O que será que será?

*Por Rogério Romano Bonato_

Ontem fui ao Zoológico de São Paulo. Para muita gente é um passeio chato, onde os bichos estão enjaulados e entediados, longe de seus habitats. Mas embora isso seja verdade, é bom saber que além dos humanos, há tantos seres reféns de atitudes irresponsáveis, colocando tudo o que há em risco.

Mais tarde, olhando e ouvindo os noticiários; observando as atitudes do novo presidente norte-americano, não consegui imaginas como serão os encontros em defesa do clima, meio ambiente e, de que maneira encontrarão solução para amenizar a destruição do Planeta?

As atitudes benéficas ganham musculatura nas conferências mundiais, com promessas de controlar as emissões de gases, conter a temperatura e pelo menos, tentar manter a situação controlada. A posição de Donald Trump, de retirar os EUA das discussões pode causar um revés em todas as medidas duramente construídas, conquistadas desde Estocolmo, em 1972. O temor não é abraçado apenas pela decisão norte-americana, mas no risco de ser copiada por outras nações. Estados Unidos e China, os maiores poluidores, não estão ligando muito para os desastres ambientais, mesmo enfrentando-os a cada vez mais. Vai lá saber o que realmente pensam? Ou nem pensam.

A Natureza é bem mais inteligente que a humanidade e não deve ser subestimada. O aquecimento global é uma vingança direta e praticamente sem defesa para a raça humana e boa parte da vida que há no Planeta; até os bichos que estão seguros nas jaulas sofrerão as consequências.

No rastro dessa vingança, está a cada dia mais claro que a extinção do homem pode ser o principal objetivo para salvar o planeta, porque sem a espécie, tudo se arrefecerá, as emissões de carbono serão controladas, as temperaturas estagnarão, o ar voltará a ser respirável e o ciclo da água restabelecido, sem risco da escassez. Ao poucos o planeta voltará às origens e se reconstruirá por meio de novas espécies.

O “elemento humano”, que às vezes se julga mais importante que que a água, terra, ar e fogo, encara a situação de maneira estapafúrdica, como fosse a Natureza, sua implacável inimiga e para vencê-la, fará como sempre fez, destruindo-a cada vez mais.

Agindo assim, sem racionalidade, os humanos praticam um suicídio coletivo, uma asfixia com data marcada sem chance de até mesmo voltar para as cavernas. E pensar que a humanidade temia as bombas atômicas e guerras nucleares? Não é possível que a esta altura, a população terráquea ainda não de deu conta do caminho que escolheu?

E quando acreditamos que haverá solução, surgem nuvens desabando raios por todos os lados. Tomara algumas cabeças pensantes ajudem a reencontrar o rumo e isso nos dê paz, para que nossos filhos, netos, bisnetos possam desfrutar as dádivas que nos foram entregues e não soubemos cuidar. Vamos pensar mais nisso, porque vale a pena.