identidade; fartura com a dissolução das crenças sobre dinheiro, produtividade e utilidade.

Ainda assim, o ser humano se reinventa. Quando um pilar cai, outro aparece. Talvez emerjamos como pensadores do tempo, exploradores da consciência, arquitetos de novos sentidos.

Os dilemas do futuro já batem à porta: clima, vida interplanetária, ética entre humanos e máquinas, seres híbridos, novos horizontes evolutivos.

O futuro dependerá menos do desaparecimento do trabalho e mais da reinvenção de nós mesmos.

Pedro Lichtnow é Autor, Palestrante Existencialista, Neurocomunicador, um apaixonado pela Física quântica e Especialista em Consciência e Desenvolvimento Humano