Partidos seguem em busca de alianças e “chapas puras” não impactam
No ambiente das "pré-candidaturas" algumas propostas são encaradas como "cortina de fumaça", oferecem uma visão turva e não convencem eleitores. Leia a coluna de Rogério Bonato.
PT resolve entrar na briga
O Partido dos Trabalhadores de Foz está agitando os companheiros para o lançamento de uma chapa com Dilto Vitorassi e Fernando Duso, prefeito e vice respectivamente, certamente ainda na condição de pré-candidatos. A cidade toda fica sabendo das conversas entre eles e outros partidos, o que nunca foi um segredo, porque tudo o que fazem, se torna alvo de especulações dos filiados. Qualquer movimento vai parar nas redes sociais. O evento será neste 22 de junho, às 19 horas, no SITROFI.
Chapa pura
Então vamos pensar: Vitorassi & Duso lançam a pré-candidatura praticamente em cima do laço. Outros partidos deixam em aberto a vaga de vice, para negociar. Há quem garanta que o propósito do lançamento é fazer cortina de fumaça, uma vez que as conversas entre a dupla e o PSDB estariam bem adiantadas e com o aval de Beto Richa. No ano passado, Vitorassi dizia abertamente que as conversas entre o PT e o Beto (PSDB) andavam de vento em popa, intermediadas pela deputada Gleisi Hoffmann. É verdade que muita coisa mudou, Sérgio Moro se safou e não haverá eleição para a vaga no senado e por isso os acordos podem ser desfeitos, mas vai que a amizade se calcificou?
Ainda é cedo
Amigos, em matéria de articulação política, um dia dura bem mais que um mês, em tempos normais. Muitas coisas acontecem em questão de hora, logo, será assim até a largada oficial das eleições. E, quando o assunto é o PT, num mesmo dia ocorrem tempestades, chuva, neve, neblina, frio, calor, o sol aparece e se esconde, e assim vai, com um fato atropelando o outro. É o jeito de fazerem política; sempre foi assim e assim sempre será.
Respeitar
E tem outra coisa, dizerem que o diretório de Foz vai respeitar influência de Curitiba e Brasília, isso está no campo da lenda. Há uma rebeldia indomável entre os grupos e eles não são chegados em ordens de cima. Pode ser, sejam obrigados a engolir os rumos da Federação, mesmo assim farão guerrilha, com as alas apoiando quem bem entender. Hoje o PT de Foz é dividido em três correntes, a Turma de Duso & Vitorassi, André Alliana e seus parceiros e uma ala que não concorda com as duas vertentes.
Enquanto isso…
…passam apuro os candidatos a vereadores e vereadoras, porque vivem a realidade de verem o PT distante de uma vaga na câmara, e isso pode acontecer em razão da desunião e quedas de braço entre as alas internas. Partidos unidos em todos os propósitos possuem bem mais chances de sucesso na colheita de votos, sobretudo em evento difuso ideologicamente.
A quadra movimentada
Não está errado avaliar que o cenário eleitoral de Foz do Iguaçu se parece com jogo de queimada, onde um tenta eliminar o outro com bola nas costas e em outras partes do corpo. Mas olhando para isso, é possível imaginar que de um lado, há uma porção de jogadores e de outro, o Paulo Mac sozinho, desviando das boladas.
Os vices
Acreditem, a lista de vices está diminuindo. Isso é matematicamente razoável, porque a arrumação política causa o agrupamento e ele reduz o espaço para o posto de vice-prefeitos. Além do mais algumas chapas já amarraram a composição e os nomes dão pista de como será o “matrimônio”. Parece coisa de festa junina. Outra vertente é que muitos já se deram conta que não podem perder tempo esperando a unção e para isso, abandonam as negociações e partem para garantir vaga de vereador.
Seo Deoclécio
Vira e mexe alguém espalha que Deoclécio Duarte pretende ser candidato a prefeito e até vereador, pelo Avante. Essas informações não conferem e, em geral, surgem nas redes sociais. Muitos não fazem isso por maldade e sim pelo fato de conhecerem o empresário, considerando-o alguém capaz e com importância para ingressar e compor o ambiente político da cidade. Mas o Deoclécio trata o assunto de modo cortês e responde à rapaziada de que é amigo dos candidatos e não pretende disputar vaga de prefeito e nem de vereador. Mas se convidarem para vice ele vai pensar no assunto. Como o Deoclécio, outros empresários estão na lista de composições, mas lá pelas tantas eles olham para os negócios e as responsabilidades sociais e depois é que decidem. A política é muito envolvente, exige dedicação e isso às vezes é um perigo no mundo empresarial.
União Brasil começa a jogar
O empresário Zé Elias é o pré-candidato a prefeito e o UB trabalha na afinação da lista de vereadores que conta hoje com 25 nomes. Olhando para o cenário, o partido possui o mesmo tempo de TV dos atuais ensaios de coligações. Por isso a ideia é a montagem de uma chapa pura. O maior tempo de Tv até o momento é o do possível agrupamento de partidos em favor do General Silva e Luna, com alguns minutos a mais que o União Brasil.
Preparativos
José Elias montou uma equipe e trabalham o “Plano de Governo”. Algo que aviusam antecipadamente, é que alguns pontos não serão negociáveis em caso de coligações, como a redução de 80% dos cargos comissionados, bem com a extinção de algumas secretarias, ou a junção e pastas. O União Brasil, segundo Zé Elias, tem como prioridade cuidar da cidade, da população e também zelas pelos funcionários públicos concursados, elevando-os em posições deliberativas. Em geral, as composições políticas relegam essa responsabilidade à pessoas estranhas, muitas das quais sem o conhecimento em áreas específicas, o que além de causar desconforto aos servidores, acaba causando transtornos na prestação do serviço.
Sociedade Civil
O União Brasil quer valorizar as associações de bairro e as entidades que compõem a Sociedade Civil Organizada, criando variáveis necessárias “para colocar a cidade nos trilhos”. Para isso estão começando a conversar com lideranças, como propósito de fazer valer o que seria uma União por Foz”. Vamos clarear aqui, que a coluna abre espaço para todas as pré-candidaturas, portanto quem desejar ocupar o espaço, basta informar.
Rogério Bonato escreve regularmente para o Almanaque Futuro