Partidos e pré-candidatos de Foz passam o dia fazendo cálculos

Somam tempo de televisão, gastos de campanha, composições, númerio de vereadores e depois dividem tupo pela quantidade de votos. Quem não souber matemática está lascado. Leia na coluna de Rogério Bonato.

Sem fenômenos

O fenômeno em Foz parece ser distante da polarização. Como a cidade, mediante pesquisa, pende mais para a direita, alguns candidatos fervem a massa cinzenta calculando de que forma aceitar partidos de esquerda na composição. Isso causa um “Deus nos acuda”.

 

E como é isso?

Conforme o resultado da pesquisa realizada pela Radar Inteligência com registro no TSE número PR-06064/2024, de 29/05/2024, que aliás está chegando ao “limite do gasto”, ou da utilização dos dados, o espectro político é a parte onde perguntam, em verdade a última questão do calhamaço de informações, com 108 páginas: “Ideologicamente o(a) Sr(a) se define como um cidadão ou cidadã de esquerda, centro ou direita? O resultado aponta que 12,3% dos entrevistados são chegados na “esquerda”; 14,1% são simpáticos à política de “centro” e, 38,2% se dizem de “direita”. Bem mais que o dobro do outro extremo. No entanto, 35,4%, não sabe ou não opinou. Com uma referência dessas os pré-candidatos precisam mesmo caminhar em ovos antes de aceitar apoio e até abrirem conversas com o povo da esquerda.

 

E o Bolsonaro?

O ex-presidente mantém força sim e, a chama é regulada por meio do desempenho do atual governo, isso não é segredo. Em Foz, se o Lula agradar em suas ações, os indecisos aumentam, mas isso não interfere muito no vespeiro bolsonarista. Quando a pergunta é: “o Sr (a) votaria em um candidato a Prefeito de Foz do Iguaçu apoiado pelo Ex-presidente Jair Bolsonaro?”, os índices são bastante significativos e altos em todas as regiões da cidade. Na Região das Três Lagoas, 61,6%; Região de Itaipu, 55,6%; Região do Morumbi, 51,9%; Região das Três Fronteiras, 73,3%; Região da Vila A, 59,0%; Região Central, 62,0%. A Região do Jardim São Paulo é a única que demonstra empate, com 50,0%.

 

Então vamos pensar:

O pré-candidato que se diz da direita é o General Silva e Luna, por sua vez articulado pelo governador Ratinho Jr e o seu PSD, personalizado no governo municipal. Uma das saídas para o crescimento é buscar votos na faixa de 35,4% de indecisos, mas essa massa também está de olho no desempenho de outras frentes. Paulo Mac Donald ainda concentra a simpatia de todas as ideologias acima de 50%, precisamente 56,7% da Esquerda, 62,0% de Centro e 56,3% da Direita. Se o General conseguir diminuir mexer no nicho de votos da direita, e, que hoje apoia o Paulo, ele mantém as reservas de Centro e aí a Esquerda também contribui. É um tabuleiro com as peças bem colocadas e o jogo não é para amadores. Qualquer desatenção pode causar um estrago. É preciso um estoque de erva cidreira, muito maracujá e água com açúcar para encarar o rojão. Se der uns goles de Dreyer de vez em quando. E isso porque a fornalha ainda nem esquentou.

 

Afinamento

O período das convenções se aproxima e o vácuo serve para afinar a orquestra, é quando acontecerão os enlaces definitivos, com os partidos se juntando e os partidários descontentes se espalhando onde der. Depois das convenções será um abraço no gaiteiro até o dia das eleições. Naturalmente, para quem está na frente, a briga é tentar sacramentar a decisão no primeiro turno, e os adversários que olham para essa possibilidade, usam de todas as artimanhas possíveis para causar o segundo turno. É assim que a barca segue o leito do rio. Tomara o debate seja bom e bem assimilado pela população.

 

Bobato trabalhando

Quem pensa que Nilton Bobato está só olhando os navios passarem ao largo se engana. Ele trabalha planos de governo, tanto que organizou uma discussão ocorrida na tarde/noite de ontem e um hotel da cidade, reunindo aproximadamente 60 pessoas. É a terceira realizada pelo grupo. “Independentemente de sair candidato ou não, o trabalho segue a correnteza”, revelou uma fonte próxima. Como esta nota foi redigida antecipadamente, não foi possível comentar o resultado. Fica para a próxima. Mas o Bobato sempre foi realista e diz aguardar a decisão da Federação Brasil Esperança. Ele quer apresentar o resultado do trabalho na primeira semana de julho, aí sim, com lançamento da pré-candidatura.

 

Modus operandi

Em verdade, fazendo as vezes de pré-candidato a prefeito pelo PV, o Nilton Bobato, cumpre um roteiro diferente do que tem sido visto em relação aos demais e prováveis futuros concorrentes. Ao invés de se preocupar com eventos de lançamento, ele faz reuniões com militantes do PV, pré-candidatos a vereador da Federação Brasil Esperança (PV, PCdoB e PT) e apoiadores e manda ver na proposta de plano de governo. “Só vamos fazer um ato de lançamento quando de maneira coletiva, construirmos uma proposta para Foz, que não seja apenas as ideias do candidato”, afirmou a este colunista o Nilton.

 

Falar nisso…

Uma notícia pautou os rumos das conversas que envolvem a Comissão Executiva Nacional do PT, que homologou, nesta segunda-feira 17, mais 15 pré-candidaturas a serem lançadas ou apoiadas pelo partido em cidades com mais de 100 mil eleitores. Cerca de 180 pré-candidaturas e coligações em compasso de avaliação para a indicação na estrada da Federação Brasil Esperança.

 

Chancelas

O PT está destinando apoio à vários partidos com ênfase ao PSDB, como este colunista tem corriqueiramente mencionado, mas há alianças com pré-candidatos do MDB, União Brasil, Republicanos, PSD e também PP. Foz ainda não apareceu na lista das negociações, mas segundo os especialistas no assunto, isso pode acontecer muito em breve.

 

Sonho de Valsa

Algo que parecia improvável na arte da política vem sendo realizado pelo Paulo Mac, de bancar o equilibrista de circo, girando as varinhas com a mesma quantidade de pratos da esquerda do Lula, direita do Bolsonaro e o centro da indiada que pende a balança. Como isso vai acabar, depende da habilidade de manter a louça girando. O sonho de consumo de todos os políticos é ter o apoio das três frentes.

 

Paulo viajando

As más línguas sempre dão jeito de estragar a festa. Paulo Mac esteve na capital prestigiando a convenção do PP, ao lado das estrelas paranaenses do partido, leia-se o deputado Matheus Vermelho & Cia, a família Barros/Borghetti e afins. Ele posou para fotos, acenou para a plateia e esteve no palanque. Mas há quem diga que dedicou um tempinho para conversar com os advogados, em razão de um recurso do MP, que não larga do pé dele. Bom, o ex-prefeito vive com um olho no peixe e outro no gato. Parece que no tour, ainda sobrou tempo para molhar os pés no litoral sul de São Paulo e conferir obras.

 

Seo Túlio

Entra e sai eleição e o advogado sempre dá um jeitinho de aparecer. E é bem por esses tempos, no vácuo entre pré-candidaturas e eleições que ele surge, de um jeito ou de outro. Como será o Túlio dará em 2024 o seu ar da graça?

 

A agitação dos vices

Contaram para este colunista que há uma dança das cadeiras envolvendo os vices do Paulo. Estão fazendo a roda, em acordo com a moda caipira (junina), o Ney Patrício, Kalito Storckl, Camilo Rorato, Nanci Rafagnin Andreola, Gilmar Piolla e até o Xisto do União Brasil. O partido anda fazendo cara feia, sobretudo depois do anúncio dando conta da presença de Sérgio Moro no lançamento da pré-candidatura do Zé Elias.

 

Olha a cobra!

No ritmo junino, a quadrilha segue o compasso e lá pelas tantas, surge a informação que a família Francisquini mantém uma ativa conversa com frentes partidárias além do UB, em Foz. Isso é um sinal de fumaça com várias interpretações. O fato é que viveremos muitas emoções (como diz o rei Roberto Carlos), durante o processo. O evento do dia 23, domingo, com a presença do senador Sérgio Moro, mantém a audiência nas redes sociais. O trio está sacramentado ao que parece, Zé Elias e João Morales cercam o ídolo do partido. Morales vai de reeleição na Câmara.

 

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