Novo governo testa a máquina administrativa no primeiro mês

Em sua coluna, Rogério Bonato aborda as primeiras impressões de como a prefeitura de Foz se organiza com General Silva e Luna no comando.

*Por Rogério Bonato_

 

Avaliação
Ao final do primeiro mês de governo, o General Silva e Luna e sua equipe avaliam se a prefeitura é mesmo uma máquina potente ou uma Ferrari com motor de Fusca. Sabe como é, as aparências as vezes enganam.

 

Cartilha

O panorama é tão diversificado quem alguém anda pensando em editar uma cartilha, de A a Z, com cada uma das peculiaridades governamentais. Até agora o autor, segundo dizem, não ultrapassou a letra “C”, tamanha a lista de arranjos e prioridades.

Arranjos?
Dizem que o termo “arranjo” não faz parte do vocabulário do General prefeito, ou prefeito General. Ele odeia gambiarras e situações provisórias, mesmo emergenciais, prefere o definitivo, sem remendos. Já há pessoas se queixando em algumas secretarias: “poxa, o homem quer tudo nos miiiiiiiiiiinimos detalhes!

Sabatina
Como muitos nomes da atual administração são de certa maneira “estrangeiros”, a ordem do chefe é estudarem cada palmo e chão e a história de Foz. Esses dias, ao entrar no gabinete, um secretário foi surpreendido: “você antes fiquei em posição de sentido e cante o Hino da Cidade inteirinho, sem pular um único verso”, desafiou o General…e o nomeado começou a cantar…o que deu tempo suficiente para o chefe despachar, tomar café, almoçar, puxar um soninho e quando voltou, o homem ainda estava cantando…barbaridade!

Aí que medo...
Pois a notícia se espalhou e as filas de servidores e nomeados para falar com o prefeito simplesmente desapareceram.

Não é um gatinho
Muita gente estava acreditando na versão “apresentação” do General, dos tempos de campanha, igual a um gato peludo, fazendo cara de felino fofo. Acontece que aos poucos o bicho anda mostrando as unhas, os dentes afiados, as orelhas se movendo como radares e o rabo sempre torcendo de um lado ao outro. O fato é que se o General parecia manso, em verdade não é. Mas no fim isso é bom na administração pública. A coisa andava meio solta, com as rédeas frouxas.

 As crianças adoram
Onde vai Silva e Luna é rodeado pela criançada, como em recente visita a uma escola. A molecada faz festa e é uma gritaria! General prá lá e pra cá…as professoras se admiram…

Carisma e agulhada
Se por um lado o carisma anda em alta, por outro começou o cerco aos benefícios aps servidores que não foram lá bem explicados no passado. É a tarefa de ponta de lápis do General Garrido, um especialista.em passar régua nas contas públicas. Fez isso no Exército, no PTI e ajudou em Itaipu. Sabendo que o motor da Ferrari precisa render mais, o financeiro faz a limpeza nos pistões.

Conhecimento
Dia desses, conversando com um dos novos integrantes da administração, que não é iguaçuense, deu para entender que a tal cartilha está sendo levada a sério. Ele deu até dicas de restaurantes, botecos e até de serviços de lavanderia e mecânica. Eita que o povo está se internado. É isso aí!

Foz é uma máquina
O que não se pode fazer de jeito algum é subestimar a capacidade de Foz em caminhar com as próprias pernas. Claro, a cidade precisa manter as parcerias e contar com o apoio do governo estadual e federal, mas há muito interesse por parte de grandes investidores no setor de Turismo e Entretenimento. Uma prova disso é o envio dee executivos para estudar áreas para a implantação de modais. Dois mega grupos planejam ramais em Foz para a ligação com os países vizinhos e a Ásia via Pacífico, mesmo com a via transoceânica passando pelo Mato Grosso do Sul. A novidade é a especulação sobre a construção de um aeroporto regional. Semana passada alguém deixou vazar que isso poderá acontecer no Paraguai, por meio de um canal exclusivo para cargas, na nova ponte. Quem disse que as coisas só acontecerão pelas estradas?

Logística
Geograficamente Foz é bem localizada por ar, terra e água. Quase todos os elementos conspiram a favor da cidade e assim La nave Vá! Xô pessimismo, podemos muito mais do que imaginamos.

Enquanto isso...
…no Legislativo as coisas começam a planificar sem tantos mistérios. A nova mesa parece remar em sintonia com a barca administrativa. Se alguém inverter a remada é rapidamente cutucado, como aliás aconteceu recentemente. Um projeto recuou para a revisão em bloco.

Lá vem o Carnaval
Falta um pouco mais de um mês para a realização do Carnafalls e tudo parece nos trilhos, praticamente deixando de ser um desafio para a Fundação Cultural. Há quem reclame do formato, um pouco parecido com o dos anos anteriores, mas haverá novidades ao que parece. O que se sabe é que a nova gestão faz o arroz com feijão e aos poucos irá adicionar a mistura. Vamos combinar: Carnaval é ótimo, mas não podemos esquecer que é celebrado por não mais que 10% da população. No resto do ano o setor cultural necessita de apoio nas escolas de música, ballet, e em atividades das mais variadas e haja recursos para atender tanta gente.

Artesanato
Há um dado interessantíssimo e que está em análise antes de ser divulgado. A organização dos artesãos está para atingir o nivel de indústria com ótimo desempenho na distribuição de renda. Isso acontece quando setores se convertem em braços da economia. Bom, Turismo e Artesanato sempre caminharam de mãos dadas.

O que falta?
O setor de artesanato precisa de recursos além, investimentos em aprimoramento e escola também. Há muita gente produzindo ser dar atenção às potencialidades regionais. Há quem garanta que os profissionais que se dedicam em retratar as belezas e atrativos desempenham melhor no campo dos rendimentos. É necessário mais uma ou duas pegadas fortes na busca pela iconografia.

 

Fuzarca Cultural

Até parece que o povo esqueceu como conversar e discutir as questões culturais em Foz do Iguaçu. De um lado uns acreditam que é mais fácil ditar as regras, de outro, pensam que todas as decisões precisam antes ser compartilhadas, e é por aí que acabam se pegando, e isso de um jeito ou de outro, afeta o diálogo.

Calllllllllllma gente, todo começo é assim, cheio de vontade de ambos os lados, com esperanças de mudanças e coisas acontecendo. O problema é que nada acontece de um dia para o outro. É preciso planejar, projetar, construir e depois usufruir, e por isso, a paciência deve fazer parte do ambiente.

Não é mostrando os dentes e rosnando que conseguirão realizar as coisas.

 

Trabalho ou férias?

Que férias coisa nenhuma. Este colunista foi dar um.passeio de uma semana e meia além das fronteiras….de Foz do Iguaçu. No fim foi mais trabalho que diversão, atendendo novos negócios e começando o ano com os dois pés. Está errado usar a expressão de começar com o pé direito ou esquerdo, quem tem um pé só é Saci. Bola pra frente que fevereiro está chegando!

 

Rogério Bonato é colaborador ocasional deste Portal