O Brasil e a Rota da Falência

Por Adilson Pasini –

Nas esfregas contra um governo que não agrada muitas pessoas, e, tudo indica que será assim a partir de 2023, o Brasil corre um sério risco de entrar na rota da falência. Muito será preciso mudar, e, respeitar. Vejamos, segundo a minha opinião quase seriam os primeiros dez conceitos que justificariam a minha abordagem.

01. Somos a primeira nação a eleger alguém em cargo executivo, com julgamento em curso. Nunca aconteceu antes nem no Brasil e em outros países democráticos. O julgamento do candidato foi anulado, mas é preciso ressaltar, que o processo segue na Justiça. Neste caso, até que paire a decisão, a honestidade está em jogo, e mesmo em suspensão, deixa de ser uma condição essencial. Isso, por si, é uma falência moral.

02. Se é como tantas pessoas discutem e acusam, o Judiciário estaria legislando em temas que pertencem exclusivamente ao parlamento. Do contrário, se fosse claro, os juristas não abririam tantas discussões. Isso é uma falência institucional.

03. O alinhamento de pessoas que se odeiam. O agrupamento de pessoas antes descartadas. O teatro das tesouras reacendendo e todas as manobras ajustadas antes e depois da eleição são desanimadoras. Isso é a falência política.

04. Descriminalizar pequenos delitos. Abandonar costumes e valores. Abrir espaço para a violência que destrói a economia. Isso é a falência da Ordem.

05. Para um povo de pouca instrução. Para um país sem técnicos no comando da nação. Nenhuma formação de líderes. Isso é a falência do processo sucessório.

06. O sistema judiciário está se desmontado? Dizem isso, tanto que pregam reformas o tempo todo e elas são adiadas. Se continuar assim, será difícil a sociedade encontrar a esperança de que todos são iguais perante a lei. Isso é a falência do Judiciário.

07. Com tantas indicações políticas, a chance de qualificar os serviços públicos é nula. Pessoas medíocres são incapazes de melhorar a qualidade do serviço que deve ser prestado. Isso é a falência administrativa.

08. O planeta continua vendo girafas e hipopótamos na Amazônia. O eleito não poderá se comportar como um espantalho útil, em modelo de exportação para agradar as grandes potências e quem, paga pelo carbono. É o que os agiotas mundiais precisam para sorrir. Isso é a falência globalizada.

09. A considerada grande mídia espera voltar a mamar nas tetas do estado. A contrapartida será noticiários enlatados? Sem dados reais? Sem contraditório? Sem liberdade de expressão? Isso é a falência da informação autêntica.

10. Quando o país finalmente estiver falido, não saberemos quem será o responsável pelo último gemido, mas saberemos quais foram os elementos causadores. Depois disse não vai adiantar chorar.

Adilson Pasini
Professor universitário, auditor e escritor.

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